03 - I am the flower

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a.n: eu ia postar um por dia mas eu não me aguento esse é o tweet

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O sol já batia nos olhos de Lauren quando ela os abriu. Se amaldiçoou mil vezes por ter esquecido de fechar as cortinas novamente. Isso já havia acontecido diversas vezes durante a semana.

Se virou na cama, esperando colidir seu corpo com o corpo magro da latina que a fizera ter a melhor noite da sua vida, entretanto só o que encontrou foi o travesseiro e o lençol desarrumado. Arregalou os olhos e se sentou de imediato na cama. Tudo tinha sido um sonho? Não era possível... Era real demais pra ser um sonho.

Ainda atordoada, viu um papel dobrado em cima do criado-mudo ao lado da cama. O pegou devagar, pensando em como aquele papel foi parar ali. O abriu e leu a caligrafia arrastada e desconhecida até então.


"I am the flower, you are the seed

We walked in the garden, we planted a tree

Now, baby, don't try to find me, please don't you dare

Just live in my memory, you'll always be there"

(Eu sou a flor, você a semente

Nós caminhamos no jardim, plantamos uma árvore

Agora, amor, não tente me encontrar, por favor não ouse

Somente viva em minha memória, você sempre estará lá)


Então, sorrindo, dobrou o papel de novo e se espreguiçou. Não pôde deixar de sentir uma certa tristeza por não ter a garota dos olhos dóceis em sua cama mais. Lauren já sentia falta dela. E ela sequer havia dito seu nome.

Se esticou na cama e capturou o travesseiro ao seu lado, inalando o cheiro dos cabelos da latina e pensando em quem diabos era ela.

Ouviu o som abrupto da porta do quarto se abrindo e deu um pulo no colchão que quase a fez cair de bunda no chão. Olhou para a porta e encarou a mulher de pele morena que havia acabado de quase lhe dar um AVC.

— Porra, Dinah! — exclamou, largando o travesseiro na cama e massageando as têmporas. Já sentia indícios da dor de cabeça chegando.

— Aonde você se enfiou ontem? — perguntou, colocando as mãos nos quadris.

A garota pálida revirou os olhos, pegando uma camiseta em sua mala e vestindo-a.

— Não é da sua conta.

— Lauren! — ela quase gritou. — Eu fiquei preocupada.

— Você me largou em um bar de fim de mundo sozinha, a noite e na chuva e vem querer bancar a preocupada?

— Ahn... — ela começou, fazendo uma careta. Depois rumou na direção de uma poltrona que tinha ali e se jogou. — Era pra ser uma piada.

— Uma piada?

— É, sabe? — Ela gesticulou com as mãos. — Te deixar lá um tempo ouvindo aquele Jazz horrível e olhando pra cara daquele garçom com cara de maníaco.

Lauren cerrou os olhos para a melhor amiga.

— Ah, claro. Porque isso seria hilário.

Dinah deu os ombros.

— De qualquer forma, aonde você tava? Quando voltei lá, você já não estava.

— Eu tava pretendendo te deixar bem culpada por ter me largado lá — Lauren iniciou. — Então pensei: eu talvez possa pegar uma pneumonia. Isso a deixaria culpada. Então, saí do bar e andei um pouco na chuva, até que achei um banco e...

All I Wanna Do (is make love to you)Onde histórias criam vida. Descubra agora