O Acaso Do Destino

Cap 27: próximo passo

Por Saya 

a escuridão nem sempre foi agradável para mim mas, me sinto estranhamente confortável no imenso mar escuro.... vozes distantes vem e vão o tempo todo, sem noção do tempo... totalmente entregue ao vazio......

Saya, se estiver me escutando - um suspiro - volta... lute para acordar

a voz vem distante mas não identifico de quem seja 

Até quando vai esconder esse olhos escuros de mim? Por favor.... Abra os olhos, não nos deixe....

Saya, por favor Bunny.... volta pra mim 

Shinki...... grito na minha mente 

Shinki: eu nunca disse como te acho sexy toda de preto né - suspira - eu acreditava que tinha a perdido Bunny.... quando disse que tinha dito e fechou os seus lindos olhos meu mundo desabou ali - sinto sua mão na minha - Saya, volta por favor..... não consigo dormir mas sem você, eu daria qualquer coisa.... só volta pra gente... pra mim - sinto minha mão molhada 

de primeira a claridão, fecho os olhos novamente com força e volto a abrir mais devagar, pisco varias vezes antes de me situar.... puta que pariu alguma coisa esta fora do lugar e tá doendo pra caralho, faço careta contando que não tem uma parte do corpo que não esteja doendo, o teto branco, o cheiro de álcool e remédio..... ok hospital, tudo bem a quanto tempo estou aqui ? tento virar a cabeça e vejo os ombros largos de alguém...... Shinki levanta a cabeça limpando as lagrimas, a minha mão molhada........ não estou conseguindo levantar mas ao menos posso ver, ele arregala os olhos assim que encontra com os meus 

Shinki: bunny, Saya...... - se levanta rápido vindo me abraçar me fazendo sentir como se estivesse pegando fogo mas não de um jeito bom

Saya: hummm...... - resmungo de dor 

Shinki: desculpa, desculpa - se afasta rápido - eu vou chamar o medico e sua mãe vai pirar - sai apressado.... a quanto tempo estou aqui ? 

Por Shinki

médicos não paravam um minuto, todos traziam noticias a outras pessoas que estavam ao nosso redor, uns choravam de alivio, outros em total desespero pela pessoa amada que se foi pai, filho, marido, avô, sobrinho....... tinha de todo tipo de parentes, mas pra mim..... o tempo estava passando bem lento e frio, a pior parte é sentir o seu sangue seco em mim, já fui puxado para ir a um banheiro mas não quis de jeito nenhum.... não sem saber dela, Saya desde pequena foi minha vida, por ela estou vivo e é por ela que quero viver, demorei a ceder e aceitar que não era minha decisão e nem decisão dela, era o nosso destino, antes mesmo de nascermos já estávamos amarrados um ao outro assim como na lenda Akai Ito, suspiro voltando a cruzar os braços olhando para o relógio na parede, a exatas 6 horas e 43 minutos Saya entrou no centro cirúrgico quase morta, Ene está com o olhar vazio abraçada ao marido, Katsuo esta do meu lado depois de chorar silenciosamente por algumas horas, a espera se torna algo semelhante a tortura, depois do que parece uma eternidade o médico que atendeu Saya vem até nos 

Ene: então doutor, como ela está - pergunta já chegando perto do médico 

Médico: o caso da Saya é complicado - suspira - ela chegou aqui quase morta, seu pulmão foi perfurado pelo projetil, a adaga quase chegou ao seu útero, os cortes feitos a chicote de couro infeccionaram, quase perdeu a mobilidade dos dedos pela falta de circulação de sangue e o que mais preocupa durante um tempo ela ficou sem receber a oxigenação certa no cérebro o que ocasionou o próprio corpo a entra em coma - o chão sumiu, Ene abraça com força Itachi que volta a chorar - durante a cirurgia ela teve duas paradas mas conseguimos estabilizar ela, no momento não posso permitir que cheguem tão perto dela mas posso permitir que a vejam pelo vidro, estamos fazendo o possível para que ela fique bem o mais rápido possível, por hora é só, a enfermeira logo virá para mostrar onde fica o vidro para que possam vê-la - agradeço com um resmungo 

Katsuo levanta com tudo deixando todos aqui sem olhar pra trás, esta sendo difícil pra ele...... Ene me puxa e abraço tanto ela quanto Itachi 

Ene: nossa menina vai ficar bem, não vai ? - pergunta pra ninguém em especifico 

Itachi: ela é a nossa Saya, ela é forte e determinada como a mãe, ela vai ficar bem..... pode demorar mas vai ficar bem.... - passa a mão pelas costas dela tentando a acalmar 

nossa luta começou dai, na primeira semana Saya teve mais uma parada cardíaca, na segunda semana precisou ser entubada e me doeu ver ela cheia de aparelhos para ficar viva, já tinha comigo que ela estava nos deixando pouco a pouco, deixei de ir por que não queria que doesse tanto quando ela finalmente se fosse..... mas a quem eu queria enganar ? na metade da terceira semana não aguentei e fui lá  

Shinki: Saya, se estiver me escutando - solto suspiro - volta... lute para acordar - os aparelhos começaram a apitar, seu coração disparou 

médicos entraram e fui posto pra fora mas sabia qual caminho devia seguir, nos revezamos pra ver em qual dia cada pessoa ficava, Ene conversava muito com ela e passei a fazer o mesmo, sonhei varias noites que ela abriria os olhos e depois de mais 2 semanas me torturando com sonhos eu resolvi desabafar com ela.... então depois de 6 semanas dormindo finalmente Saya estava com os olhos abertos, seus lindos olhos escuros estavam me encarando de volta, a apertei um pouco emocionado..... tá totalmente emocionado, eu a amo tanto...... depois que ela resmungou de dor tive que solta-la a contra gosto, chamei o médico e sai para que pudessem fazer exames e verificar seu estado, liguei pra Ene assim que sai do quarto dela 

Ene: eu sei que estou atrasada em alguns minutos mas juro que estou perto, quis trazer hoje as flores favoritas da Saya - resmunga assim que atende 

Shinki: foda-se o mundo e o que tiver que fazer, Ene.... a nossa menina acordou, Saya acordou - falo segurando as Lagrimas 

Ene: certo o Saya acordou.... A SAYA ACORDOU - grita me fazendo afastar o celular do ouvido - Itachi acelera o carro que minha filha acordou - reclama com o marido 

Shinki: ela estará esperando - respondo logo desligando sorrindo de orelha a orelha 

próximo passo amarrar Saya e leva-la ao altar, guardo o celular no bolso voltando para o quarto dela 

N/A: deu pra sentir o desespero dele ? deu pena de escrever ele desse jeito mas enfim.... o que estão achando ? 

beijos e até a próxima