Eu não poderia ser a mesmo pessoa depois disso.
Jake me pegou despreparado e de surpresa, talvez as coisas poderia ter acontecido de outra maneira, só talvez.. Dessa vez o destino não quis ficar ao nosso lado, como sempre.
Sinto saudade dele a todo momento e isso estava consumindo toda minha energia, estou sem apetite, sem ânimo e coragem para nada, um cansaço sem fim tomava conta de todo meu corpo.
Acordei assustado com alguém esmurrando a porta da casa nova, pulei da cama correndo.
— Já estou indo - gritei calçando meu chinelinho e descendo as escadas. — Vovó? - chamei mas não tive resposta.
As batidas na porta continuavam, fui olhar na cozinha e pela sala, ela deve ser que saiu para ir a padaria próxima e não me acordou, pensei.
— ABRA A PORTA - falou a outra voz estridente do outra lado da porta. — ABRA AGORA! - gritou.
— Quem é? - perguntei correndo até a cozinha para pegar uma faca da primeira gaveta do armário. — Irei ligar para a polícia, por favor vá embora! - falei tremendo o pulso com a faca apontada em direção de onde vinha a voz.
Um chute e a porta foi ao chão com um barulho de quando madeira se quebra ao meio, a princípio não havia reconhecido a voz, calma, espera aí !
JAKE!Ele me encarava como se fosse pular em cima de mim a qualquer momento, com os olhos fixos em mim, estava nervoso com o rosto vermelho, parecia que iria explodir.
Ele veio correndo em minha direção pra me bater, no reflexo deixei a faca cair no chão da sala, me virei de costas e corri indo em direção ao meu quarto, pulei o sofá que ficava de frente para a escada, Jake já estava a um passo atrás de mim, já no meio da subida Jake me puxou para baixo onde cai de de peito na escada e batendo minha cabeça, já meio zonzo consegui segurar na barra da escada, ele estava puxando minha perna direita.
— JAKE PARE! - gritei aos choros.
— EU VOU TE MATAR. - gritou Jake soltando minha perna e indo até a sala. — COMO VC TEVE CORAGEM DE ME DEIXAR. —falou com o olhar de psicopata pegando a faca.
Tentei me levantar, respirei fundo e apoiei meu corpo sobre o corrimão da escada com uma forte dor no peito, já sem ar tentei subir até o meu quarto.
—Ei volte aqui.. - falou rindo como louco agarrando meu cabelo. — Volte aqui, FIQUE PARADO POHA! — gritou.
—Jake fique calmo, você está me machucando. - tentei pará-lo, mais suas duas mão estava agora em meu pescoço.
— CALA A BOCA! - gritou alterado.
Sentia as mãos de Jake apertando cada vez mais, já estava ficando desacordado, por um estante ele avia parado e me encarou ficando próximo ao meu rosto.
—Me desculpe mar.. - escorreu uma lágrima em seu rosto.
Ele olhou para baixo onde a faca estava dentro do short.Eu já não tinha mais força, mal conseguia parar em pé, ele ergueu a faca na altura da cabeça...
Acordei em um pulo da cama quase caindo dela, com o coração batendo como se eu tivesse acabado de correr a maratona de São Silvestre.
Não estava sendo nada fácil a minha as primeiras semanas na nova cidade, casa nova, vizinhos novos, que por sinal ainda não os conheço, e por fim um novo começo!
Eu e a minha avó íamos arrumando as mudanças aos poucos, havia muitas coisas para se colocar em seus devidos lugares, mais como eram só a mim e a vó não tínhamos pressa alguma, a casa era grande e tão aconchegante, havia uma lareira na sala como na outra casa, eu adorava ler próximo a ela, pulei de empolgação quando a vi pela primeira vez, na parte de trás da casa onde fica o quintal bem grande por sinal, tem um pé de cerejeira bem ao centro que sob ele tem um balanço de cordas trançada, aquele lugar era a pura paz, e era nesse lugar que eu vinha passando as tardes, Jake tem me enviado milhares de mensagens esse curto período de tempo, ele liga todos os dias as 5:00h da tarde para minha vó, que já sabendo que não queria falar com ele, falava que eu não estava no momento ou estava ocupado.
Há coisas no mundo que ficam mais fáceis se as ignorarmos, deixando-as de lado pensamos que irá ficar mais fáceis de se lidar.
A noite que ficava realmente difícil, o sono nunca chegava a ansiedade tomava conta e a tristeza como a cereja no topo do bolo, não adianta, olho a foto dele toda vez, mesmo não querendo.
— Idiota.. - falo desligando a tela do celular.
Com pesar no peito coloco a cabeça sobre o travesseiro e as lágrimas veem a tona com o peso de mil culpas, ressentimento e inseguranças.
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Me mostre o caminho
RomanceNem tudo é como pensamos, ou melhor nem tudo é como queremos. A verdade é dolorosa, e com o coração partido o gosto é amargo como fel, crescemos com uma armadura impenetrável sem nenhuma brexa, não deixando ninguém se aproximar, mas ele... Venham co...