Você quer me levar ao céu e me fazer implorar por mais?

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Doy, eu não aguento mais te ver desse jeito! – Chittaphon disse, enquanto secava o rosto banhado de lágrimas do melhor amigo.

— Ele me deixou, hyung, agora não sei como seguir em frente! – o Kim resmungou, tentando cessar o choro.

Há uma semana atrás, o jovem rapaz fora largado pelo ex namorado. E para piorar sua situação, perdera também o emprego e, se não fosse pelo seu melhor amigo, ele estaria morando debaixo de algum viaduto ou em algum prédio abandonado e assustador.

— Você devia agradecer por isso, aquele idiota traidor não merecia a sua preciosidade – Ten voltou a consolá-lo, lhe dando um abraço — O Jaehyun só te atrasou esse tempo todo, o esqueça e vá ser feliz como você merece.

— Tem razão, eu mereço ser feliz – Doyoung disse, parando de chorar e enfim, dando um sorriso — Obrigado por me aturar e me ajudar, você é o melhor amigo do mundo todinho.

— Eu sei que sou incrível – o tailandês sorriu, o soltando do abraço — Agora quero que vá se arrumar e fique bem gato, nós vamos para a balada.

Doyoung assentiu e fez o que lhe foi mandado. Após tomar um banho demorado, vestiu sua melhor roupa, fez uma maquiagem leve, passou perfume e foi esperar o outro na sala. Ainda se sentia inseguro sobre ir a essa boate, fazia tempo que não saía para se divertir e tinha esquecido o que era diversão.

Mas estava decidido a esquecer tudo naquela noite, beberia todas e dançaria até não aguentar mais, e se conhecesse algum cara interessante, terminaria a noite em uma cama que não era sua.

Só por uma noite.

— Pronto para irmos?–- Ten perguntou, aparecendo na sala todo arrumado.

— Claro! – Doyoung respondeu, levantando e ajeitando a roupa um pouco amarrotada.

— Então vamos – pegou a chave do carro e saíram de casa.

Entraram no carro, e após colocarem o cinto de segurança, seguiram para a boate. No meio do caminho, iam cantando músicas animadas e rindo.

— Olha aqui Doyoung, se você não pegar ninguém nessa festa, vou te deixar de castigo – o mais velho disse, assim que chegaram no estacionamento do local.

— Eu estou tão desesperado quanto você – o outro murmurou, saindo do carro — E você também, vê se sai dessa seca hoje.

— Claro meu anjo, só saio acompanhado!

Riram e entraram na boate. O lugar estava quase lotado, a música estava alta e muitas pessoas bonitas dançavam e bebiam. Foram até o bar e pediram duas bebidas cor de rosa, conhecidas por serem as mais fortes e deliciosas da casa.

— Toma cuidado, você é bem fraco para beber – Doyoung o alertou, sendo completamente ignorado — Não me ignore, sabe que estou falando a verdade.

— Vou ter cuidado, prometo – Ten o assegurou.

Enquanto bebiam, Doyoung percebeu o olhar de um homem direcionado ao seu melhor amigo e ficou levemente incomodado. O mesmo tentava chamar a atenção de Ten, mas se tinha alguém mais lerdo que ele no mundo, o Kim desconhecia.

— Chitta, aquele ruivo não parou de te encarar desde que a gente chegou – ele o avisou, e no mesmo momento, o homem citado se aproximou deles.

Depois de cinco minutos de conversa, o melhor amigo aceitou passear com o homem, este que disse se chamar Lee Taeyong e que trabalhava em uma das melhores editoras do país.

— Não esqueça do que eu disse, aproveite sua noite – foi o que Chittaphon disse, antes de sumir com Taeyong em meio a multidão.

Ótimo, agora estou sozinho, Doyoung pensou, logo terminando de beber a primeira dose. Sentia olhares em si, e de vez em quando, encarava de volta e sorria. Já estava ficando frustrado, até aquele momento ninguém o interessara, e temia ser assim até o final.

Apenas uma noite, sério? - JohnDoOnde histórias criam vida. Descubra agora