01; Urgência pela manhã.

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Acordar cedo já era uma rotina que Chanyeol estava acostumado há mais de seis anos. Não que odiasse acordar com os pássaros cantando e logo tomar um belo café da manhã, o seu problema mesmo era acordar a pequena preguiçosa com quem dividia aquela pequena casa e também enfrentar um trânsito grande até a empresa onde trabalhava. Não poderia negar que era uma rotina cansativa cuidar de uma criança, cuidar da casa e, principalmente, ter que aguentar todos os caos que acontecia no trabalho.

Para sua sorte, Haeun era uma menina bastante madura para sua idade. Desde sempre, a pequena Park já aprendia muitas coisas facilmente, o que acabava adiantando Chanyeol durante o dia a dia.

Ser pai solteiro sempre causou medo em Chanyeol. Nunca achou que algum dia em sua vida seria bombardeado com algo dessa maneira. Não poderia esquecer do dia em que viu Haeun pela primeira vez e como seu coração transbordou ao ver as orelhas salientes da pequena que era uma cópia sua. Covinha, lábios cheinhos, orelhas grandes e outras mil coisas se encaixavam perfeitamente no pai coruja. Haeun, sem dúvidas, era a jóia mais preciosa de sua vida.

Park conheceu Hyoeun em uma festa da faculdade, onde ambos estudavam e também estavam no último ano. Não era amor, era apenas uma amizade colorida que possuíam, já que não tinham interesse algum em se apaixonar por alguém. Mas eram jovens, queriam curtir pelo menos um pouco, já que a vida adulta já jogava um grande peso em cima de todos os alunos. Em uma festa, acabaram tendo relações sexuais sem nenhum preservativo. Estavam completamente bêbados e quem ligaria para as consequências no meio de um ato tão bom?

Na semana seguinte, levantou da própria cama em um salto completamente histérico. Hyoeun estava chorando, xingando-o de todas as ofensas possíveis. Ambos eram culpados, mas tirar um pouco do peso das costas era muito melhor.

Depois de uma longa conversa, a moça decidiu que teria aquele bebê, mas Chanyeol cuidaria, afinal, Hyoeun não tinha nenhuma experiência e ainda tinha um logo caminho pela frente. Ser mãe não estava em seus planos, ainda mais sem nenhum apoio da família, que a julgaria por anos por ser mãe solteira. Já Park era filho único e muito bem amado pelos pais, com certeza daria um futuro incrível para aquela criança, que receberia todo amor do mundo.

Uma semana após o nascimento de Haeun, Hyoeun mudou-se para o Japão na tentativa de seguir o seu sonho, tendo uma grande carreira naquilo que tanto sonhava em ser. Chanyeol não poderia mentir nem para si mesmo o quanto foi complicado cuidar de uma criança, tendo que seguir praticamente um cronograma para que tudo saísse de maneira saudável.

Em meio a tantos choros, mamadeiras derramadas, chupetas desaparecendo pela casa e outras coisas, Chanyeol criou Haeun perfeitamente para ser uma grande mulher no futuro. A pequena Park era saudável, cheia de energia e muito inteligente para apenas uma garotinha de seis anos. Era o xodó da família Park por sempre carregar alegria dentro da própria casa e na casa de sua avó.

Chanyeol caminhou até o quarto da pequena Haeun, que ficava ao fim do corredor. Arrumava a gravata em seu pescoço enquanto olhava para o relógio em seu pulso. Para sua sorte, havia acordado mais cedo que o normal e por isso poderia se despedir da pequena Park antes de partir para trabalhar.

Ao abrir a porta de madeira, pôde ver que a menina ainda dormia em um sono profundo. Se não fosse algo que pudesse desregularizar o sono de Haeun, Park não pensaria duas vezes antes de deixá-la dormindo. Mas sabia que quando Haeun acordava tarde, não conseguiria dormir durante a noite.

Balançou calmamente o corpo miúdo e foi até a grande janela do quarto, abrindo as cortinas brancas, deixando com que o sol invadisse o cômodo. A mais nova coçou os olhos, sentindo os olhos arderem com aquela claridade gritante que espancava sua vista. Os cabelos estavam uma completa bagunça, o que acabou fazendo com que Park soltasse uma risada ao ver que a menina estava quase desmaiando de sono.

Rosa BebêOnde histórias criam vida. Descubra agora