SEU MUNDO NÃO ERA cor de rosa, entretanto, um tal de rosa pastel se misturava com seu azul bebê e sujava todas as coisas que já havia pintado.
Lembrava uma pintura carregada de expressões sem sentido, uma arte que expressava seus sentimentos - sendo eles quais fossem - e ninguém, ou talvez alguém, entendesse o que era exibido.
- Olha, eu desisto. Até quando você vai empurrar esse rosa pra mim? - dizia o mais novo sentando-se de frente para o mais velho. Ele mexeu em seus fios de cabelo róseos, arrumou o moletom rosa salmão e sorriu totalmente adorável.
Jaemin era, literalmente, uma bala de morango ambulante com suas peças em tom rosado e seu jeito doce de ser e agir.
- Até que aceite namorar comigo. Enquanto você finge que não nutre sentimentos, irei pôr quanto rosa for necessário.
E Jisung se irritava. Era rosa demais para seu mundo azul claro, azul bebê e azul piscina. Sem contar os demais tons existentes em sua vida, sua roupa e seu cabelo. E ele era lagoa na imensidão oceânica que representava Na Jaemin.
Retirou-se do ambiente - sendo o refeitório - e caminhou até onde se encontrava seu melhor amigo, Chenle. O chinês riu ao escutar os dizeres do amigo, apenas aconselhando que o mesmo parasse de agir assim e aceitasse o amor que provinha de Jaemin.
- Tá na sua cara que você quer juntar suas cores com as dele. - disse o garoto, como se falasse o óbvio. E era, apenas Jisung que não queria dar o braço a torcer.
- Anda fantasiando coisas demais, Lele. Eu não sinto nada por Jaemin, nada.
[...]
Ele usava rosa coral quando chegou perto de Jisung e ofereceu o fone de ouvido para que pudessem ouvir alguma faixa juntos. Bloom (true light) se fez presente, com sua melódica letra e traço tão característico desta; e Jisung deduzia que Jaemin apenas tocava ela pelo fato de que queria que o amor de ambos florescesse como uma flor.
- Sabe que minha favorita é yolowa, né?
E sorrindo, ele mudou para a dita cuja. Jaemin poderia ser o que fosse - rosa chiclete, rosa fuscia ou magenta - mas seu gosto era tão suave e sutil quanto o próprio. Quando viu, lullaby já se fazia presente e Jisung cantou o refrão de maneira baixinha.
- Você fica lindo cantando as músicas delas, é perfeito. - disse-lhe totalmente encantado com a forma que Jisung proferia os versos. Tão lindo. - Vamos, namora comigo.
- Não. - respondeu enquanto devolvia o fone ao rapaz, o deixando sozinho ao mesmo tempo que melting point reproduzia. E assim como dizia a letra, eles teriam seu ponto de fusão.
[...]
Jaemin entregou uma rosa a Jisung, em seguida um papel e um doce. Estavam ambos em uma palestra ofertada pela escola, e o garoto sorriu desacreditado. O chocolate era bom, não negaria; a flor cheirava bem, também não negaria; no entanto, o pedido naquela folha de papel cheia de detalhes em rosa pink o deixava sem reação e corado.
"Você, com seus trejeitos azuis, sendo eles tão característicos seus, me encanta muito. Por que temes tanto o meu amor sendo que sentes o mesmo por mim? Por favor, seja sincero."
E enquanto olhava para a folha e a embalagem do doce, o menino chegou a conclusão do óbvio: é, ele amava o rosa quartzo misturado ao cherry rose que era Na Jaemin.
[...]
a segunda parte vem amanhã, justamente no comeback do dream. e essa primeira parte acabou saindo no dia do comeback das minhas meninas, no caso, gwsn (ninguém aguenta mais eu falando sobre a miya, mas ok.) as músicas citadas são algumas das minhas favoritas das meninas, bom, é isso. amo vocês. 💗
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Aquarela.
FanfictionNa Jaemin era apenas um tom simples de rosa dentre todas as demais colorações existentes no arco íris. Park Jisung era, somente, azul em meio a tonalidades distintas. Mas que, na realidade, eram duas cores que nasceram para se juntar. capa por: @tae...