locked out of heaven || fanfic Urridalgo

004

Oi gente, autora aqui e depois de um ano voltei aqui pra dar uma olhada nas fics e me surgiram algumas ideias pra esse plot que amo tanto.
Obrigada por cada um que leu e esperou até agora por uma atualização, vocês tornam isso tudo real.
Sem mais delongas, vamos pro capítulo. Não esqueçam de votar e comentar o que acharam, beijinhos. 💜

Sabina Hidalgo POV

Nesse mesmo dia, Noah me deixou sozinha o dia inteiro, me dando o tempo necessário para que eu pudesse colocar meus pensamentos em ordem e processar tudo que havia acontecido nas últimas horas.

Eu realmente havia morrido? Isso tudo era real? Ou era apenas um sonho? Ou pesadelo? Como assim anjo da guarda? Pontos? Estava tão confusa, passei a tarde toda pensando e pensando e pensando, tentando entender tudo isso.

Quando a fome bateu, saí daquele quarto claro e bonito, indo em direção à cozinha, bem organizada por sinal, coisa que não via muito em minha casa. Olho a bancada e vejo um pedaço de papel ali encima, sabendo quem o havia escrito.

"Sai para resolver umas coisas, mas se precisar de mim é só falar meu nome que apareço. Se ficar com fome é só selecionar o que quiser no painel da geladeira que vai ter lá dentro. Se cuida Sabi, volto mais tarde."

Escrito numa caligrafia impecável, sorrio com as palavras e vou em direção a geladeira, vendo o painel com as opções de comida. Eram tantas variedades. Escolho um pote de sorvete de chocolate e logo ouço um barulho dentro da geladeira, a abrindo e pegando o pote. Pego uma colher no balcão e volto para o quarto, começando a comer o sorvete.

Me sentia sozinha, mas em paz. Finalmente paz. A vida inteira cheia de pessoas gritando e brigando ao meu redor, sempre me metendo em encrecas pra que? Estar a um passo de decidir meu destino.

Sabia que meus pontos estavam tão baixos e que seria muito difícil de os recuperar. Mas contaria com a ajuda do meu anjo da guarda.

Anjo da guarda. Nunca em minha vida imaginei que realmente era real, que o menino dos meus sonhos diários seria meu anjo da guarda. Mas agora, tudo fazia sentido. Saio dos meus pensamentos quando ouço batidas na porta, e falo um "Entra!" meio alto, logo vendo o anjo entrar pela porta.

— Voltei, como passou o dia? - ele diz, fazendo um sinal com a cabeça, quase perguntando se poderia se sentar. Assinto com a cabeça e ele logo se senta, de pernas cruzadas a minha frente.

Usava um conjunto de roupas brancase suas asas estavam abaixadas agora, sendo a primeira coisa que raparei quando o vi pela primeira vez. Seu cabelo caia levemente pela testa e seus braços bronzeados estavam a mostra, o deixando mais bonito ainda.

— Tentando raciocinar tudo ainda, não acho que seja real. – digo sincera, esticando o pote de sorvete para ele e logo vejo uma colher aparecer em sua mão, logo ele pega um pouco do conteúdo do pote, o levando até a boca.

— Sei que é difícil, e os primeiros dias são os piores, me lembro como se fosse ontem quando cheguei aqui.

Ele solta uma risada e sorrio, abaixando a cabeça, me perguntando se deveria perguntar sobre aquilo, logo me assustando quando o anjo fala:

— Pode perguntar Sabina. – ele diz baixo, me fazendo corar e pega mais um pouco do sorvete no pote.

— Como? Como veio parar aqui?

Ele solta um suspiro e leva a mão até seu cabelo, o ajeitando.

— Acidente de carro. Nós estávamos indo para a casa de nossos pais quando um carro bateu no nosso. Ninguém sobreviveu.

— Nós?

— Eu e minhas irmãs, Sina e Joalin. – ele diz e me lembro da conversa que havia tido mais cedo com o moço no escritório.

— Vou conhecer elas? – pergunto receosa, terminando de comer o sorvete e abraçando minhas pernas.

Ele sorri e estala os dedos, fazendo o pote e as colheres sumirem.

— Vai poder conhecer todo mundo quando quiser, eles também querem a conhecer.

Sorrio fraco e coloco meu cabelo de lado.

— Mas precisamos ver as tarefas que você precisa completar até o dia do julgamento, onde dirão se merece ir pro Lugar Bom ou pro Lugar Ruim, e precisamos conseguir o máximo de pontos possível. – ele diz, articulando com as mãos enquanto falava. – E tenho certeza que os conseguirá.

— Como pode ter tanta certeza?

— Porque acredito em você, Hidalgo.