TYLER
Acordei muito assustado não sabia direito onde estava, sabia apenas qu estava sentindo muita dor. Senti alguém segurar minha mão e dizer que estava comigo e que tudo ficaria bem, foi quando percebi que era Sasha e meu corpo se acalmou um pouco. Só que isso durou pouco tempo, pois fiquei sabendo que entrarão em contato com meus pais, agora sim estou morto.
Sasha saiu do quarto e me deixou sozinho - O que vou fazer agora? Disse comigo mesmo.
Tenho q fugir daqui, mas não posso deixar Sasha, ela se desesperaria, temos que ir juntos, porém no estado que estava não iriam me liberar... Então a saída é realmente sair escondido antes que tudo piore para meu lado.
Me levanto sentindo uma dor insuportável em toda parte, talvez estivesse até com algum osso quebrado, mas nessa hora nada estava importando. Retirei o soro que estava em meu braço e fui em direção a porta, para ir atrás de Sasha e tia Lúcia que provavelmente também estava aqui.
Foi mais difícil do que pensei, não estava conseguindo suportar o peso de meu corpo, estava muito tonto, mas persisti.
Passei por alguns quarto mas não reconhecia ninguém, pensei até em desistir, mas não seria a melhor opção.
Continuei o caminho, mas percebi alguns movimentos estranhos em uma sala que parecia ser uma recepção, pensei em passar direto mas minha curiosidade foi maior e também pensei que Sasha poderia estar por lá.
Enconstei em uma parede que estava me ajudando muito ficar em pé, e fui olhar para direção que estava o tumulto e com toda certeza foi a outra pior imagem que tinha visto. Tia Lúcia estava falando com minha mãe e meu pai estava sendo interrogado pela polícia. Meu corpo estremeu, fiquei até roxo, minha boca secou imediatamente, sabia apenas que estava ferrado.
Pensei em correr só que obviamente não estava em condições para isso, então resolvi ficar onde estava e acabei escutando as perguntas do policial para meu pai.
- Você está sendo acusado de espancar sua filha Marcos, queremos saber dos fatos pela sua própria boca.
- Eu nunca fiz isso senhor policial- Disse meu pai com mentiras no olhar mas com uma expressão aflita- Não teria coragem de bater em minha filha é a única que tenho.
- Se o que está dizendo é tão verídico assim por que estaria sendo acusado?- Disse o policial com um tom de desconfiança.
- Não sei... Tem algumas pessoas que não gostam da minha pessoa, talvez tenha sido alguma delas.
- Você será direcionado para a delegacia da cidade e lá veremos qual será seu destino.
Eu estava escutando tudo aquilo desesperado, tinha que fazer algo só que não sabia o que.
Foi aí que meus pés escorregaram e fui parar direto no chão, fazendo um barulho enorme
No mesmo momento todos que estava no local olharam para mim assustados, Sasha e Tia Lúcia vieram correndo me ajudar, deu para perceber o desespero no olhar de minha mãe e o ódio no de meu pai.
- Hey garota o que esta fazendo aqui?- Disse o enfermeiro que veio correndo para me levar direto para o quarto.
- Eu estou bem! Por favor deixe-me ficar com minha mãe, ela não está nada bem, prometo que depois que tudo isso se resolver volto para meu quarto e fico até quando vocês quiserem.- Digo muito aflito.
- Ok, então resolva isso logo!- Ele disse impaciente.
Minha mãe veio correndo em minha direção me perguntando o que havia acontecido, por que eu estava tão machucado, mas nem respondi apenas me apoiei nela para que eu conseguisse levantar.
Na mesma hora minha mãe pediu para que Sasha e os demais saíssem para que ela pudesse ter uma conversa comigo.
- Que merda você fez para colocar seu pai nesta enrascada?- Minha mãe pergunta apertando meu braço demonstrando estar com minha raiva.
- Mãe eu não fiz nada, alguns garotos me bateram muito, me encontraram e me trouxeram para esse hospital, como eu estava e ainda estou muito machucado tiveram que entrar em contato com vocês.
- Quem foi a vadia que denunciou seu pai?
- E-eu não sei mãe- Acabo gaguejando e ela percebe.
- Certeza que foi sua amiguinha Sasha! Olha aqui você vai ir lá falar com aquele policial e dizer que seu pai é uma pessoa muito boa e que ele não bate em você, me entendeu?
- Tá louca? Não posso fazer isso mãe, você sabe o quanto sofro nas mãos dele- Digo já impaciente com toda essa situação.
- Cale a boca! Ou faça isso ou irá sofrer ainda mais quando eu não estiver mais aqui. Bom espero que tenha entendido.
- Ok mãe- Falo muito decepcionado.
Peço ajuda para a mesma e vou até onde meu pai se encontra.
- PPor favor senhor solte meu pai, ele é um homem bom não teria coragem de me bater, nos damos bem
Sasha e tia Lúcia olham para mim assustadas com o que eu estava falando.
- Recebemos uma denúncia garota não podemos! - Disse o policial.
- Eu não iria mentir, mas posso dizer quem realmente fez isso comigo e espero que vocês os encontre.
E com esse meu discurso o policial pareceu acreditar e lhe contei o que havia acontecido no beco, disse apenas o nome de Richard, pois era o único que sabia o nome.
Ele então resolveu soltar meu pai, mas se houvesse uma outra acusação ele seria conduzido na mesma hora para a delegacia e seria tomada as devidas providênciasBom esse capítulo foi um pouco menor, mas é para deixá -los um pouco curiosos haha.
Obg por estarem lendo, fico muito grato por isso <3
VOCÊ ESTÁ LENDO
TRANSBORDE AMOR
Mystery / ThrillerTyler é um garoto trans que tem problemas conturbados com sua família, mas que por amor a sua mãe enfrenta tudo calado dentro de casa. Sua melhor amiga Sasha ( paixão de infância não correspondida) e sua mãe tia Lúcia tentam enfrentar com ele todos...