Fator universal do transformismo.
Filho da teleológica matéria,
Na superabundância ou na miséria,
Verme - é o seu nome obscuro de batismo.
Jamais emprega o acérrimo exorcismo
Em sua diária ocupação funérea,
E vive em contubérnio com a bactéria,
Livre das roupas do antropomorfismo.
Almoça a podridão das drupas agras,
Janta hidrópicos, rói vísceras magras
E dos defuntos novos incha a mão...
Ah! Para ele é que a carne podre fica,
E no inventário da matéria rica
Cabe aos seus filhos a maior porção!
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O Deus-Verme
PoetryUm poema sombrio escrito pelo mestre da fonética mórbida brasileiro - Augusto dos Anjos. Esta poesia trata da história de um verme, que por conta do fato de este e suas proles se encarregarem do processo de decomposição dos cadáveres, está confinado...