Ao amor com repúdio e desejo

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Eu receio que nunca o deixarei entrar. Sua presença nunca foi bem-vinda por aqui, são aventuras que nunca ambicionei, e minha estranheza me manteve longe de você, uma distância segura o bastante para que nada saia do lugar. Aqui, tudo sempre esteve em ordem quando trata-se de você, nada de modificações. Nunca. Sempre mantive sossego na sua categoria. E sempre manterei. Tenho inquietações suficientes em minha vida para me render aos cortejos que faz a mim, e por isso te mantenho longe e recuo na sua proximidade. Quando você chega, eu parto. Se você cresce, eu corto. Se me obsequeia, eu recuso. Sua estratégia de entrada não é eficaz comigo, não sou como os outros, não te deixarei entrar. Se quiser marcar presença em mim, por favor, invada-me ou continue observando-me pela janela. Eu não abrirei a porta.

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