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único; despedidas

De um lado do cômodo, a dupla alcoólica já mal se aguentava em pé.

Kim e Alix se juntaram para distribuir elogios - eles paravam algumas vezes, com lágrimas nos olhos, dizendo aos amigos o quão importantes eles foram e que eram fantásticos, sensacionais e coisas assim. Sorri com o hálito de cerveja e whisky deles, sem negar o abraço que ofereceram quando chegou a minha vez. 

- Não é engraçado como a Chloe parece diferente hoje? - Pensei em voz alta, com o copo na altura dos lábios sem, no entanto, tomar do seu conteúdo. 

Eu estava sentada no sofá, de braços meio cruzados enquanto um deles segurava o copo. Ouvi alguns murmúrios de concordância. Alya estava sentada ao meu lado e Myléne estava no chão, entre nossas pernas.

- Ela continua meio emburrada. - A loirinha comentou, causando um risinho conjunto.

A essa altura, Alix ainda continuava grudada na sua cintura e Kim já passava para a próxima vítima: uma Sabrina indefesa logo ao lado.

- É, mas a Alix e o Kim abraçaram ela e ela nem gritou. - Alya encolheu os ombros brevemente.

Chloe girou os olhos. 

- Vocês não têm nada melhor pra fazer do que ficar falando sobre o que eu faço, não? - Reclamou, gerando mais risinhos abafados e murmúrios. - Eu sei que eu sou bem interessante, mas autorizo vocês a se desviarem um pouco, só hoje. 

Ela terminou jogando o cabelo e foi a minha vez de girar os olhos, sabendo que muitos deveriam ter me acompanhado no gesto. 

Ela estava acariciando o cabelo da Alix quando decidi passar os olhos pelo cômodo. Marc estava envolvido nos braços de Nathaniel, ambos sentados e encostados em uma parede, rindo de alguma coisa enquanto conversavam com Max - que não parecia alterado, mas sabíamos que estava por estar tão confortável no nosso meio. Rose e o Kitty Section conversavam paralelamente enquanto guardavam os instrumentos e tiravam o uniforme da banda depois do nosso show particular. Estávamos todos no quarto dos irmãos Couffaine, com muitas caixas de pizza espalhadas pelo cômodo e garrafas de refrigerante vazias ou pela metade jogadas pelos cantos. Também tinham os energéticos e algumas garrafas de álcool em pontos estratégicos para os mais necessitados.  

Nino e Adrien se aproximaram, rindo, também com copos na mão.

Nino se ajoelhou ao lado de Myléne e deitou a cabeça no colo da morena ao meu lado. Ela fez um cafuné e ele se acomodou. Myléne se levantou não muito tempo depois, indo de encontro ao Ivan, que agora estava desocupado. 

Adrien se sentou no braço do sofá, ao meu lado, com a mão apoiada no encosto. Parecia estar prestes a dizer alguma coisa, mas foi interrompido pelo som da voz de Rose. 

- Eu acho...! - Ela disse alto e rouco, esperando a atenção de todos para poder continuar, num tom de voz mais baixo. - Que mesmo que eu não tenha mais voz para cantar, deveríamos ter música e fazer um brinde. 

As pessoas incentivaram com alguns assobios e concordâncias.

- Luka, por favor. - Ela olhou para o azulado que não negou colocar o som ameno em um volume aceitável. - Gostaria de propor um brinde a essa turma em específico do Françoise Dupont...

- Ah, não... - Foi ouvido um murmúrio de reclamação que eu não soube identificar de onde vinha. 

- ...Que me fez sentir acolhida e completa durante todos esses anos. Vocês foram muito importantes para mim. - Sua voz começou a embargar. - Me ajudaram a me encontrar. A encontrar a pessoa que eu mais amo nesse recinto...

Ela encarou Juleka, que tinha um sorriso tímido no rosto. 

- Awn! - Eu disse, mas devo ter soado baixo diante de todos os outros que tiveram a mesma ideia.