PRÓLOGO

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Mackeyla on

UMA SEMANA ANTES

Estava no meu laboratório, resolvendo os últimos detalhes da minha missão, quando o telão a minha frente começa a tocar, logo atendi.

- Agente MacAlister. - Um rosto tão conhecido por mim, apareceu no telão.

- Sim, Codorna? - Respondi.

- Como anda a missão? - Perguntou-me.

- Vou invadir a casa dele nessa madrugada. - Respondi ela, voltando a atenção para o meu iPad.

- Certo, até daqui a pouco. - Falou, desligando, não me dando tempo de respondê-la.

1:20 da madrugada

Estou em um carro, completamente preto, na frente de uma casa, não muito grande, rodada de seguranças.

Sai do carro, pegando minha besta, e atirei no segurança que estava na entrada da casa, o fazendo cair no chão desacordado.

Me aproximei, cautelosamente, da casa. Quando entrei fui vasculhando cada perímetro da casa, a procura de rastros das garotas ou do cara, fica mais difícil quando não se tem a planta da casa.

Entrei, provavelmente, na sala de musica, já que tinha alguns instrumentos. Fui andando em direção a um cello, quando no meio do caminho, ouvi o chão ranger, abaixei e comecei a dar leves socos no lugar, ouvindo um som de eco, passei a mão ao redor do local, a procura de algo a mais, quando encontrei uma cordinha, levantei, a puxando junto comigo, revelando uma escada que levava lá sabe-se aonde. Peguei uma lanterna, no cinto que rodeava minha cintura, a acendi e fui descendo as escadas. Quando cheguei lá em baixo vi uma parede, me escorei nela, quando eu ouvi alguém falar.

- Fique calada, se você não quer que eu te faça se arrepender de ter aberto essa merda de boca. - Esbravejava entre dentes, era uma voz masculina, provavelmente o suspeito. Logo em seguida consegui ouvir outra pessoa soltar um suspiro londo, como se segurasse o choro.

Coloquei minha cabeça mais para dentro da pequena sala, conseguindo ver claramente, por mais que não estivesse muito claro o lugar, um homem de estrutura média, não muito malhado, com os cabelos e o rosto suados, como se tivesse acabado de fazer caminhada, totalmente pelada, meus olhos arderam nesse momento, fodendo uma garota, que claramente não estava gostando nem um pouco daquela situação, já que estava com os olhos marejados, tentando não deixá-las cair, a cama aonde eles estavam estava cheia de sangue. Olhei em volta, tinha alguns corpos de outras garotas desacordadas, contei mentalmente e deu exatamente dezeseis corpos, dando no total dezessete garotas.

Fechei a portinha de cima com força, fazendo um barulho alto, propositalmente, assim chamando a atenção do homem que colocou um lençol, gasto e manchado de sangue seco, na cintura e veio até aonde eu estava, ainda não sabendo da minha presença, quando ele se aproximou bem no ponto aonde eu precisava, o acertei na cabeça com a minha besta, logo a largando no chão, fazendo o mesmo cambalear para o lado, quando ele voltou a sua postura veio para cima de mim, mais o impedir de fazer qualquer coisa com um soco na cara logo seguido de um soco na costela.

- Vadia. - Falou vindo, novamente, para cima de mim, já cansada dessa brincadeira, chuto a sua cabeça o fazendo cair desacordado.

Vou chegando perto da garota, que a poucos minutos estava sendo abusada, enquanto ela ia se encolhendo com medo.

- Não precisa ficar com medo, vim aqui para ajudar vocês. - Falei tentando a tranquilizar, o que deu certo.

A peguei fazendo ela se apoiar em mim enquanto íamos subindo as escadas, quando estávamos quase no final da escada abri a portinha de novo, saímos de lá e a coloquei sentada no chão, logo voltando para pegar as outras garotas. Quando já estávamos todas lá em cima, eu liguei para a polícia do FBI aonde eu trabalho.

- Alô?- Um voz suave me atendeu.

- Oi, aqui quem fala é a agente MacAlister, missão 1457 bem sucedida, preciso de reforços para levar as vítimas a o suspeito. - A expliquei antes que começasse a fazer perguntas.

- Reforços já estão a caminho. - Falou ela, depois de alguns minutos em silêncio, acho que falando com as polícias.

- Certo, obrigado. - Falei e desliguei assim que escutei um murmuro vindo dela.

- Não se preocupe, a ajuda já está chegando. - Falei para a única garota que estava acordada.

- Obrigada, obrigada mesmo. - Pediu a garota, começando a chorar. Apenas acenei com a cabeça.

Quando chegaram, reparei que vieram uma viatura e três ambulância, a viatura levou o homem e a ambulância as garotas. Peguei meu carro e fui em direção ao FBI, que era o lugar aonde todas estávamos indo.

Chegando, logo colocamos o homem em uma cela, e foram cuidar dos ferimentos das garotas.

- Agente MacAlister. - Virei assim que ouvi alguém atrás de mim me chamar.

- Codorna. - fiz uma leve referência. - Em que posso ajudá-la? - Perguntei sem rodeios.

- Que você fassa um resumo da missão. - quando eu ia abrindo a boca ela me cortou - não em uma folha desta vez.

- Ha sim, bom, a alguns meses meninas adolescentes estavam sumindo sem explicação, e sem deixarem rastros nenhum, bom era o que achávamos, até que com a ajuda de câmeras descobrimos o lugar específico aonde elas tinham desaparecido, conversamos com os poucos moradores do local e chegamos a um suspeito, refizemos perguntas para os moradores, só que desta vez específicamente sobre o suspeito, recolhendo mais algumas informações. - Enquanto eu ia falando ela gravava no celular, para passar para os juízes como prova na hora do julgamento, que felizmente eu não iria mais fazer parte dessa missão. - Por mais que tínhamos informações boas, não eram suficientes para o acusar de alguma coisa, precisávamos de provas, então planejamos que quando ele menos esperar iríamos invadir a casa dele para ver se tinha algum indício de algumas das garotas, chegando lá encontrei as meninas e o cara abusando uma delas, depois de poucas complicações, liguei para a polícia da nossa FBI e esperei a ajuda. - Terminei de fazer o relatório, e ela parou de gravar.

- Obrigada agente MacAlister. - Falou ela virando as costas e indo na direção oposta a minha, que era a saída.

Fui para casa, de carro, e no caminho fui pensando no quanto as últimas horas foram tensas para mim. Assim que cheguei em casa fui tomar um banho e tirar a catinga que me rondava, coloquei um pijama qualquer e me direcionei a minha linda e confortável cama, deitei e logo peguei no sono.

No dia seguinte, como não tinha nenhuma missão para fazer, acordei um pouco mais tarde, tomei um banho, coloquei um short de malha preto, uma blusa folgada preta, e descalça mesmo, fui tomar café da manhã, assim que cheguei na cozinha avistei minha mãe, que usava um vestido branco de alcinha que ia até as suas coxas.

- Bom dia. - Falei.

- Bom dia. - Respondeu me dando um beijo na testa. - Como ficou depois da missão de ontem? - Me perguntou, enquanto sentávamos a mesa para o café da manhã.

- Só cansada, voltei, tomei um banho e dormi. - Respondi a ela.

- Certo. - O resto do café da manhã conversamos sobre coisas banais.

Por alguns poucos dias eu pude descansar, até que fui chamada no escritório da Codorna.

- A senhora queria falar comigo? - Perguntei entrando em sua sala.

- Sim, temos uma nova missão, iremos mudar a nossa localização daqui a três dias. - Me respondeu, me permite me sentir triste por alguns segundos, estava gostando de ter uma vida sem tanta correria.

- Certo, e para aonde vamos desta vez? - A perguntei sentando a sua frente.

- Para Londres....

A peça que faltava do quebra-cabeçaOnde histórias criam vida. Descubra agora