𝐡𝐞𝐫𝐞 𝐰𝐞 𝐠𝐨 » 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭

~007

Noah :)

Nossas casas eram meio afastadas da região onde foi a festa, então teríamos um longo caminho pela frente. Eu e Sina moramos no mesmo condomínio desde que eles se mudaram pra LA, uma casa ao lado da outra, o que só ajudou na aproximação das nossas famílias.

Logo que ela entra no carro sorrio para a mesma e acelero em direção a saída. Sina conecta seu celular no carro por bluetooth e coloca música pra gente. Começa a soar pelo carro uma música que eu reconheço ser do Shawn Mendes, ela sempre foi muito fã dele.

A alemã fica cantarolando, se eu não me engano a música que tocava se chamava Why. Presto atenção em sua voz e uau, ela cantando não é nada mal.

Mas a música acaba e depois começam outras que nem ela, nem eu estamos tão interessados, então é como se, mesmo com o som ligado, um silêncio ensurdecedor e embaraçoso tomava conta do espaço.

Eu sentia que ela queria falar algo mas não sabia como dizer, e eu estava na mesma situação. Resolvo puxar assunto, afinal, nós somos "amigos" agora, certo?

— Sina... — Chamo e ela direciona suas lindas orbes esverdeadas pra mim. — Você tem certeza de que está bem? Você parecia meio mal depois de tudo que aconteceu...

— Eu to bem Noah, obrigada! — Ela diz e eu apenas assinto com os olhos fixo na estrada, mas com certeza ainda com um olhar preocupado. — É sério Noah... obrigada! — Começa séria. — Eu realmente não sei o que aquele babaca seria capaz de fazer se você não tivesse chego, você literalmente me salvou. — Sina abre um sorriso torto e eu só quero apertá-la, guardar em um potinho e proteger do resto do mundo.

— Fica tranquila... vou estar sempre aqui quando você precisar. Afinal, toda princesa tem que ter um príncipe não é?! — Pergunto brincalhão e me viro pra ela já que paramos em um sinal vermelho.

— Aí olha, já começou a se achar demais. — Ela revira os olhos mas posso ver um sorriso em seus lábios. — Vai baixando a bola Urrea, nem é pra tanto assim!

— É sim oxi! Eu posso ter falando de um jeito brincalhão, mas estou falando sério, eu sempre estarei aqui, para o que e quando você precisar. — Digo dessa vez sem zoeiras, eu realmente me importo e estarei aqui por ela.

— Obrigada! — Ela diz simples mas me lança um sorriso e um olhar que valem bem mais que mil palavras.

O silêncio volta a reinar no carro, dessa vez não tão desconfortável quanto antes e permanece assim até chegarmos na frente da casa dos Deinert-Beauchamps. Sina desce do carro, fecha a porta e se apoia na janela que estava aberta.

— Obrigada pela carona e por todo o resto Noah! — Ela solta uma risada nasal. — Nos vemos amanhã?

— Nos vemos... e de nada, to sempre aqui! — Pisco pra ela, que revira os olhos e segue em direção a porta de sua casa. Observo cada um de seus movimentos, ai Deinert, o que você tá fazendo comigo?

[...]

Meu dia já começa errado. Acordo atrasado pra escola e chegando lá, percebo que não trouxe a roupa pra educação física. To ferrado, o professor vai comer meu cu!

Tirando isso, o dia foi mais do que normal e entediante, juro que NADA de interessante aconteceu. Apenas algo não parava de martelar na minha cabeça. Logo que eu estava saindo de casa meu pai me parou e disse pra eu passar no escritório depois da aula, o que é totalmente estranho, já que ele disse para passar na empresa dos Beuachamps e não na nossa.

Chego da escola, tomo um banho e como um omelete que eu fiz. Saio em direção a empresa dos Deinerts e chegando lá peço para Amanda, secretária de Christopher, pai dos gêmeos, para que avise meu pai que eu já cheguei.