Capítulo 7

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"Olha o passageiro, como, como ele roda, olha o passageiro, roda sem parar" Capital inicial

Sou vidro. As vezes deixo transparecer meus sentimentos, a fragilidade quando exposta, em um dado momento não oportuno, se cria o repudio, a falsa negação das emoções e a normalidade desse ato. É uma batalha que crio e deixo ir adiante, liberando a fagulha para a guerra. 

Este lado que foi exposto, nega que a sensibilidade é valiosa. O desapego deliberado por esta negação, facilita a construção  da proteção falida, que prejudica o senso de aconchego e a esperança de enxergar um apresso, proporcionado por um distinto sujeito empático. Esta exclusão da profundidade, é tão distribuída, como uma mercadoria necessária para a  autopreservação.  

Por que se envergonhar das emoções ? por que não deixar transparecer ? As sensações, pessoas, podem, e quase sempre são passageiras no nosso trem. Entram apressadamente, seguram as nossas barras de segurança, algumas vezes destroem nosso interior e logo em seguida somem.  Acredito que as vezes temos que as assegurar. 

Não quero este medo de negar o que sinto: os sentimentos, as minhas mentiras e meus erros.  Mesmo com as decepções, não quero que minha transparência se torne-se opaca. Quero continuar  admitindo minha vulnerabilidade. E atingir a maturidade de dizer sempre o que sinto.  

 E obrigada, meu amigo, por ser uma das pessoas que amostrou que vulnerabilidade não é para esconder, é pra cultivar, é para ser renovada. 

A bagunça faz parte.

P.SOnde histórias criam vida. Descubra agora