0.3 sempre juntos.

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Chego em casa e me deparo com Zekkaryah brigando como sempre com o nosso pai. Já é costume, quando não brigam é porque estão doentes.

É sempre assim.

— Você não sabe o que é bom pra mim. Tudo pra você é poder não sou sua marionete, nunca vou ser. E é melhor ir se acostumando com isso, não tenho mais 10 anos pra aceitar tudo de cabeça baixa. — Diz meu irmão nervoso.

Sempre foi assim, eu era a mais calma e a que pensava com raciocínio. E bom o Zekkaryah era aquele explosivo que cagava nas consequências de seus atos. Nós éramos totalmente diferentes em nossas personalidades e em nossas opiniões, era raro entrar em consenso com ele.

— Eu sei o que é bom pra você sim seu pirralho ingrato, não estou nem aí se não tem mais 10 anos enquanto morar sob o meu teto eu mando eu você. — Diz Joseph bebendo uma taça de vinho, que estava quase no fim.

— Se você fosse inteligente o suficiente papai, saberia que não estou em suas mãos há anos. Mas como ainda não aceita esse fato acha que as coisas ainda estão sob o seu controle. O que é engraçado é que tudo já está fora do controle e você não consegue consertar, olhe para a sua família totalmente destruída.

Destruída. Estávamos destruídos.

Zekkaryah passa por mim e sobe as escadas indo no lugar que sempre vai depois dessas brigas.

Para o telhado.

Eu por outro lado vou para a cozinha preciso fazer um lanche, sendo que a janta é servida somente às 20:00. Pego alguns biscoitos uma garrafa de água faço um chocolate quente para o meu irmão, como hoje em Vermont faz frio e ele está no telhado resolvo levar para o aquecer um pouco.

 Pego alguns biscoitos uma garrafa de água faço um chocolate quente para o meu irmão, como hoje em Vermont faz frio e ele está no telhado resolvo levar para o aquecer um pouco

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Chego no telhado com muito custo e alguns tropeços, ele não olha pra trás pois já sabe que sou eu. Entrego o chocolate quente nas mãos frias do mesmo e me sento ao seu lado.

Olho as estrelas elas estão tão bonitas hoje.

— Você não precisa vir aqui todas as vezes que brigamos, sabe disso não é? — Ele diz bebendo um pouco do conteúdo que está na caneca.

— Eu sei. — Digo apenas isso desviado os olhos das estrelas para ele. O observo bem estreitando os olhos em sua direção, ele me encara e ergue uma sobrancelha. — Porque simplesmente não ignora o nosso pai como eu faço? — Questiono olhando bem no fundo de seus olhos cor de mel.

— Porque assim vou estar abaixando a cabeça para coisas que ele faz. Entenda Serena se você não se impor, Joseph controlará a sua vida pra sempre. Com quem irá namorar, se casar seu círculo de amizade. Vai permitir isso? — Diz me olhando.

— Eu não permitiria deixar as coisas chegarem a esse ponto. — Digo insegura.

— Quando você menos esperar elas já vão estar a esse ponto. — Ele diz voltando seus olhos para as estrelas. — Mas você sabe que estarei aqui, enquanto eu estiver vivo e nessa casa, sempre irei te proteger.

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