Era um dia frio e nublado, definitivamente não era um dos melhores momentos para se ter um encontro com uma pessoa misteriosa que nem se sabe ao certo se realmente deve conhecer. O mundo pode ser um tanto quanto perigoso e o clima não estava tão propício apesar de ser de manhã. Eu vou, com o rabo entre as pernas mas, eu vou sim! Quero saber quem é essa pessoa que balançou meus pensamentos e me causou uma certa insônia e ansiedade.
Com prontidão eu logo me arrumei, com um pouco mais de elegância pois não queria aparentar desleixado, apesar de que se essa tal pessoa misteriosa me via quase todo dia, então me viu em fazes que não me importava com que roupas eu saia de casa, isso quando saia!
Ocorreram coisas que me mudou bastante desde o último verão do ano passado, desde aquele dia, meus verões nunca mais foram tão cheios de calor e felicidade. Nunca havia tido um verão tão frio como o desse ano.
Estava pronto, a ansiedade tomava conta de mim junto com a euforia do medo, por segurança levei uma arma de choque pequena para me defender. Depois de alguns minutos andados, cheguei a cafeteria que costumava comprar diversos doces. Fiquei a espera daquele ser que tanto me tirava o sono.
Se passaram 30 minutos desde o aviso que já havia chegado no café, e nada de respostas. Depois de mais alguns minutos tive retorno, e o sorriso que havia se formado no meu rosto se desfez logo em seguida ao saber que o mesmo não viria, pois teve coisas mais importantes para tratar.
Me senti desolado, apesar de ser um desconhecido, seria a primeira vez que encontraria alguém depois de tanto tempo, seria bom conversar um pouco. Bom, não quis me deixar abater por uma coisa simples dessa e acabei pegando uma porção de doces para comer e logo me sentando em um dos acentos perto da janela, a vista da rua era mais ampla desse lugar. Não demorou muito para começar a chover e um arfar sair da minha boca, pedindo para que fosse uma chuva passageira, quando minha atenção foi roubada pelo soar da porta do estabelecimento abrindo, onde tive alguns segundos de esperança de ser o mesmo.
Pleno engano meu, era apenas o vizinho da frente do meu apartamento, nada além disso, apenas a esperança que insistia em ficar nem que fosse lá no fundo do meu coração. A chuva não parecia ser passageira, aparentava que choveria o mar todo aquela manhã. Se fosse o caso eu poderia ir nadando para casa, pelo menos as aulas se natação na infância valeriam de algo!
"Posso me sentar aqui" Foi o que me tirou do mundo que tenho na minha cabeça, para focar em quem me perguntava algo, respondi que sim, sem receio algum e que não teria problema algum e que não havia ninguém sentado ali. Coisa que já era de ser óbvio, e que arrancou uma risada do rapaz, talvez pelo tom que disse, não sei dizer. Era o Sr. Misterioso, foi como apelidei o vizinho da frente, Ninguém nunca soube quase nada dele além de que mora a muito tempo no mesmo apartamento e que tem um carro incrível.
"Ta chovendo bastante né!" Logo disse e abaixei a cabeça olhando pros meus próprios doces. Me perdoem deuses do bom diálogo, mas sinceramente não nasci pra conversar com pessoas que não conheço. Recebi um "Um tanto quanto óbvio" como resposta e uma risadinha sarcástica vinda dele. Queria afundar minha cara no açúcar e desaparecer naquele momento, não soube como reagir então me levantei e anunciei que iria embora.
"Eu não mordo, fica mais um pouco... eu pago um café pra você!" A fala daquele homem pareceu simplista mas com tanta intimidação sobre mim, que não consegui negar e me sentei novamente mesmo ficando sem jeito. Eu o vi levantar sem dizer alguma palavra, talvez fosse buscar os cafés que havia mencionado antes. Não deixei de reparar em quão alto ele era e como seus ombros eram de certa forma majestosos, coberto pelo tecido daquela camisa preta.
Sai dos meus devaneios e mandei uma mensagem para o Sr. Psicopata. "Pensei que viesse me sequestrar hoje" e em questões de segundos recebi uma responda ; "Talvez na próxima, estou muito ocupado com uma pessoa agora!" Além da mensagem havia uma carinha de diabinho, não havia muitas sugestões de acontecimentos que poderiam estar ocorrendo depois daquele emoji. Ele estava pegando alguém, era certeza! Não correspondi de volta apenas voltei dos meus pensamentos, logo agradecendo quando um pedaço se torta de morango foi posta na mesa bem a minha frente.
"Percebi que gosta bastante de doces, peguei um pra você!" Disse se sentando na cadeira enquanto tomava seus goles do céu café, e então tomei o meu, e que surpresa era o meu favorito, cappuccino!sinceramente não podia melhorar. Agradeci novamente e um sorriso escapou fazendo o outro dar um sem mostrar seus dentes perfeitamente alinhados. Não que eu tenha reparado, eu só vi de relance... Ok, eu não sei mentir, na verdade nunca soube, e ok tudo bem, talvez eu tenha reparado só um pouco.
"Quer uma carona pra ir embora? Essa chuva não vai parar tão cedo..." Eu até negaria, mas odeio pegar chuva, se tornou doloroso. Então confirmei com a cabeça e o mesmo se levantou e foi andando até a saida do local e fui atrás logo adentrando o carro. E não demorou muito para chegar, pensei que o silêncio constrangedor iria me matar ali no carro daquele homem, talvez eu pudesse desmaiar no elevador também! Mas for fim apenas agradeci a carona e cada um adentrou sua casa. Me joguei no sofá depois de arremessar meu agasalho ao chão e por ali fiquei e acabei adormecendo.
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Now or Never / Baek.Kook
Fanfiction░⃟⃞🦋⃪⃔ꥇׅ࡛߭۟ᮀ᳝𔘜 🍁🍂❁݂ ꜂ ٫ Mensagens repentinas de alguém aleatório. Seria normal? Por mim sim, até as mensagens se tornarem estranhas demais... - Você é louco? 🌻 - Baek.Kook 14/02/2020