Capítulo Único

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FELIZ DIA DAS MÃES para todas vocês, mães e filhas, s que vão poder estar com suas mães e filhas, as que vão estar distantes por tantas razões, que esse pequeno capítulo traga riso e amor, algumas lágrimas também, mas de boas emoções. Amo vocês!

Para minha irmã Márcia, que é uma mãe incrível, que esteve sempre ao meu lado, um pouco mãe também e que nesse dia, por força dos acontecimentos não vou poder abraçar e nem ela vai poder abraçar nossa mãe, mas prometo abraça-la mil vezes, por mim e por você. FELIZ DIA DAS MÃES! Eu sei tudo que fez por eles e o universo e seus filhos também sabem. Parabéns! 


     Pietra

A manhã de domingo começa clara, em plena primavera, as videiras estão verdes e vivas, um leve aroma de uva invade o quarto com a brisa da manhã enquanto aprecio o dourado do sol se espalhar pelo vinhedo.

Os De Marttino estão animados, pouco mais de oito da manhã e já escuto o burburinho vindo do andar de baixo, assisto da janela Vittorio e Enro arrastarem juntos a grande mesa para mais perto da sombra da romãzeira.

— Você ficar orgulhoso deles, Matteo, orgulho de como eles são unidos e como amam nossa terra, algum mais, mas todos eles respeitam esse campo que plantamos com nossas mãos e antes de nós os nossos pais.

Ele vai ter que esperar muitos anos para um reencontro, agora com a casa cheia de bisnetos eu fiz um novo plano, cem anos.

— Que outra maneira eu teria de assistir os bisnetos crescerem e tomarem conta dessa terra? Sinto que alguns vão ficar, outros vão ganhar o mundo e eu sou egoísta, quero estar aqui para assistir.

Seco os olhos quando uma lágrima escorre e uma leve batida na porta me traz para realidade, é a pequena Bella, conheço sua batida na porta.

— Entre. – Convido ouvindo o trinco girar, a garotinha invade o quarto com sapatos brilhantes e um lindo sorriso.

— Feliz dia das mães, vovó Pietra.

— Obrigada, querida. – Digo emocionada.

— Vou subir aqui na cadeira, meu sapato está bem limpinho, não fui lá fora ainda, ele é novinho, chegou ontem, mas mamãe não deixou eu vir mostrar.

— Gabriela é muito difícil. – Brinco segurando sua mão, ela sobe na cadeira, primeiro me dá um beijo no rosto, depois olha pela janela para ver o que me entretinha até sua chegada.

— Estava vendo as videiras?

— Estava, são lindas, não é? – Bella afirma encarando a paisagem.

— Vou fazer muitos vinhos quando eu crescer. Papai deixa, já está todo mundo arrumando as coisas do almoço das mães vovó, você não vai?

—Claro que vou. Vai ajudar?

Bella desce da cadeira ainda segurando minha mão, me olha risonha e enche meu coração de amor, o que essa pequena fez por mim não tem como agradecer, foi lindo, trouxe meu neto de volta a vida, só o seu amor foi capaz disso.

— Vou ajudar cuidando das crianças, vovó o Matteo é uma graça, mas é espertinho, tem que ficar de olho nele, se não come tudo os doces. Eu cuido, se não meu tio Enzo já vai dizer que sou parâmetro.

— Você não esquece. – Rio de Bella, tê-la comigo o tempo todo me faz muito bem.

— Não esqueço de nada vovó. – Ela me conta enquanto deixamos o quarto de mãos dadas. – O Fabrizio vai me ajudar um pouco, mas ele cuida do Luigi, ele da tanto trabalho, até deixa o Fabrizio aborrecido, por isso que eu arrumei um pai para eles.

Dia das mães De MarttinoOnde histórias criam vida. Descubra agora