Capitúlo 3

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Katrina

É foi interessante. Ver uma família cheia de vampiros convivendo tão bem. Acho que são um pequeno ninho. O patriarca é Carlisle. Vai ser um problema se eles continuarem com a dieta rígida.
"Dom, o que você viu?" No meio da floresta paro e pergunto pra ele.
"Muitas coisas interessantes vão acontecer. Parece que o ruivinho vai se apaixonar. Uma garota nova vai aparecer. Acho que em dois meses. Vamos continuar o teatro." Don fala isso com toda certeza. Bem, vamos deixar a carruagem seguir seu caminho.
"O que faremos se algo afetar todos os humanos? Não podemos simplesmente deixar que a paixonite dele ferre com tudo. Somos aqueles que seguram a realidade nas mãos. Os que controlam tudo. Não podemos deixar o equilíbrio ser perdidos."
Falo isso com uma voz séria. Mesmo que eu brinque muito, tenho um dever a cumprir.
"Por enquanto nada. Mas se algo acontecer, bem, vamos usar nosso método mais famoso. Mas agora vamos que eu quero jantar." Sua voz começou a engrossar, sinto sua sede sexual a distância.
"Vamos, o que você descobriu sobre a barreira mágica?"
"São uma tribo que reside aqui por muito tempo. Metamorfos. Os genes da metamorfose se ativaram há uns dois anos, parece que eles são conectados aos vampiros. Como se algo no interior deles fosse contra. Uma coisa aconteceu no passado, um homem muito belo seduziu e sugou algumas jovens desta tribo. Os homens ficaram raivosos, e num dia o primeiro metamorfo apareceu. Ele escolheu a forma de um lobo. E decidiu se vingar. Matando o vampiro. Depois disso toda vez que vampiros estão por perto eles se transformam." Dominic me explicou a situação geral.
"Quais as características físicas?"
"Quando na forma de lobo são tão rápidos quanto os vampiros, tão fortes quanto, bem tem todas as caracteristicas vampirescas, menos a sede. Mas precisam de mais comida. Bem mais. Porém na forma humana são um pouco mais fortes que humanos, e mais quentes. E vivem muito mais que humanos. Quase que uma imortalidade. Podem escolher viver como lobo ou abdicar. Mas quando abidicam se tornam humanos. É só isso que consegui descobrir por enquanto."
Seu relatório foi completo. Como um guerreiro ele presa mais por informação do que qualquer coisa.
No caminho conversamos sobre várias coisas, desde assuntos sobre o sobrenatural, quanto coisas mundanas. Até que chegamos em casa. O cheiro que estava no ar era divino. Bem é a mamãe que está fazendo. Não podia ser menos que divino.

Dominic

Katrina está comendo como louca, parece que não come a séculos. Sua figura diminuta atrás de um prato gigante cheio de macarrão a carbonara, sua expressão feliz. Uma coisa que não vejo há algum tempo. Me sinto feliz ao lado dessa mulher. Desde quando estavamos na outra dimensão venho seguindo ela. A mulher que me salvou, não só a mim. Mas ao Ragnar e a Frida. Ela salvou nós três. Era uma época dura. Onde os Deuses estavam em guerra, e fomos pegos no fogo cruzado.
Uma mulher minuscula salvou três pessoas. Não apenas salvou, mas desafiou tudo e todos para nos ter ao seu lado.
Com o passar dos tempos fomos descobrindo sobre ela. Uma garotinha nascida de um casal de simples fazendeiros, com uma grande ambição em um mundo onde Deuses caminham entre os mortais. O de mortais podem conquistar a divinidade.
Katrina sempre lutou tão bravamente. E nos últimos meses ela estava sofrendo com o último teste dela. O teste em que todos nós poderiamos ser verdadeiros Deuses. Ela aguentou tudo sozinha. Lutou por todos nós.
Por isso ver ela comendo com tamanha felicidade me deixa muito feliz.
Ela vê em Ragnar e Frida os pais que ela perdeu na guerra. Eu amo essa coisinha tão profundamente.
"Kat, vai com calma. Da última vez você quase morreu asfixiada. Quase que tivemos que usar magia divina pra te trazer de volta." Quem fala é Ragnar, todo preocupado com essa criatura que é mais forte que todos nós juntos.
"Kat, escuta teu pai, ele tá morrendo de preocupação." Não resisto e dou uma bronca nela. Nem parece que ela é a mais velha aqui. Mais velha que que esta dimensão.
"Tá bom, vou comer mais devagar e delicadamente. Mas como eu posso me segurar com esse banquete dos Deuses?! Me digam?!" Sua voz sai em adoração.
"Se segurar como a Deusa que é. Mas falando sobre outra coisa, o que descobriram?" Frida a repreende em tom carinhoso. Mas sua pergunta a deixa animada.
"Acredita que sete vampiros vivem em harmonia total!? E ainda se alimentam de animais uma vez por semana. E ainda tem os transmorfos. Os inimigos. E muito mais. Mas me preocupo se eles podem acabar com o equílibrio ou não. Os próximos eventos podem dizer muito mais coisas. É impossível de responder se vamos ter que agir ou deixar a carruagem seguir seu caminho em paz. Mas uma coisa eu sei, vai ser divertido. Agora como foi o dia de todos?" Katrina fala com tal excitação e animaçâo que contagia a todos na mesa.
"Fui conhecer os arredores. Saber mais sobre essa cidade. Mas quase não tem movimentação por aqui. É como se fosse uma cidade que todos se conhecem. Tem o Xerife Charles, o médico Carlisle, alguns pontos interessantes. Mas a maioria é normal. Apenas humanos vivendo sua vida o mais normal o possível." Frida relata suas descobertas.
"O médico como ele é?" Pergunto a Frida.
"Loiro, alto, porte atlético, aparenta ser jovem, por quê?"
"Bem ele é o patriarca deste ninho. Ele é o vampiro pai. Agora me intriga ele ser médico." Falo em tom neutro. Afinal não é surpresa que vampiros vez ou outra ingressam na carreira de médico.
Após isso o jantar segue bem animado. Cada um contando suas descobertas. Cada uma mais fascinante que a outra.
Aparentemente essa cidadezinha esconde um segredo que ninguém descobriu. As linhas Ley são fortes por aqui. Essa cidade é o resultado de uma intercalação de três linhas Ley. Isso permite que a magia corra livre por aqui. Sendo assim, um paraíso para os sobrenaturais. Não me espanta que a história daqui é tão mínima. Até parece que essa cidade não existe de verdade, é apenas uma mera ilusão.

Mas isso é de grande ajuda para nós. assim podemos utilizar essas linhas para nos camuflar. esconder nossa presença do resto do mndo. um lugar seguro para viver por alguns anos, antes de nos mudar novamente. A Kat sabe disso, esse foi o motivo de nos mudarmos para essa cidade. Um lugar onde ela pode descansar e aproveitar um pouquinho de sua vida e das alegrias de ser uma adolescente "normal". 

Não posso permitir que alguém estrague a felicidade da Kat. Isso é uma das coias que eu devo fazer. Proteger a felicidade de Katrina com todas as minhas forças.

Ragnar

Ver a pessoa que me salvou de uma possível morte nas mãos de um homem que me escravizou por muitos anos finalmente sendo feliz e agindo como uma adolescente, não como uma adulta, me deixa muito feliz. Kat é como minha filha.  Mas, mais que filha eu a vejo como minha salvadora, devo minha vida á ela. nada nesse mundo ou em outro me fará sair do lado dela. 

Por muitos anos fui escravo de um homem malicioso. um homem sem escrupulos. alguém que agradeço a Kat por ter matado. Levou um tempo até me acostumar com essa liberdade. Porém, no final foi muito gratificante ser livre. Um homem que pode fazer o que  quiser com sua vida, não tendo que servir a ninguém forçadamente. 
"Kat, vou ter que falar de novo para comer devagar, a comida não vai sair voando do seu prato, ou misteriosamente desaparecer. coma devagar. assim não morre como da última vez." Tento soar autoritário, mas o que sai é um semão de pai preocupado. Essa menina, não, mulher, me deixa desarmado. É impossível ficar bravo com ela.

Jantamos e fomos para cama. o dia de amanhã iria ser longo e complicado. Tenho muitas coisas a resolver. 

Crepúsculo - FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora