A morte

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A morte é o produto da vida
A vida, o princípio da morte
E entre a vida e a morte, um intervalo.

Para uns, a perda:
Dos tesouros conquistados, dos quizeres desconseguidos e esperanças desesperançadas, inda mais, da vida que se acaba.
Sensação de perda à quem se foi e à quem fica, uma mistura de pranto, dor e repugnância.
Há quem chora e implora um pouco mais de tempo para viver de forma diferente(como se não lhe fosse doada uma vida inteira).

E para outros, a reiteração:
Outro lado do caminho, outro lado da vida, a grande passagem do mundo da criatura ao do Criador.
Há quem planteia que a morte não é o fim, mas uma separação efêmera, um desejo da natureza.

Diferentes pensares, olhares distintos.
Chega a morte errante e semeia as semelhanças:
Matando com a mesma espada o crente e o descrente,
Queimando ao mesmo fogo o que lhe teme como o destemido.
Extingue os bons, os maus, os ricos, os pobres, os grandes e os pequenos(como dizeis)
Whatever, whoever, a morte derrota.

Morte errante, a desafiadora dos melhores médicos.
Eu cá vivente, não te quero e nem te espero, mas, se me chegares, tranquila vou. Pois eu perco a vida e a vida me perde.

Aqui sentada e sossegada pela natureza, amando, aperfeiçoando e embelezando cada instante do meu viver. Porque eu bem pensei e sei! Que a vida é o momento, a posterioridade é contingente e o importante é a vida no momento.
Culta assim, aprecio cada alento, vivendo esses preciosos momentos.

Se não me chegares amanhã, oh morte, contente serei pela dupla felicidade do viver, hoje e quiçás, amanhã.

Sei que me vences a qualquer momento que(se) quiseres, mas antes, na minha história um ponto final feliz.

Autora: Maitana Ferreira Sanches Vaz

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