Roommates

15.

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     Do nada eu tive uma ideia brilhante, que é tão óbvia, que eu não sei como não pensei antes.

     - Nayeon, que tal a gente quebrar essa algemas? - Falo empolgada, como se eu fosse uma ideia genial.
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P.o.v Jeongyeon

- Meu Deus! - Fala como se tivesse acabado de descobrir a coisa mais incrível do mundo. - É a melhor forma de acabar com isso, você é uma gênia. - Concorda, se levanta e começa a procurar uma coisa em sua mala, e é claro, eu fui junto.

Do nada, literalmente DO NADA, ela tira um martelo de sua bolsa. "Eu não sei se fico feliz ou preocupada."

- Beleza, vamo fazer isso! - Ela diz animada de um jeito que chega até a ser fofo.

Nos posicionamos no chão, pegamos o martelo, e estávamos nos preparando para bater com tudo naquela merda.

Porém, alguns segundos antes de Nayeon arrebentar as algemas, da forma mais agressiva possível, eu recebi uma notificação no meu celular.

Era a minha irmã, pedi para Nayeon esperar, para eu poder ler a mensagem.

Chat on

Hyo: Se você quebrar as algemas eu te mato, só para avisar mesmo.😘

Chat off

Mostrei a mensagem para Nayeon, que arregalou os olhos e disse: - Como que ela sabe? - Larga o martelo no chão. - Esse quarto é todo fechado, nem tem janela para ela espiar.

- É que a Hyo tem, meio que, um sexto sentido. Um "sentido de mãe", ela sabe quando você tá fazendo merda, é bem estranho. Mas o que a gente faz agora? - Guardo meu celular em meu bolso.

     - Será que é fácil replicar uma chave? - Ela pergunta com um olhar pensativo.

     - Não deve ser. - Digo, um pouco frustrada. - Ela disse que a gente não pode "quebrar", mas não disse nada sobre não poder abrir.

- Se eu puxar com muita força, será que abre? - Ela diz e eu a encaro. - E que força que tu tem? - Falo e ela me olha com raiva.

     - Força suficiente pra quebrar a sua cara. - Ela diz com um olhar ameaçador, que não dá medo nem em um bebê. O que me faz rir da sua cara, a deixando mais irritada ainda.

- Ok, Coelho. - me levantei do chão, a fazendo se levantar junto. - Tu não queria tomar banho? Vamo descobrir como que a gente vai fazer isso.

     Seguimos em direção ao banheiro sem trocar nenhuma palavra, talvez por vergonha.

     Chegando lá, eu fiquei analisando o cômodo e pensando em como poderíamos fazer isso. - Eu fico sentada aqui - Aponto para o vaso. - Enquanto você toma banho.

     - Pode ser. - Ela diz e começa a tentar tirar a camisa, o que me faz virar para o outro lado.

     - Ok, temos um problema. - Ela diz baixo com um tom de preocupação. Espero ela continuar falando. -Não tem como tirar a roupa por causa da algema, a roupa não passa pelo braço.

Viro para ela, querendo ajudá-la, mas quando a vejo com a blusa presa, apenas a um braço e ao pescoço, eu não me aguentei e comecei a rir.

     - Para de rir, desgraça! - Ela diz com muita raiva, o que faz meu riso intensificar ainda mais.

- Você tá irritadinha é? - Digo em deboche, ainda rindo. "Eu juro, eu consigo sentir o ódio dela no ar."

      - Me ajuda logo com isso. - Ficamos tentando tirar a blusa por alguns minutos, sem muito sucesso.

     - Cortar a blusa é uma opção? - Ela pergunta. E eu olho para minhas roupas. - Não. - "Entendam, eu estava com a minha jaqueta de couro preferida, eu amo mais essa jaqueta, do que eu mesma. Não cortaria ela, nem que a minha vida dependesse disso.

     - Vamos pedir ajuda para alguém mais intelectual, talvez seja a melhor solução agora. - Sugiro pegando o meu celular. Nayeon concorda com a cabeça.

     Ligo meu celular e procuro o nome de nossa salvação nesse momento: Chaeyoung. " Sim, eu sei que ela não é nada intelectual, mas eu não posso ligar para a Hyo, e não peguei o número de mais ninguém do grupinho. Ela é o que temos para hoje."

Ligação on:

- Chaeyoung, vem pro meu quarto e traz a Mina junto com você.

- Pra quê?

- Só vem.

Ligação off:

     Desliguei em sua cara, só para ela não poder negar.

     - Eu entendo você chamar a Mina, mas por que a Chaeyoung?

     - Por que eu não podia ligar pra Chae só pra pedir pra ela chamar a Mina.

     - Ela tá vindo sem motivo nenhum, então? - Pergunta com uma cara confusa.

     - Exato

     Ouvimos batidas na porta.
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Continua...