𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐔𝐑: Breaking the chains, or not.

94 3 34
                                    

Amy CrawfordPoint of view

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Amy Crawford
Point of view

James entrou no escritório, e o ar pareceu se tornar mais denso. A tensão entre nós era algo que ninguém mais parecia notar, mas para mim, era impossível ignorar. Ele se aproxima devagar, com aquele meio sorriso que sempre me desarma.

Está difícil se concentrar hoje, Amy? — James pergunta, a voz carregada de provocação. Ele se apoia na mesa ao meu lado, os olhos correndo por mim de uma forma que faz meu corpo inteiro se arrepiar.

— Não tanto quanto você gostaria — respondi, tentando soar firme, mas o tremor na minha voz me trai.

Ele se inclina um pouco mais, a camisa justa revelando os músculos por baixo, e sinto meu coração disparar. Ele está perto demais, o perfume dele me envolvendo, o calor do corpo a poucos centímetros do meu.

Mesmo? Porque me parece que você está prestes a perder o controle — ele sussurra, a voz baixa e cheia de um desafio velado.

Sem pensar, eu me virei para encará-lo, nossos rostos próximos, tão próximos que eu podia sentir a respiração quente dele na minha pele. Ele ergueu uma mão, deixando seus dedos deslizarem levemente pelo meu rosto, enviando uma onda de eletricidade pelo meu braço. O toque era quase imperceptível, mas eu senti como se cada fibra do meu ser reagisse àquele simples contato.

— E se eu estiver? — minha voz saiu mais suave do que eu pretendia, um convite disfarçado que eu mesma não conseguia conter.

Ele deu um passo à frente, nossos corpos quase se tocando. Seus dedos subiram pelo meu braço até alcançarem meu rosto, traçando uma linha suave na minha bochecha. Senti meu corpo inclinar-se instintivamente, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Você sabe que isso é um jogo perigoso, não sabe? — ele murmurou, os olhos fixos nos meus, o polegar roçando de leve o canto dos meus lábios.

Meu coração batia tão alto que eu tinha certeza de que ele podia ouvir. James se inclinou mais um pouco, e eu fechei os olhos, pronta para o toque dos lábios dele nos meus. Mas no último segundo, tudo desapareceu.

Acordei com um espasmo de meu corpo sobre a cama. Ofegante, passei a mão pelo rosto, tentando dissipar o calor que ainda queimava minha pele. Apenas um sonho, mas tão vívido que a sensação do toque de James ainda me perseguia. O despertador tocando alto na mesinha ao lado de minha cama marcava 6:40.

Caminhei até o banheiro, tentando me livrar da sensação que o sonho tinha deixado. Abri o registro do chuveiro e deixei a água fria escorrer do topo de minha cabeça até a ponta de meu pé, na esperança de acordar de vez. O calor presente em minhas entranhas consumindo meu interior mesmo debaixo de uma ducha gelada, como se o toque ardente de James fosse real.

Mas o que porra foi essa? Não era a primeira vez que eu sonhava com ele, mas dessa vez havia sido tão real e intenso que eu estava atordoada. Parecia que cada palavra sussurrada e cada toque dele estavam gravados na minha pele. Eu conseguia sentir o cheiro dele, ouvir o tom rouco da sua voz, e, mais perturbador ainda, a maneira como meu corpo reagiu, como se estivesse esperando por aquilo há muito tempo.

𝐓𝐑𝐔𝐒𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora