Meu nome é Mariá, e tenho dezesseis anos! Eu realmente não sei porque tenho que escrever isso em você, querido diário novo, mas todos insistiram para que eu usasse você. Agora que finalmente estou sozinha, sentada no telhado a frente da janela do meu quarto, posso pensar melhor. Hoje o dia foi meio tenso em relação a festa que eu dei, alguns dos meus amigos não se deram bem com meus primos. E quando eu fui defende-los meu pai me questionou por não estar do lado da família. Enfim... Hoje foi terrível o pior dia de todos!

Para minha sorte minha BFF me levou em uma sorveteria bem legalzinha...

- Mariá! Saí daí e vai dormir. Já são quase meia noite e está muito frio aqui fora! 

- Já estou indo mãe.

Agora tenho que ir dormir por que - Meus país me tratam como uma criança e não me deixam dormir a hora que quero! - Boa noite diário!

- Eu ouvi isso mocinha!

- Boa noite pra você também mãe!

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São apenas 7 da manhã e minha mãe já está gritando pelos corredores. Nem é preciso que o alarme toque com a corrida de meus irmãos pela casa. E como já sei que minha mãe logo vai vir me chamar, me levanto da cama.

- Mari! - "Parece que sou adivinha".  Minha mãe me gritou, provavelmente da cozinha.

Vesti meu vestido branco azulado de ficar em casa, peguei meu celular, coloquei os fones e botei uma musica que gosto muito para passar.

Desci para a cozinha desviando de alguns brinquedos e de dois dos meus irmãos mais novos trigêmeos pelo corredor. Quando chego perto da escada  me assusto com Lucia, a outra trigêmea, acabo pisando em um dos brinquedos e rolando pela escada até lá em baixo. Meus pais nem percebem a minha "trágica tragédia", mas outra pessoa nota. Era impossível não perceber que o ser que estava a minha frente era Jessie, com sua pele negra e suas tranças roxo vibrante. Além do mais, todos em minhas família são brancos, de cabelo castanho cacheado e olhos mel. Exceto pela Lucy, com seu cabelo escuro e liso.

- Mari você está bem? - Ela fica olhando para minha cara sem nenhuma reação.

- Eu estaria se alguém estivesse me ajudando a ficar de pé! - Ela rapidamente me ajudou a levantar - O que você está fazendo aqui, Jessie? - Pergunto para minha melhor amiga espantada e atordoada com o que estava acontecendo.

- Vim te levar para um dia das amigas! - Ela disse me dando um abraço. - Como sua festa ontem foi um total desastre e um  mico impagável eu pedi para seu pais me deixarem te levar para um dia incrível.

- Nossa! Obrigada mesmo pelo grande elogio Jessie. - Eu disse dando um sorriso irônico.

- Me desculpa pela opinião! Saiba que a partir de agora minha boca será como um túmulo então.

Mesmo ela não tendo sido tão gentil em relação ao comentário, eu gostei da ideia, dei um abraço nela e nós subimos correndo para o quarto, para escolher uma roupa. Jessie me avisou que o dia estava horrível de frio. Era de esperar já que ela estava toda coberta, oque não era de seu costume. eu logo troquei de roupa. Coloquei um sobre tudo cinza, um tênis esportivo preto, minha blusa preta e minha calça jeans.

Mudança de habito - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora