Em meio ao desespero se revirando na cama mais uma vez, Ari pega seu celular que está no criado mudo ao lado da cama para verificar o horário. 03:47 da manhã. Era comumente assim, acordava no meio da noite com a respiração meio ofegante, com uma fina camada de suor por seu corpo, as vezes uma, duas, três vezes por noite. Ela então senta em sua cama, tentando se acalmar. Não consegue evitar aquilo que lhe atinge de uma só vez como se a sufocasse, aquela culpa que a consome sem dó, atrapalhando até mesmo suas noites de sono. Sem conseguir suportar, ela apoia sua cabeça entre suas mãos e começa a chorar, extravasando por hora aquilo que a atormenta.
O despertador toca. São 07:30 da manhã. Por mais que seja um domingo, Ari segue sua rotina. Levanta, vai até o banheiro, lava o rosto, escova os dentes. Já no quarto novamente põe os fones de ouvido e começa a se alongar. De pijama mesmo ela começa pelo pescoço, ombros e braços, coluna e finaliza com as partes inferiores. Toma seu café da manhã e sai pra correr. Enquanto corria, Ari percebe seu celular tocar. Parou e atendeu.
- Alô?! – respondeu de forma impaciente tentando recuperar o fôlego.
- E aí Ari, tudo certo pra hoje à noite né?! – a voz rouca e masculina murmurou do outro lado da linha.
- Vai se ferrar Lyan. Óbvio que hoje à noite ainda tá de pé. – bufou.
- Sua voz fica sexy quando esta ofegante sabia? – sussurrou.
- Uhum! Agora vai tomar no cu, e não me liga de novo tá queridinho. – diz num tom sarcástico, desligando a chamada em seguida.
Chegando em casa Ari foi direto para a cozinha tomar o suco natural que tinha preparado e guardado na geladeira antes de sair para correr, porém se deparou com quem ela menos queria encontrar. Sua mãe estava parada em frente a geladeira, vestida apenas com uma camisa social masculina, deduzindo pelo tamanho, bebendo o resto do que parecia ser seu suco. Ficou parada, observando aquela cena que só lhe aumentava o desgosto e a raiva. Após um tempo sua mãe percebeu que não estava sozinha, e se afogou com o último gole ao ver Ari.
- Uhm, bom dia filha... – começou a dizer sem graça e tentando disfarçar o engasgo.
- Não é pra mim que você tem que dar bom dia, é pra porra do dono dessa camisa, que a propósito você não deve nem lembrar o nome, então não me vem com essa. – a cortou com raiva, dando as costa logo em seguida indo em direção as escadas.
- Ei, olha como fala comigo. – gritou sua mãe, colocando a mão na cabeça por conta da dor da ressaca.
Ari apenas a ignorou. Decidiu então tomar um banho. Pegou sua toalha e a caixa de som, porém quando foi abrir a porta do banheiro levou um susto, do outro lado um homem meio grisalho e definido vestido apenas da cintura para baixo se revela também com um leve pulo pelo encontro inesperado.
- Puta que pariu em, faz favor!? – gritou dando espaço e apontando para que ele saia do banheiro e da sua frente.
Assim que aquele deu espaço, ela entrou fechando a porta com força e a trancou. Ligou a caixa de som e o chuveiro, logo se despindo e entrando no banho. Após terminar de se vestir, Ari decide descer e buscar algo para comer. Percebeu que, para sua sorte, sua mãe havia saído. Teria sua tão desejada paz e sossego para passar o domingo curtindo seu passatempo favorito, assistir séries.
[Mais tarde naquele dia...]
Vestida apenas com uma lingerie de renda preta, que combinava perfeitamente com seu tom de pele bronzeado, e os cabelos presos em um coque desajeitado, Ari analisa com cuidado o resultado de todas as mudanças de seu corpo em frente ao espelho enquanto pensa no que iria vestir.
Acabou por escolher uma blusa de tela preta, justa e de mangas longas que deixava seu busto à mostra, a combinação perfeita de pele, transparência e renda. A saia jeans escura marcava as curvas de seu quadril, sua cintura e deixava bem a mostra suas pernas nuas. Seu rosto com traços angelicais se tornam mais impactantes como os olhos bem produzidos e o tom bordô de seus lábios, emoldurados por seus longos cabelos agora já soltos. São 19:30. Finaliza colocando seu all star e sua jaqueta preta de couro. Decide então mandar uma mensagem para Lyan.
- [Ari]: Já está vindo me buscar né?! A gente não pode se atrasar, se não vamos estar fodidos para um caralho!
- [Lyan]: Calma meu benzinho, pode ficar tranquila que eu já estou quase aí. Não precisa ficar assustada tá bom, eu vou estar lá o tempo todo ;)
- [Ari]: Nossa, tô muito mais tranquila agora obrigada. Vai se foder!
- [Lyan]: Ui, ui. Eu vou deixar esse prazer só pra você meu xuxu ;)
Bom gente, esse é a primeira vez que escrevo, espero que tenham gostado :)
E pelo que percebem as coisas vão se tornar mais emocionantes e mais quentes daqui pra frente, estejam preparados ;)
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Imperfeita não por opção
Tiểu Thuyết ChungQuando Ariadna percebe já é tarde demais. Como em uma areia movediça, quanto mais tenta escapar mais ela afunda. Assim como o amor e o ódio são faces da mesma moeda que todos carregam no bolso, a esperança e a entrega também se fazem presentes nas f...