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Malu

— Já estou sentindo sua falta — Mariano confessa.

Sua voz sai sussurrada, entretanto sinto sua tristeza, afinal ela reflete a minha.

A semana passou rápida, muito rápida para ser sincera. Passeamos pelas praias durante o dia e a noite íamos comer algo na praça. Foi difícil esconder dos meus pais, pois estava de férias da escola e com o instituto de recesso, minha mãe tinha planos perversos de me tornar uma perfeita dona de casa. Mas tia Camila a convenceu de que precisava de ajuda na pousada que por conta da festa na semana passada, estava lotada de turistas que ainda estavam na região.

Ela não mentiu, eu e Megan realmente ajudamos nos serviços da pousada, mas nada tão pesado que impedisse nossas "escapadinhas" e por isso pude aproveitar ao lado desse rapaz com jeito de homem, olhar tímido e roupas serias. Mariano me contou que está na faculdade, mas que já ajuda o pai na empresa que é uma das investidoras aqui na nossa cidade e que realmente ama poder seguir os passos dos homens de sua família e que não vai ser difícil manter o legado, uma vez que a empresa foi fundada pelo bisavô.

Estamos deitados sob o céu estrelado na praia que fica a poucos metros da minha casa. Conheço a região e sei que estamos seguros e que ninguém vem por aqui a essa hora. A manta que ele trouxe protege nossos corpos sob a areia fria.

— Eu acho que amo você Malu...

Sua declaração baixa parece gritar em meu coração.

— Eu também acho que amo você.

Ele se apoia sobre o braço e me encara, é tão sincero. Acredito que talvez nunca mais a gente se veja e isso não diminui o que sentimos um pelo outro aqui e agora. Ele me beija sem aviso e de um jeito diferente, parece mais intenso, como se fosse uma despedida. Uma lagrima escapa de meus olhos, mas prefiro retribuir todo o amor que sinto nesse momento.

Seu corpo se acomoda entre minhas pernas, sinto o toque em minha coxa, é tímido e delicado, mas me aquece de um jeito estranho. O beijo se torna mais urgente e sinto uma pressão tocar minhas partes, já falei sobre isso com Megan e tivemos aula sobre corpo humano na escola, sei que ele está excitado e a percepção disso me faz estremecer ao mesmo tempo em que sinto minha calcinha ficar úmida.

Não penso muito e enfio minhas mãos por dentro da sua camisa, a pele quente e agora bronzeada pelos dias de sol e banho de mar que tomamos, parece queimar minha pele e isso não me faz afastar, ao contrário, abro ainda mais as pernas para que ele se encaixe e gemo quando sinto seu membro roçar no meu.

— Eu quero ser sua Mariano — digo quando nossas bocas se afastam.

— E eu já sou teu amore mio...

Todo o desespero é substituído por uma calma que me deixa ainda mais ansiosa. Suas mãos sobem por minhas pernas fazendo com que minha pele fique arrepiada, sinto seus dedos engancharem nas laterais da minha calcinha e com uma calma torturante ele a tira. Meu vestido tem a frente cheia de botões que ele desabotoa de um a um aumentando ainda mais a ansiedade e desejo que me tomam.

Minha pele começa a ser exposta, ele solta um palavrão em italiano quando meus seios ficam a mostra pela falta do sutiã. Suas mãos os envolve e estremeço, jamais fui tocada assim, então me perco nos pensamentos quando sinto sua língua quente tocar a ponta do meu mamilo frio, o choque térmico me faz gemer um pouco mais alto, sinto algo molhado escorrer entre as minhas pernas, mas não me atenho a isso, pois sua boca envolve meu monte e a sensação é difícil de explicar.

Mariano parece tão nervoso quanto eu mesmo e pela forma tímida com que me toca, penso que talvez ele não tenha muita experiência. Sinto uma leve tensão e ele me olha preocupado.

MEU PRIMEIRO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora