fjorton

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Antes de começar o capitulo vim aqui dizer algumas coisinhas....

Eu andei bem sumida, bemmmmm afastada daqui na verdade. Peço desculpas por ter deixado a fic sem att por quase 4 meses, entrei recentemente e vi que já estamos com mais de 20k???????????? Me sinto pessíma por ter deixado vocês esperando por mt tempo.... e eu agradeço por todo o carinho que a fic anda recebendo, assumo que acho estranho, nunca tinha me acontecido isso antes e é algo muito recente para mim, e eu amo vocês por isso <3 leio todos os comentários mas morro de vergonha de responder KKKKKKKK mas continuem, por favorrrr. Prometo tentar att com frequencia...

Espero que vocês apreciem a minha escrita e os próximos caps, continuem votando e rindo nos comentários, isso alegra meus dias! Obrigada por acompanhar Arton Parti, e boa leitura.


ᴘᴏᴠ ᴊɪᴍɪɴ

Eu não sentia vontade de fazer nada, não sentia fome e muito menos vontade de respirar. Parecia que eu tinha levado um tiro no peito, mas não passava de uma decepção amorosa.
Eu tentei anular essa dor e fingir que ela não existia, até porque eu tinha problemas maiores para lidar. Mas era impossível, qualquer coisa que eu começasse ou tentasse fazer, Jeon aparecia nos meus pensamentos, e flashbacks daquela noite me perturbavam ainda.

Meus pais foram a uma viagem de trabalho e só voltariam mês que vem e Hoseok acabou indo com eles, só me restava Yunsuk que meus pais pediram para ficar comigo. Eu implorei para que eles me deixassem ficar com alguma babá, ou até os nossos empregados, mas por tudo que é mais sagrado nessa Terra não com meu tio.

Mas não aconteceu, eu era fraco demais para contar o que acontecia quando ficava sozinho com aquele monstro, eu receio que eles não me ouçam, que ninguém me ouça. Acabaram por ficar apenas 3 empregados e o jardineiro lá, mas por apenas 1 semana, depois seriam dispensados.

Passei quase todos os dias trancado no meu quarto e pedi para que, se Yunsuk pedisse uma chave reserva, não o desse. Ele era bem explosivo e quando tinha a oportunidade agarrava meu braço e pedia para que eu almoçasse com ele, e que não no meu quarto.
Quando conseguia, ele derrubava meu prato no chão e pedia para que eu fosse fazer outro, assim eu acabava por me sentar com ele e comia em silêncio, quase que chorando.
Acho que o único lugar que eu temo que ele saiba a existência é o meu quartinho de pintura, é meu esconderijo.
Enquanto ele ia visitar um velho amigo eu peguei algumas coisas do meu quarto, comida, água e outros e corri pra lá, me tranquei e fiquei ali. Já fazem dois dias pelo menos.
Ouvi as empregadas gritarem por mim,- era atuação, havia pedido para que elas atuassem- ele também gritava durante a noite, eu ignorava. Era incrível como eu não conseguia nesse momento, me sentir seguro em lugar nenhum.

O dia estava frio, a chuva era forte e os trovões quase que explodiam no meu ouvido, meu quarto tinha uma janela e nela eu conseguia ter a visão do jardim atrás de casa, quase que não passava ninguém ali, só o jardineiro e alguns pássaros.
Eu tinha a intenção de passar o resto do mês ali, apenas pintando e ignorando as ligações perdidas, seja lá de quem eram. Mas infelizmente não é assim que minha vida iria funcionar por esses tempos, meu stock de comida estava acabando, o quarto fazia frio, eu fedia e minha bexiga gritava.

Mesmo com tudo isso eu passava o dia pintando, rostos, corpos, emoções, paisagens. Tudo o que sonhava e imaginava que fosse um ideal para minha vida, fugia da realidade, desenhava o que nunca poderia ser nem ter. Um castelo gigante com flores, um por do sol absurdamente lindo, uma cachoeira junto a animais correndo, meu lugar ideal, um lugar que não existia emoções e nem pensamentos negativos, um lugar onde a palavra liberdade gritava e nos recebia na entrada, mesmo sem estar escrita.

Arton parti ぶ jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora