Seis

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Mas, ele não pareceu importar-se.

Ele sempre a assistia fazer seus curativos pela manhã e fingir que não os tinha até a manhã seguinte.

Ele parecia gostar de ouví-la chorar em seu ouvido durante as madrugadas, de chorar também, sobre os olhos dela e, então, esquecer sobre o que choravam.

Eles formavam um casal imperfeito, mas, no mundo, o que não é?
Ambos quebrados, ambos vazios, preenchendo um ao outro com o que esperavam, com o que queriam.

Ah, os jovens de hoje em dia. Tão dispostos a concertar o mundo quanto a quebrá-lo.

Feridas AbertasOnde histórias criam vida. Descubra agora