parte única

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Quinta-feira: 19:00

— Chega, não aguento mais ver esse tanto de número misturado com letra — digo fechando o livro

Estamos em uma época de corona vírus e com isso veio a quarentena, que veio o EAD (ensino a distância) e que de brinde veio os exercícios, em dobro, óbvio.

Me jogo na cama, minha cabeça estava latejando de dor, a única coisa que eu queria era comer.

levanto e vou até a cozinha, abro a geladeira e não tinha nada do meu agrado. Saio do Cômodo indo até minha mãe

— Mãezinha querida — Apareço em seu quarto e a mesma já me olha com cara de quem sabe que eu vou pedir algo

— Que cara é essa Larissa? Não vem me pedir dinheiro porque eu não tenho

— Não, não é isso. — me jogo na cama ao lado dela — É que assim eu tô com fome e não tem nada pra comer — digo manhosa

— Claro que tem, tem biscoito água e sal, tem pão...

— Eu não tô com fome disso

— Minha filha quem tá com fome come qualquer coisa

— Eu queria pedir alguma coisa — olho pra mesma que faz um gesto de não com a cabeça

— Nada disso, tô sem dinheiro e você sabe que a gente só pede comida nos finais de semana e olhe lá — Ela diz e eu faço uma pequena birra, sim, uma garota de 17 anos fazendo birra porque a mãe não quer da dinheiro pra comprar comida

— Que isso garota tá recebendo espírito? — solto um risinho e volto a implorar

Depois de muito clamar a senhorita Ângela havia deixado, fui pra sala peguei meu celular e entrei no App de comida.

Encomendei uma pizza de frango com catupiry e como hoje em dia a internet tá bem avançada já havia efetuado o pagamento pelo próprio aparelho.

Fiquei na sala assistindo TV enquanto esperava lindamente, mas o pedido estava demorando muito, umas 1 hora, eu diria. Então resolvi ligar para o estabelecimento.

Assim que liguei uma moça atendeu e eu a expliquei do ocorrido ela disse que o cara que ia levar minha encomenda havia tido um problema na estrada, mas que assim que o outro chegasse ela pediria para ele trazer meu pedido, concordei e desliguei o telefone.

Passou uns 35/40 minutos o cara chegou com a encomenda, desci as escadas e assim que eu tinha visto aquele homem tive a certeza de que não abri a porta para a rua e sim para o paraíso.

Eu tava lesa, sem entender nada, o cara deu boa noite e eu não sabia nem responder. Eu estava encantada com aquele homem ele era perfeito e olha que eu nem consegui ver a cara dele direito porque ele estava de máscara.

Ele me entregou a pizza e eu Fiquei parada olhando pro motoboy e ele sem entender nada e quando ele ia saindo.

— Espera, eu não preciso pagar? — digo e o mesmo se vira pra mim

— Você já efetuou o pagamento pelo celular, esqueceu?

— a-ata é mesmo— gaguejo

— Então tá, boa noite e bom apetite! — ele diz com o sorriso no rosto, eu não consegui ver, mas dava pra perceber

— Boa noite e pra você também! — Digo e o mesmo ri, assim que fecho o Portão me toco que eu falei (em outras palavras) bom apetite pra ele "ave, mas é muito burra" penso e subo correndo.

Ponho a pizza na mesa e fico espiando da janela da minha casa o cara ir embora, eu não acredito que eu cruzei com o amor da
minha vida e talvez eu nunca mais veja ele.

Como e depois vou pro meu quarto falar pra minha melhor amiga, Flávia, o que tinha acontecido.

ligação on 📱

— Ele era perfeito, cê não tem noção. Era bem meu tipo; Cabelo platinado e tatuado, Puta que pariu só de lembrar me da uma vontade de chorar, só não digo por onde

— credo Larissa, sua pervertida.

continuamos a ligação e foi isso.

FIIMMM

O motoboy Onde histórias criam vida. Descubra agora