I. Anestesia Aerostática na Luminescência Noturna
Espirais aquosas
Agem nas
Movimentações filosóficas
Da alba
Lentamente
O sacrossanto
Se esvai
Plenilúnios
Enluarados nos espelhos d'água
Oscilam com ilicitudes que parecem permitidas
Pela plenitude líquida das cores
II. Pseudoamálgamas na Água
Os delírios
Se tornam delitos
Cobertos por lírios
Tristemente
A lastimável
Efígie
Nada ao léu
Vagamente
Sombras se fundem
Na ambiguidade clara
Do abstrato e da mágoa
III. Incorpóreo Inatingível
Na imaterialidade
Das profundezas
Areados aquáticos
Tornam-se
Texturas escapistas
Na absorvância
De tristezas nocivas
Em busca de relevância
Que coexistem
Com resistências submersas
Da alma
Perdida na transmitância