Vai passar

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No dia seguinte, Penélope não tinha mudado tanto. Faltou do trabalho dizendo estar mal e não era mentira. Passa o dia todo na cama, só levantando para pegar bebida. Usava uma jaqueta com capuz, escondendo o rosto e uma calça de pijama. 

Luna, não sabendo direito o que tinha acontecido, mas sabendo que a amiga estava mal, convoca Brion para ajudar e ambos aparecem na casa dela a noite. Penélope estava na sala, no chão, comendo sorvete e vendo qualquer coisa na TV.

-Ela tá assim o dia todo. Nem reclamou quando eu corri pelado pela casa. 

Alec fala aos dois, numa voz baixa, quando abre a porta. 

-Tudo bem. A gente toma conta disso. Por que não vai comer um pouco na cozinha?

Ela oferece a janta que tinha feito para ele, que aceita antes de ir. Quando sao deixados, vão perto de Penélope, ficando um de cada, também no chão. 

-Então...?

-Eu não quero falar. 

Luna olha para Brion, o mandando dizer algo. 

-Você... Fez falta hoje. O que aconteceu?

-Nada. 

Ela nem aí menos piscava para responder, apenas levando a colher a boca. 

-Ok. Vamos só... Ficar aqui então. 

Os dois amigos ficam quietos, Luna passando seu braço pelo de Penélope e deitando em seu ombro, Brion apenas colocando uma mão na perna da amiga. 

Depois de alguns minutos, Penélope fala, mas sendo quase impossível ouvir, tão baixo. 

-O que? Não entendi.

-Ela terminou comigo. 

A voz é mais alta e mais quebradiça, algumas lágrimas ameaçando cair. 

-Ah, Peez...

Luna acariciando rosto da amiga, limpando as pequenas lágrimas. 

-O que aconteceu?

Brion pergunta, colocando seu braço pelas costas dela, num abraço. 

-Ela... Me trocou. 

-Te trocou? Como assim?

-Ela vai casar com o filho de um magnata pra salvar a empresa. 

-Espera, o que?

-Você disse casar?

-Sim. 

-Ok, que tal explicar direito essa história?

A amiga tira a colher da boca da repórter, voltando ao pote, enquanto espera. 

-Parece que estão com problemas financeiros. Acharam um investidor, mas pra isso, ele quer que Samantha case com o filho dele. E ela vai. Foi isso. 

-Peez... Não é "só" isso...

-E não tem nenhum outro jeito?

-Eu nao sei! Ela nem tentou achar. Aceitou isso e terminou comigo. 

Agora Luna abraça a amiga, que lutava contra o choro. 

-Tenho certeza de que não foi fácil assim. Ela deve estar sofrendo também. Qualquer um via que ela é louca por você.

-Você acha que eu não sei? Eu tô aqui e não consigo deixar de pensar que ela deve estar sofrendo também, e sozinha. Mas foi a merda da escolha dela. 

Os dois deixam a amiga reclamar, no tempo dela, e Luna afastado as bebidas que estavam perto. Pelo que parecia, ela já tinha bebido pela semana. 

Bossy MeOnde histórias criam vida. Descubra agora