Capítulo 4

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Mare

Eu fiquei tanto tempo no Píer conversando com o Cal que perdi a noção do tempo, e caraca, minha mãe me ligou 5 vezes, ele vai literalmente me matar.

Tenho que chegar em casa todo dia logo depois que o sol se põe, uma das pequenas regras da minha mãe, com ajuda do meu pai.

Como eles falam "Essas regras é pra fazer você ser uma boa pessoa e da orgulho pra gente", se eu concordo? Sim e não, as regras é pra eu não ficar vagabundando nas ruas , mas tudo tem limites, por isso acho um pouco demais.

Estou quase chegando em casa quando minha mãe me liga de novo.

- Alô - falei.

- Alô nada, o sol já se pôs faz meia hora e você ainda não chegou em casa - ela falou gritando, aposto que os vizinhos escutaram tudo.

- Calma mãe, eu só fiquei no Píer por mais tempo que o habitual, não precisa gritar comigo, os vizinhos devem estar achando que você deu de louca de novo - falei pra ela, mas logo me arrependi, percebi que ela irá gritar novamente.

- OQUE VOCÊ FALOU MENINA - vai começar de novo a gritaria.

- Falei sem pensar mãe, desculpa, mas é que você exagera muito - falei pra ela e depois completei - vamos fazer assim, eu já estou chegando em casa, aí quando eu chegar você me da esse sermão que você quer tanto dar.

- Pode ser assim - fácil demais -mas quero você em casa no máximo daqui a 5 minutos.

- Claro mãe, tchau.

- Tchau filha beijos.

Ao mesmo tempo que minha mãe é brava e durona ela é doce e cuidadora, vai entender né. Mas eu herdei isso dela, sou idêntica a minha mãe, indecisa em tudo.

Já meu pai não é tão protetor assim, mas mesmo assim é, vai entender minha família. A minha família é essa tal de família tradicional. Que não pode fazer nada, namorar quando tiver 18 (essa é uma regra específica do meu pai ), tem também o negócio de voltar cedo pra casa.

Mas fazer oque, não posso fazer nada. É bem chatinho essas coisas, mas infelizmente eles botam essas regras bem na prática. Eu acabei de fazer 18 anos, acho que eles deviam ser um pouco menos protetores.

- Boa Noite senhorita Barrow - me virei e vi meu vizinho, senhor Samos, o avó da Kathy.

- Boa noite senhor Samos, tudo bem ? - respondi a ele.

- Estou muito bem e você?

- Também estou bem - eu tinha que falar outra coisa - aqui, eu queria te falar, hoje eu cheguei meio tarde sabe, aí acho que minha mãe vai brigar muito comigo e ...

Antes mesmo de eu terminar de falar ele já sabia oque era, e logo respondeu.

- Pode deixar, eu não vou me preocupar, e se eu ver que a coisa está séria vou lá e te chamo pra jantar aqui - como eu gosto dele.

- Muito obrigado senhor Samos.

- De nada Mare.

Antes dele entrar em casa chamei a atenção dele e falei.

- Como que a Kathy está?

- Vocês duas são grudadas mesmo em, vocês se viram na escola faz pouco tempo e já estão com saudades.

- Não posso fazer nada né, tchau senhor Samos.

E assim me despedir dele, ele e a família da Kathy sempre foram meus vizinho, ele tem por volta dos 70 anos, e é como um pai pra minha mãe, sempre cuidou dela e tudo mais.

Antes do pôr do solOnde histórias criam vida. Descubra agora