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Atenas narrando

Depois que Jacob foi para o quarto, Kyara se alimentou, eu ajeitei o sofá para ela dormir, a mesma não quis ir dormir no meu quarto, pois não queria incomodar, ela lavou a louça enquanto eu terminava de arrumar a bagunça. Fiquei ouvindo Robin se auto-torturar em seu mundo. Não faço mínima ideia de como tirar ele daquele mundo tóxico em que insistia em ficar.
Sei que escolhas são tomadas e isso deve ser algo que ninguém mais deve se meter, mas ele é uma parte do meu mundo, sendo assim quero protegê-lo
Fui ao quarto o mesmo tinha tirado a camisa, ao me ver a pegou a fim de vesti-la novamente.
-Não me importo de ver vc sem camisa.
-Não quero ser desrespeitoso, ainda é minha namorada, não é uma vadiazinha por aí. -Ele disse se vestindo, o impedi colocando minha mão sobre seu peito.- Que mão gelada Atenas. Oq houve?
-Voc. Você está preocupado de mais com a Kyara, não se tortura, por favor- -Disse um pouco, receosa no começo.
-Tá tudo bem, não vou mais me torturar.
-Me promete?
-Não posso prometer algo que eu não tenho certeza de que vou cumprir, mas prometo tentar não me torturar.
-Não é suficiente, não posso viver com medo de perder vc, e um dia sei que essa tortura vai tirar vc de mim.
-Espero que esteja longe esse dia.-. Disse beijando minha testa.
Estava sentada em seu colo com ambas as pernas de um lado, ele colocou sua mão sobre ambas, de algum modo, me senti tentada a beijá-lo, e fiz isso ele me deitou com seu jeito meigo, ele apagou o abajur, a única luz que estava acesa. O senti próximo de mim, sua boca estava muito próxima do meu ouvido, então ele perguntou baixinho, quase não o ouvi
-Confia em mim?
-Pq não confiaria?
Com isso. Ele me beija, o mesmo beijo de qndo dormi na casa dele, agora mas solto, mais livre, tirei sua camisa e ele fez o mesmo com minha blusa, logo meu short curto de dormir já estava no chão, o senti beijando e marcando cada parte do meu corpo, sua língua era sutilmente, bruta e eu gostava disso. Ele me provocava com algumas mordidas gentis. Logo estávamos transando. Resolvemos parar um pouco, (já estávamos pelo meus cálculos na quinta vez) inverti nossas posições ficando deitada sobre o corpo do Robin, embora estivesse escuro percebi um sorriso de lado se formar, beijei uma das pontas.
-Poderia fazer isso a noite toda...- sussurra
O beijo ele se senta fazendo com que eu ficasse sentada tbm, minhas pernas ficaram ao redor de sua cintura, o beijo, ele me puxa com uma das mãos em minhas costas, a outra estava na minha cintura. Uma das minhas mãos estavam na sua nuca agarrando firme aqueles cachos que sou apaixonada, a outra em seu rosto, nossas línguas tinham uma bela sintonia.
-Te amo tanto!- diziamos entre beijos e mordidas.
Parei um pouco
-Que foi?- Perguntou confuso
-Queria ver o rosto da desgraça que eu amo-Falei sorrindo e tocando seu rosto.
Ele ascendeu o abajur,  ficamos incomodados com a luz, mas o efeito logo passou, me deitei do lado dele.
-Pq ligou a luz?
-Para ver minha deusa
-Não sou tão bonita assim, Robin.
-Não me importo, pra mim vc é a Lua numa noite vazia.
-Não precisa me encher de elogios..
-Não são elogios, são fatos. Não estou te elogiando estou lhe expondo fatos.
-Para mim, vc é mais perfeito que Apollo.- disse dando um beijo em seu pescoço. Dormimos com isso.

Myrian narrando

Acordei antes de Jacob. Aproveitei isso para sair. Ainda era 5:20h da manhã, peguei minhas coisas e saí, fui no alto da montanha ver o sol nascer, aquilo era algo espetacular. Mandei msg para Felipe:
-Oi, me encontra na lanchonete que tem na divisa das cidades. Preciso tomar café.
-Ok esfomeada.
-Calma a boca Pálido!
-Ai não precisa ofender, agressiva.
Agressiva vai ser minha mão na sua cara!-pensei
Cheguei rápido na lanchonete, Felipe já estava me esperando, tomei um café amargo com um pedaço de bolo de beterraba com cobertura de chocolate. Fomos para a Cidade do Ar, andamos conversando por um tempo, até que Felipe me fez subir em suas costas e correu para o morro, ele corria tão rápido que mal consegui ver o caminho.
-Chegamos- disse parando na entrada
Tinha alguns vapores por ali, todo miraram os olhos em mim como se eu fosse droga.
-Mexe com ela que vc vira pó!- Felipe disse sem prestar atenção nos mlks

Subimos o morro, qndo chegamos no topo tinha uma casa, bem grande.
-Não tenha medo maninha
-Tenho nojo, aqui tem um cheiro forte de morto. Deus me livre.
-Agradeço o elogio Melissa- Mektasa disse descendo as escadas
-Ah vc!- disse com certo desprezo.
-Não precisava trazer o soco-ingles...
-Já faz parte do meu corpo por assim dizer.
-Felipe, vá ver os vapores, no último caso vc venha me chamar. Melissa venha atrás de mim. -Mektasa disse com nojo em sua voz.
Ele me levou até seu escritório, parecia uma biblioteca, e se sentou atrás da mesa de vidro. Me sentei a sua frente.
-Pq minha mãe te odiava tanto?- perguntei de uma vez
-Ela não me odiav.
-Amava ao ponto de não deixar a filha ver. Nossa como amava- disse sarcástica o interrompendo
-Ok, no dia que descobriu a sua gravidez, ela resolveu se afastar de mim, pq tinha várias moças atrás de mim. Fazer oq, ser bom de cama não é uma parada fácil
-Não dá uma de tiozão.- disse com a voz suave, mas a cara só ódio.
-Enfim, ela chegou com uma história de se casar e tal, querendo que eu largasse a minha vida
-De mulherengo.-o interrompi
-Para estar com ela- ele continuou como se não tivesse me ouvido
Revirei os olhos, Felipe soltou uma risada baixa
-Felipe? Não falei para vir aqui só se fosse necessário?- Mektasa perguntou com voz de repugnância ao filho.
-Amanda quer ver o senhor.- Disse sério
-Leve-a a varanda de trás.-Disse olhando a janela
O sol batia em seu rosto, fazendo que aquela região ficasse em carne viva.
Felipe saiu e fechou a porta, Mektasa continuou falando. Até que uns 10 minutos depois a porta foi aberta de supetão.
-Não quero ficar na varanda Mektasa, precisamos falar de negócios- dizia até ver minha presença- Pq tem uma cadela aqui?
-Desculpa, mas vc não me conhece para me chamar de cadela.- disse segurando minha raiva
-AMANDA! CALE A BOCA E VÁ PARA A VARANDA DE TRÁS!- Mektasa ordenou bravo, antes que Amanda pudesse abrir a boca.
Amanda saiu do escritório.
-Mais uma das suas prostitutas? - perguntei debochada
-Não, uma sereia, vivemos em um mundo místico querida
-Não me chame de querida!- falei ao ouvir ele me chamando daquilo.
Noah me chamar assim é um elogio, agora Mektasa me chamar assim? É um insulto ele nunca comeu um quilo de sal cmg e agora quer dar uma de pai carinhoso. Estava estressada, a única coisa que eu queria era acabar logo com aquilo, queria ver Jacob, meus pais. E estava com sdds das minhas tias.
-Melissa, escute-me filha, todos esses anos eu procurei por vc.
-Vc quis abrir mão de algo por mim Mektasa? Quis alguma vez mudar por mim?- perguntei aumentando meu tom de voz. Estava irritada com ele.

Aquilo Que É IndesejávelOnde histórias criam vida. Descubra agora