As ruas da vida

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Há dúvidas que cercam e laceram a minha alma que em abrupto desconhecimento se desfaz
Assim como a carne podre que se decompõe após a morte do seu corpo vivo
E a cada suspirada mal concebida desencovo mais um súbito relance que se lança contra o meu corpo límpido
E eu me calo.

Sigo regente em plena maestria de um órgão sendo tocado após uma partida, e ando conforme cada nota de angústia e de luto interno.
Me deito no chão, e rolo.
Corro a um abraço ao espelho, pois sei que ao menos tenho a mim mesmo, mas de tudo que pensei nada fez sentido.
Melancolicamente sorrio diante a morte que leva a cada dia um pedaço da minha matéria viva, e me despeço descalço andando pelas angústias ruas da vida.

Até que a morte.Onde histórias criam vida. Descubra agora