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Assutada e cansada, era assim se sentia nesse momento. As criaturas tinham lhe perseguido a noite inteira. Sua pelagem estava coberta de sangue, tanto o próprio quanto os das criaturas que enfrentou.
Agradecendo o alvorecer, farejou o chão e o ar, localizando um riacho logo a frente.
Após uma rápida inspeção no local, entrou no riacho e começou a se banhar, ainda em sua forma lupina.
Assim que terminou, deitou se um pouco longe do riacho e se permitiu descansar depois da noite anterior.

- E eu achando que não teria lobos por aqui.- A fala do desconhecido fez com que acordasse e assumisse uma postura agressiva.
 Rosnando, procurou pelo dono da voz que a despertou.

- Acho que me enganei. - virou se para encarar o homem.

- Pensei que nunca mais encontraria alguém como você, mas parece que ainda existem. - Notou a cabeleira loira do homem, junto com seus olhos amarelados.

Mantendo a posição, caminhou devagar em direção ao desconhecido, tomando todo o cuidado para não ser pega de surpresa.

- Por favor, não me faça parecer um tolo conversando sozinho.

  A medida que se aproximava, o homem ia sentando na grama.

- Não vai se destranformar ?- rosnou em resposta. - Me deixei cuidar das suas feridas, então.

Por alguma razão desconhecida, seus instintos diziam para confiar nele, mesmo que não o conhecesse, algo dizia que ele era familiar.
Aproximou se mais ainda e começou a farejar as pernas do loiro, depois foi para as mãos, onde notou cicatrizes em cada pulso, como se algo o tivesse prendido e queimado sua pele. Se deixando levar pelo instinto, lambeu o pulso esquerdo, depois, virou se levemente e fez o mesmo com o outro pulso. O ato pareceu pegar lo de surpresa, fazendo com que desse um passo passo traz e erguesse as mãos. Porém, isso não foi o suficiente para lhe impedir de continuar farejando, apoiando se nas patas traseiras, impulsionou seu corpo para cima e encostou as dianteiras, levemente, sobre o peito do homem. Levou o focinho até o rosto dele, e cheirou até onde consegui alcançar.

- Oouu. - Acariciou entre suas orelhas.- Venha comigo.

Deu um passo para trás e deixou seu corpo ser puxado para o chão.
Enquanto caminhavam, começou a sentir o peso da noite passada, a falta de adrenalina, fez com que lembrasse dos ferimentos.
Foi tira de seus pensamentos quando os sapatos do homem fizeram barulho ao subir a pequena escadaria. Ficou tão imersa em pensamentos que não percebeu o enorme castelo a sua frente, muito menos os corpos que estava um pouco atrás.

- Entre.

Cuidadosamente, subiu os degraus e adentrou.

- Vou te levar a um quarto, lá poderá se banhar e por uma roupa.

Sua resposta foi um pequeno grunhido.

- Aqui, sinta-se a vontade. - Abriu a porta de madeira. - Estarei na cozinha se precisar.

Assim que entrou, a porta foi fechada.

Sem demora, relaxou e começou a se destranformar, voltando a forma humana.

Caminhou pelo quarto, examinado e procurando pelo banheiro.

De banho tomado, sentou se na cama, e vestiu o vestido com dificuldades.

- Gelado. - Sussurrou quando seus pés tocaram o piso sem o tapete.

Ergueu levemente a cabeça e inspirou, procurando pelo homem, e assim que encontrou seu cheiro, seguiu o mesmo.

Assim que abriu a porta, deu de cara com uma cabeleira loira.

- Se sente melhor ? - Disse ainda de costa para ti.

- Sim, muito obrigada. - Apoiada na porta, observou os movimentos do homem.

- Desculpe meus modos. - Virou o corpo para ti. - Me chamo Alucard.

- Prazer, meu nome é (s/n) - Sussurrou.

- Fiz comida, espero que esteja do seu agrado. - Caminhou até o fogão a lenha, pegou a panela pelo cabo e a colocou na mesa. - Sente se, por favor.

                             Continua ....

                             Continua

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Cap não revisado

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