- 4 Pegando Fogo

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— Eu estava procurando o Seokjin e o Tae – É isso que tento dizer, mas não tenho certeza se consegui pronunciar, minha língua não parecia querer funcionar direito.

— Eu acho que você bebeu demais, onde estão o Seokjin e o Taehyung? – Ele pergunta olhando-me preocupado.

— Eu não sei. – Consigo dizer. – Aquele cach... Cachorro me deixou. – Ele pega meu braço e o passa por cima de seus ombros.

— Eu sei. Eu posso te deixar em casa, você pode me dizer seu endereço?

— Eu não... Não Lembro. – Minha cabeça não parecia conseguir funcionar direito o primeiro passo que ele deu comigo fez tudo rodar e se eu não estivesse apoiado nele já estaria no chão.

— Vamos devagar, eu poderia te carregar, mas isso pode te deixar enjoado e tenho certeza que nós dois não queremos que você vomite.

Ele andou pacientemente comigo entre as pessoas e ao chegar do lado de fora só me soltou para pegar as chaves do carro em seu bolso. Ele me colocou dentro do carro e deu a volta, tento colocar o cinto, mas ele simplesmente não quer encaixar. Jungkook percebe e o coloca para mim. Fico observando-o dirigir calmo e tranquilo, a última coisa que me lembro era dele me perguntando se gostava de café forte, depois disso tudo sumiu.

(***)

Minha cabeça está explodindo, abro os meus olhos e me dou conta de que não estou em meu quarto e também não estou no quarto do Tae. Entro em pânico por alguns segundos até percebe-lo ali, sentado em uma poltrona no canto do quarto, Jungkook traga uma vez seu cigarro olhando-me profundamente segurando um copo de café na outra mão. Puxo o lençol até cobrir meus ombros e me encolho na cama macia.

— O que aconteceu? – Pergunto a ele, que bebe um gole do café antes de me responder.

— Você bebeu demais e não conseguia me dizer onde morava, então eu te trouxe para minha casa. - Sinto minhas bochechas queimarem, nossa que vergonha! Ele dá um risinho – Adoro isso, você fica lindo corado. – E como se fosse de propósito minhas bochechas esquentam mais ainda.

— Desculpe por isso, eu nunca fiquei desse jeito... – Eu tento me explicar.

— Eu sei. – Ele diz e se levanta andando lentamente até a mesa de cabeceira depois deposita o cigarro em um cinzeiro, pega um comprimido e me estende um copo com água. – Você ficou repetindo isso sem parar enquanto eu te colocava na minha cama.

Então esta era a cama dele, na casa dele?

Minha nossa!?

Aceito o copo e o comprimido, ele se senta ao meu lado de frente para mim seus olhos não deixam os meus em nenhum momento.

— Onde você dormiu? – Pergunto. Ele pega o copo da minha mão e se inclina, sinto sua respiração bater em meu rosto, ele coloca o copo no criado mudo e volta a sua antiga posição.

— Do seu lado. – Um arrepio percorre minha espinha ao ouvir essas palavras. Isso só fica pior e mais vergonhoso a cada segundo.

Quando em certas situações imaginei dormir na cama dele com certeza não foi depois de uma noitada e praticamente em coma de tão bêbado. Mal consigo olhar em sua direção.

— Eu acho que vou embora. – Digo empurrando as cobertas para longe e me levantando da cama. Ele se levanta também.

— Eu posso te levar. – Ele diz entregando-me minhas botas que eu estava procurando pelo chão do quarto.

— Não obrigado, você já fez muito Jeon eu não quero mais te atrapalhar. – Calço minhas botas e depois pego minha jaqueta no braço da poltrona. – Obrigado por não ter me largado sozinho lá.

Meu Querido ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora