❤️Dead or alive, just stay ❤️

Capítulo 4

"Que porra é essa?" - pergunto colocando minha camisa.

"Eu também não sei, troquei essa lâmpada semana passada, não acredito que ela tenha queimado."

Alguém bate na porta.

Lucas abriu, não tinha ninguém. Os sensores de luzes do corredor estavam apagados.

Alguém bate na porta novamente, dessa vez eu abro. Noto um pequeno papel no chão, com um "X" escrito em vermelho. Fudeu. "X" é a marca que ele deixa nas vítimas.

"Merda. Lucas, eu vou morrer! "- digo com voz de desespero.

"Como assim, Bi??"

"Ele deixa um X nas vítimas." - mostro o papel para Lucas.

"Isso deve ser uma brincadeirinha de mal gosto, não se preocupa com isso!" - ele diz enquanto me abraça.

A luz pisca da sala duas vezes. Vamos em direção à cozinha, único cômodo que estava com a luz funcionando corretamente.

"Você ainda acha que isso é uma brincadeira??"

"Calma, eu to aqui com você, não vou deixar que ninguém machuque você! E não estamos de mãos vazias." - ele me entrega uma faca enquanto ajusta a pistola.

Por que diabos ele tem uma pistola em casa? De onde ele tirou essa faca? Antes que eu pudesse fazer essas perguntas, ouvimos barulho alto de vidro quebrando. O barulho veio do quarto dele, que fica no fim do corredor.

"Eu vou lá, fica aqui com a faca preparada pra qualquer coisa. Se você ouvir um tiro, saia correndo e peça ajuda à algum vizinho."

"Tá doido??? Eu vou junto, a gente não pode se separar. E se algo acontecer com você?" - perguntei indignada e com medo.

"Melhor que algo acontecer comigo do que algo acontecer com nós dois. E, além disso, eu tenho uma pistola, você não. Então você fica aqui e não deixa ninguém entrar, okay?" - ele disse piscando pra mim.

"Ok, você tem razão, mas toma cuidado. E-Eu amo você, ok?"

"Ei ei ei, eu não vou morrer, não precisa de declaração cliche não Bianca." - ele me olha com um olhar divertido - "Também amo você, minha Bi."

Antes de ele ir, puxo ele para um beijo. Eu realmente estou muito preocupada com tudo isso que está acontecendo. Tenho medo de perder Lucas mais do que tenho medo de perder a vida.

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 Ele já está lá a muito tempo; não há nenhum barulho vindo do quarto. Tomo coragem e vou até o quarto, desobedecendo a ordem de vigiar a porta.

Ao entrar, ouço um estrondo: a porta se fechando. Após isso vi uma imensa claridade, fiquei um tempo sem enxergar mas logo meus olhos se acostumaram. Aquele quarto não era o de Lucas. Estava tudo tão... Tão branco.

Procuro algum sinal de Lucas, mas não o vejo em lugar algum. Ouvi uma voz vindo do banheiro e, assim que abro a porta, algo me puxa com muita força para a banheira e tenta me afogar.

Minha visão está turva. Grito e luto sem parar. Escuto Lucas gritar meu nome ao longe, acho que não me alcançará; estou perdendo as forças, acho que é o fim...