O pónos tis apóstasis

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"Goiânia, vinte e três de dezembro de 2016.
Querida mamãe, sou eu Lilith. Estou escrevendo essa carta para agradecer pelo meu presente de aniversário.
A namorada do papai é um terror, ela me odeia e vive me tirando da cama e eu sempre arranho ela. Mas ela faz ele feliz, então é isso que importa.
Eu te amo muito mamãe, estou morrendo de saudades suas. Esses três meses foram muito difíceis, mas eu tenho sido forte e serei por nós duas.
O papai vai escrever um pouco também, não acredite em nada do que ele disser.
Oi Maria como tem sido tudo aí? Está conseguindo conciliar o trabalho com a faculdade? Espero que esteja tão feliz e orgulhosa, como eu estou de você.
A Lilith te espera na porta todos os dias e nós te amamos muito, e sentimos sua falta todos os dias.
Por aqui nada mudou desde a última vez que escrevemos, a Bia tem sido muito gentil comigo e tem tentado cuidar da Lilith, porém sabemos que não é possível. Ela tem cuidado de mim, o que não é nada fácil.
Eu te amo muito e sinto sua falta, sinto muito a sua falta.
Ps* Espero que o meu presente de Natal, chegue antes do feriado."
Guardei a carta na caixinha junto com as outras e me sentei na cama, observei as paredes cor de âmbar do quarto e deixei as lágrimas rolarem pelo meu rosto sem cerimônia.
Tinham três meses que eu havia me mudado para a Suíça e antes de eu embarcar, o Theo me obrigou a prometer que tocaríamos cartas e que nos falaríamos pelo menos duas vezes na semana, por ligação de vídeo.
Ele me mandava mensagens todos os dias, com várias fotos e vídeos da Lilith e suas também. Os dias tinham se tornado tão grandes sem eles dois perto de mim.
Enxuguei as lágrimas e liguei o computador, para termina o trabalho que deveria ser entregue naquela tarde. O sol fraco brilhava na janela e o meu quarto estava arrumado e com cheiro de rosas.
O feriado do Natal já tinha começado, mas o professor de Filosofia queria um trabalho extra e eu só tinha mais seis horas para terminá-lo. O dormitório da faculdade estava quase vazio demais, sem os barulhos habituais e sem as pessoas correndo por todos os lados.
A Alisson, que era minha companheira de quarto tinha voltado para casa e passaria todo o feriado com os pais. Graças a Deus, eu teria o quarto só para mim e poderia descansar e chorar em paz.
Quando eu terminei o trabalho o sol já estava quase se pondo e faltavam cinco minutos para o prazo final, enviei o trabalho e me deitei na cama. Tocava Chasing Cars repetidamente nos meus fones, meu corpo estava cansado mas eu não sentia fome.
Eram quase oito horas, quando acordei. Olhei ao redor e procurei pela Lilith que ronronava feliz no meu colo, procurei pelo Lucas e pelo Theo que gritavam sem parar um com o outro. Mas eu estava sozinha.
Guardei os fones e coloquei a música para tocar na caixinha de som. Agradeci sorridente por ter um banheiro no quarto e não precisar um com todo mundo me olhando.
Coloquei as roupas no cesto e abri o chuveiro na água mais quente e me sentei embaixo dele, apoiei as mãos na cabeça e deixei as descansarem no meu joelho. Meu corpo inteiro relaxou e aquela sensação de paz me invadiu com uma foça tão gostosa.
Pensei nos últimos meses e em como eu tinha feito algo por mim, pensei em como eu tinha ficado com o Theo e com o Lucas e depois na minha faculdade, que era a realização de um sonho. Fiquei orgulhosa e grata.
Terminei o banho devagar e lavei os cabelos com o novo shampoo preferido, que tinha um cheiro de lavanda incrível. Me enrolei na minha toalha azul velha, enrolei uma outra nos cabelos e me sentei na cama.
Estava tentando decidir se iria pedir comida ou se sairia para dar uma volta, quando alguém bateu na porta.
Eu não queria abrir, mas me obriguei a atender.
Abri uma fresta pequena, porque ainda estava enrolada na toalha e me assustei muito com o que eu vi do outro lado.
O Theo estava parado com uma mala e uma caixa de transporte, a Lilith dormia calma e ele sorria, um sorriso tão lindo e tão quente, que fez o meu coração bater forte.
Ele usava a mesma calça jeans da primeira vez em que nos vimos, e um casaco preto da Harley. Que eu tentei roubar quando estava vindo embora, mas ele não deixou. Seus olhos pareciam duas chamas e seu cheiro me pegou de surpresa.
Abri a porta junto com o meu maior sorriso, e deixei que ele entrasse. O quarto ficou pequeno perto da mala que ele trouxe e da caixa de transporte da minha pequena.
Soltei ela no quarto e observei ela sair devagar de dentro da caixa, seus pelos macios passaram pela pele da minha panturrilha, e meu corpo inteiro se arrepiou. Um arrepio de paixão, de amor. O Theo ficou parado ali, vendo eu me apaixonar pela primeira vez de novo pela Lilith.
O ar condicionado estava ligado e o quarto estava quente, o cheiro de rosas ainda pairava pelo ar, agora misturado com o cheiro do perfume dele.
- Eu não acredito, eu não acredito.
Minha voz se perdeu no ar quando seus lábios se prenderam aos meus. Minhas mãos passearam pelos seus cabelos devagar, apreciando cada um dos seus detalhes, pedindo mais. Nossas línguas passeavam uma pela outra cheias de carinho e malícia, minha respiração se perdia entre nossos rostos e suas mãos passeavam pelas minhas costas agora nuas, e subiam pelo meu corpo.
Ele desenrolou a toalha dos meus cabelos devagar, sem parar de me beijar e a jogou no chão, por cima da outra. Fazendo a o tecido roçar pelas minhas pernas e meu corpo inteiro se arrepiar.
Nossos lábios se separaram devagar, sua língua passou pelo meu lábio inferior e seus dentes o prenderam devagar, puxando-o para si e me tomando nos seus braços fortes.
- Você fez tanta falta, como eu pude passar tanto tempo longe??
Minhas pernas estavam entrelaçadas na sua cintura, meus braços em volta do seu pescoço.
- Eu não acredito, como você fez isso? E a Bia? Theo por que você faz essas loucuras?
Ele afastou um pouco o rosto do meu, para que pudéssemos nos olhar. Seus olhos pegaram fogo ao se encontrarem com os meus, minha respiração se perdeu.
- Eu precisava ver você, precisava sentir você e a Lilith estava morrendo de saudades.
- Eu amo tanto vocês, eu amo muito.
- Você nunca tinha dito que me amava.
Seus lábios se abriram em um sorriso tão lindo e tão sincero, que o meu coração bateu forte no peito.
- Nunca precisei, você sempre soube. Como vocês fizeram tudo isso?
Ele me desceu do seu colo e tirou a camisa de frio, seu corpo brilhou na luz fraca do quarto e eu me deliciei em cada pedaço dele.
- Guardamos dinheiro, a Lilith foi ao médico e decidimos vir passar o natal com você.
Eu estava sentada na cama com a Lilith enroscada no meu colo, meu corpo nu iluminado pela mesma luz fraca. Meus mamilos estavam duros e apontando, adornados pelos meus piercings dourados.
- Eu não consigo acreditar.
- Toma um banho comigo, por favor.
Tirei os olhos da Lilith, quando sua voz atravessou o quarto e me fez olhar para onde ele estava. Seu corpo nu brilhava e suas tatuagens eram convidativas.
Como seria possível, ele estar ainda mais lindo, ainda mais charmoso.
- Me leva?
Ele atravessou o quarto devagar, estava completamente duro e aquela visão, a visão dele nu ali no meu quarto e duro para mim, me deixou molhada.
Puxei ele pela mão devagar, quando ele estava entre as minhas pernas se preparando para me colocar no colo e fiz com que ele se sentasse na cama. Me ajeitei devagar entre as suas pernas, o chão gelado nos meus joelhos e pés fez o meu corpo inteiro estremecer.
Comecei a chupá-lo bem devagar, descendo a boca com calma fazendo ele sentir o quanto ela estava quente. A cada movimento meu, ele pulsava ainda mais dentro da minha boca. Pouco depois ele estava todo dentro da minha boca, latejando e quente. Seus suspiros enchiam o quarto e suas mãos apertavam o lençol azul, que forrava minha cama.
Parei bem devagar, quando ele gozou. Chupei a cabecinha e me ajeitei no seu colo, eu estava tão molhada que ele entrou sem problemas.
Eu fechei os olhos e tombei a cabeça pra trás, ao sentir ele todo dentro de mim pulsante e abrindo espaço. Comecei a quicar bem devagar, subindo e descendo com calma, fazendo ele me sentir e fazendo com que eu sentisse o quão duro ele estava.
Suas mãos soltaram o lençol e agarraram minha cintura, nossos corpos se abraçaram e o calor deles juntos, fez o nosso corpo suar. Meus gemidos encheram o quarto e pouco depois, tudo o que se ouvia eram nossos sons.
A Lilith tinha deitado no meu travesseiro e dormia tranquila.
Eu quicava mais rápido, parando as vezes para rebolar. Gozamos juntos e logo em seguida ele se virou comigo na cama, entrando e saindo de mim devagar.
- Por favor, me fode. Me deixa sentir você.
Minha voz se perdeu no ar e ele aumentou o ritmo, fazendo com que eu abrisse ainda mais as pernas. Eu estava tão molhada que sentia escorrer pelo seu pau e por mim, minhas unhas passeavam por todo o seu corpo, desde as coxas malhadas até sua nuca.
Nossos suspiros preenchiam todo o ambiente.
- Não para, não para.
Nossos lábios se encontraram e nosso beijo foi quente, cheio de desejo. Meus gemidos enchiam sua boca e minhas unhas puxavam sua pele devagar, enquanto eu gozava mais uma vez.
Ele parou com cuidado e se deitou do meu lado, me ajeitando no seu colo e sorrindo.
- Eu senti muito a sua falta.
- Eu senti a sua também, parecem anos.
A Lilith tinha saído do travesseiro e agora dormia sobre o computador, o quarto estava quente demais. Me desvencilhei do toque do Theo com certa dificuldade, não queria ficar longe mas o controle do ar estava sobre a mesinha, próximo o rabo peludo da minha pequena vida. Ajustei o ar e voltei para a posição inicial, me ajeitando no colo dele.
Sua respiração era calma e suave, seu coração batia compassado, sob os meus dedos que roçavam eu pele nua. Seu corpo inteiro se arrepiou sob o meu toque, e o meu se arrepiou junto.
- Theo e a Bia?
Me sentei na cama e vesti uma camisa que estava jogada sobre a cadeira, perto da cama. Seu tecido leve e gelado me fez suspirar e eu vi meus mamilos apontando por baixo do pano.
- Nós terminamos, tem alguns dias. Eu contei para ela sobre a viagem e ela não aceitou bem.
- Por que você fez isso?
- A Lilith precisava ver a mãe dela e cá entre nós, eu também precisava te ver. Ficamos afastados por muito tempo, mas agora eu não quero mais isso.
- O que você quer dizer com isso?
- Que não vou ficar longe de você.
Sua voz rouca me trazia uma paz, que eu não sabia explicar, seu tom era quase um sussurro. Me virei na cama, nossos olhos se encontraram quase que automaticamente, seu olhar parecia um vulcão, seus olhos castanhos levemente avermelhados ardiam.
- Que tal aquele banho agora?
Ele se levantou com cuidado, deixando sua pele nua roçar pela minha. Tirou a camisa que eu vesti bem devagar e a jogou no chão, junto das toalhas, que a essa hora já deveriam ter desistido de serem usadas.
A luz fraca que vinha da rua se misturava preguiçosa, com a luz fraca do quarto. E nossos corpos entrelaçados pareciam peças que foram feitas uma para a outra.
Minhas pernas se cruzaram ao redor da sua cintura, quando ele me pegou no colo. Ele me colocou no chão devagar e se ajoelhou na minha frente, seus dedos passearam por todo o meu corpo, fazendo com que eu ficasse arrepiada e suspirasse junto ao seu toque.
Sua mão parou espalmada na minha coxa e levantou devagar, seus olhos me devoraram. Sua boca me alcançou tão rápido, que quando eu me dei conta os gemidos já saíam pelos meus lábios, sua boca me chupava com maestria, sua língua passando por mim e voltava a acariciar o meu clitóris, que pulsava dentro da sua boca.
Minhas costas estavam pressionadas contra a parede gelada, a água quente do chuveiro molhava meu pé. Meus olhos estavam fechados, minha mão esquerda acariciava e apertava meu peito e eu chupava meus dedos da mão direita, desejando a cada segundo que eles fossem outra coisa. Sua boca ficou mais gulosa e começou a me chupar com mais vontade, quando seus dedos entraram em mim.
- Henrique não para.
Meu corpo inteiro estava em êxtase, enquanto sua boca provocava o meu clitóris e seus dedos o meu ponto G. Soltei as mãos devagar e senti minhas pernas perderem as forças, meus gemidos se perderam entre os meus suspiros e seu nome que ecoava por toda parte. Ele se levantou devagar e voltou a me pegar no colo, sua mão esquerda me segurava e com a outra ele se ajeitou em mim, antes de entrar.
Meus dedos se enrolaram nos seus cabelos e minhas unhas se cravaram em suas costas, quando eu senti ele todo dentro de mim. Eu o beijei cheia de desejo, meu gosto escorria pela sua boca e se despontava pelos pêlos da sua barba por fazer. Meus gemidos ecoavam quase dentro dele, e seus suspiros faziam o mesmo em mim. Nossos lábios unidos e o calor dos nossos corpos se disseminando, com a água que caía do chuveiro.
Ele metia em mim sem dó alguma, fazendo minha buceta recebê-lo completamente aberta e molhada. Meus lábios se soltaram dos seus, quando ele aumentou o ritmo. Minhas unhas passavam pelas suas costas com força e isso o deixava ainda mais excitado, meu pescoço exposto virou uma tela em branco onde ele pintou vários chupões, um mais intenso que o outro. Entre um chupão e outro, meus gemidos ficavam mais intensos e minha respiração falhava, ao sentir seus dentes puxarem minha pele devagar.
- Abra os olhos, deixe me ver como eles ficam quando você goza.
Sua voz rouca se perdia entre um suspiro e outro, ele não parou e nem aumentou o ritmo. Sentir ele entrar e sair de mim, sua carne roçando na minha carne. Fazia eu perder as forças.
Abri os olhos com muito esforço, não conseguia controlar o meu corpo. Quando nosso olhar se encontrou, seus olhos castanho avermelhados pareciam vulcões, prestes a explodir em levar junto. Meu corpo inteiro pareceu pegar fogo.
- Goza comigo Theo, deixa eu sentir você gozar em mim.
Ele mordeu o lábio inferior com força, e eu me forcei a manter os olhos abertos. Uma de suas mãos se soltou da pele das minhas costas devagar e se prendeu ao meu pescoço.
Seus dedos fizeram minha pele se arrepiar, o toque da nossa pele parecia incendiar. Ele apertou a mão ao redor do meu pescoço, meu ar fui sumindo aos poucos e aquela sensação de êxtase percorreu todo o meu corpo, que ficou um pouco dormente mas cheio de calor.
Quando ele soltou os dedos, meus pulmões se encheram de ar como se aquele fosse ser meu último suspiro. Minhas pernas perderam as forças e eu deitei minha cabeça no seu ombro, sentindo o calor que emanava da sua pele.

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⏰ Última atualização: Jun 04, 2020 ⏰

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