Tomorrow there'll be more of us

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Desde que Hamilton chegou a Nova Iorque no Verão de 1776, eu, Lafayette e Mulligan seguimo-lo e apoiamo-lo em tudo. Somos um bom grupo de amigos mas eu e Alex sempre tivemos um sentimento a mais, amor verdadeiro. Foram apenas precisas as palavras " Laurens, eu gosto muito de ti" para que eu me entregasse completamente a ele. A partir daí fazia tudo por ele, tudo é mais algumas coisa. Passei muito tempo com ele a ajudá-lo a escrever. Depois da de Monmouth arrisquei a minha vida por ele, pelas ideias dele. Lutei ao lado dele na batalha de Yorktown. É isso ia acabar na do ria Cambahee? Claro que não. Nada nos iria separar. Estava de pé a batalhar num momento, no outro já estava no chão. O sangue saia por um buraco feito na barriga. A minha mão estava cheia de sangue. Os meus olhavam as belas estrelas do céu. Estava uma bela noite. Comecei a sentir os olhos muito pesados, fechavam-se muito lentamente. E depois uma luz... a luz mais forte que que já tinha visto em toda a minha existência. Já não sentia o meu corpo. Era a minha morte. Não iria ver Alex até que ele viesse ter comigo. Logo depois da forte luz vi o meu corpo no chão rodeado de alguns colegas que me tentavam ajudar. Mas era suposto eu ver isso? Não era suposto já ter ido para o céu? Ou inferno?
Num piscar de olhos, já não estava lá. Vejo uma casa grande à minha frente. Já tinha estado ali. Era a casa de Hamilton. Decidi atravessar a porta. Não via ninguém. Andei um pouco até encontrar as escadas que levavam ao 2° andar. Ainda pensava se deveria estar ali, mas também não sabia onde deveria estar. Acabando as escadas pude ver uma mulher de vestido azul. Eliza Schuyler. Segui Eliza que caminhava em direção a um quarto.
- Alexander, tem uma carta para você da Carolina do Sul.
Passei pela frente de Eliza e entrei no quarto onde Alex olhava para Philip que dormia
- É de John Laurens, vou lê-la mais tarde.
Minha? Não podia ser minha, não tinha respondido à sua última carta.
- Não, não é
- Você poderia lê-la?
Enquanto conversavam aproximei-me de Philip. Eles realmente tinham um filho lindo, lindo como o pai. Se também fosse tão inteligente mais tarde ele teria todas as garotas aos seus pés.
- Na terça-feira, o vigésimo sétimo, o tenente-coronel John Laurens foi em um tiroteio...
Alex já chorava de costas para a mulher. Tinha tanta vontade de o abraçar. Eu bem tentei mas não consegui, atravesseio. Não conseguia tirar os olhos da cara de Alex. Quanto mais Eliza falava mais lágrimas escorriam do seu rosto. Tanta dor nos olhos. O sorriso tinha desaparecido.
- Alexander, você está bem?
- Eu tenho muito trabalho para fazer.
Saiu do quarto a correr, deixando uma Eliza também com lágrima nos olhos. Apesar de me ter conhecido pouco era notável que ela também sofria. Fui atrás de Alex, tinha entrado no seu escritório e trancado a porta. Claro que para mim não havia problema por isso atravessei a porta. Ham não trabalhava, chorava com alguns papeis na mão. Aproximei-me para ver o que era. Eram as minhas cartas... ele relia as minhas cartas. Pouco depois começou a escrever. Era uma carta para Lafayette. Lafayette! Hércules! Como será que eles estariam? Também queria vê-los, só não sabia como.
"Pobre Laurens, ele caiu em sacrifício ao seu ardor em uma batalha insignificante na Carolina do Sul. Você sabe como eu realmente o amava e eu julgava o quanto me arrependo dele". Apenas lo está parte. Eu também o amava muito e só queria ter lhe dito isso antes da minha morte. Mas poderei dizer depois da morte dele.

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