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Notas de início-
Oi! Eu tomei coragem para escrever (ou tentar) uma história de romance coisa e tal. Não prometo nada! Não sou bom com isso e não tenho continuidade também. Mas enfim, vamos tentar.
A ideia inicial era ser um capítulo único, mas não sei. Talvez eu faça vários capítulos sobre diferentes casais com foco no principal. Não sei. Me digam nos comentários por favor o que vocês acham, porque tudo depende de vocês.Chat Français
🖤A chuva parece ter luz, iluminando as ruas e praças parisienses.
A noite cobre o mundo com o véu da garoa, mas não há problema, Paris é uma cidade linda sob a chuva, ainda mais em noites tão claras pelas luzes amareladas que saem dos estabelecimentos como cafés e restaurantes.
Toda a cidade transpira arte e cultura, escritores e pintores vão de café em café, entre galerias e livrarias enquanto a música envolve a todos. E em um requintado bar, talvez como qualquer outro, a música também transforma o ambiente.
Dentro de lá, parece existir um mundo à parte.
Uma bela mulher com corpo delgado e cabelos louros canta. Atrás dela, alguns músicos tocam felizes, eles enchem de uma paz complexa o salão. Um tapete vermelho está estendido no chão, as luzes são fracas e de tom de mel tão acolhedor quanto misterioso.
Em alguns pontos, homens bem vestidos servem os presentes com vinhos e champanhe caro, tudo com classe, como se aquele fosse um mundo à parte do real.
Os clientes bem vestidos pegam uma ou outra bebida, mas há aqueles pequenos que tem os olhos mais baixos, mais contidos, porém, mais brilhantes e vivos.
Esses, miram seus acompanhantes de forma esperançosa, buscando permissão, tal como uma criança procura a aprovação de um adulto.
Em um canto, um homem de roupas escuras está sentado em uma cadeira de estofamento bordô conversando com outras pessoas, ele impõe sua aura dominante a todos, e ela vai muito além de sua pose. Parado ali ele observa seu entorno com olhos cor do cosmos. A seu lado, um menino de coxas grossas bem torneadas pela calça branca que usa, está parado, com um das mãos sendo segurada pelo maior ao seu lado, como se o mesmo o protegesse.
Perto da grande porta de entrada, uma mulher alta de pele chocolate segura os ombros de um homem com roupas pretas e olhos finos, tal como os olhos de uma garota que dança no ritmo da música lenta acompanhada por outra mulher, essa de olhos amendoados e vestimentas justas.
Muitos lá, usam trajes belos como vestidos ou ternos caros. Nos dedos exibem anéis de joias e nos pulsos pulseiras. Mas tem aqueles, com os olhos baixos, muitas vezes com ações receosas porém felizes, eles levam gargantilhas em seus pescoços. Algumas são vermelhas de pano, outras escuras e de couro, há até algumas de metal, todas envolvendo firmemente os pescoços desses homens e mulheres.
Um menino pede permissão a seu acompanhante para pegar uma pequena taça de vinho, e o maior ao seu lado nega. O garoto meio contrariado volta a se sentar, mas em seu rosto se encontra um sorriso pequeno de satisfação. Ele se sente feliz, ali ações como essa o dão um nome, ele é o que quiser dentro daquelas paredes.
Há muitos que usam essas gargantilhas, algumas levam pingentes, outras não. Mas aqueles que as levam nos pescoços, sentem um orgulho absurdo por isso.
Um orgulho primal, animalesco e até, selvagem.
Mas então, a porta principal se abre novamente, e quem entra é um pequeno garoto de pele branca como açúcar, vestindo roupas finas pretas.
Os olhos de muitos se perdem naquele pequeno corpo, e o menino sorri. Seu sorriso gatuno acompanha todos no salão junto de seu andar calmo e majestoso.
Como o de um gato.
Diferente de tantos outros, ele tem o queixo erguido por orgulho. Porém ninguém o acompanha.
Seus olhos verdes famintos brincam pelo local analisando cada canto. Seu andar ainda é lento, e aos poucos ele se mistura entre os corpos.
Mesmo assim, o curioso recém-chegado não perde sua força. Todos o miram, com olhares quentes e desejosos.
Os olhos semicerrados acompanham seu sorriso maroto, encantando ou desafiando quem quer que esteja ao seu redor.
Muitos se sentem ofendidos, outros atraídos.
E então, alguns notam. Em seu pescoço, não há uma gargantilha de couro ou metal, mas sim uma fita cor de azeviche amarrada por um laço rente a sua pele.
Quem o visse de costas, pensaria que apenas de puxar uma das pontas do laço, o nó se desmancharia libertando o menino.
Mas aquele garoto, ele jamais permitiria algo assim.
Continuou andando pelo salão até que um grunhido humano fora ouvido vindo de uma das salas separadas do local principal.
Como em bandos, alguns deixam o salão e vão animados até a fonte do barulho, outros permaneceram ali, conversando, dançando, bebendo.
E o menino, se sentou em uma das cadeiras de estofamento vermelho em contraste com sua pele pálida e as roupas pretas quase femininas.
Seus olhos finos ainda miravam todos, seus lábios ainda se curvavam num sorriso brincalhão cheio de malícia. Ele, era como um gato, ali parado orgulhoso vendo todos a sua volta.
Ele, era como um gato, usando uma coleira que poderia se desfazer com facilidade, era apenas querer, e todos estariam a seus pés.
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Notas finais-
Como eu disse, não sei se vai ter mais capítulos. Não é por falta de vontade, acho que não vou dar conta de escrever. Mas enfim, me digam o que acham e o que querem que aconteça. Se vocês quiserem mais capítulos posso pensar em escrever.
Mas obrigado para aqueles que leram até aqui.
Obrigado mesmo!
Enfim, é isso, se tiverem gostado por favor votem e me falem.
🖤🐱
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O Que me Cativa
Romance[yaoi] Em uma pequena rua em Paris existe um requintado bar que se esconde da vida normal. Seus clientes variam entre pessoas essencialmente excêntricas e aqueles que optam por esconder essa vida das demais, mas o que todos tem em comum é a devoção...