Vinho, Jungkook e Lana Del Rey | JJK

único

Escrito por JE0NS4TAN.

— Será que você pode apertar menos o meu braço? – indaguei, observando o poste a minha frente. Até então, desconhecido por mim.

De todas as pessoas que eu havia visto nesta vida, esse cara nunca foi um deles. Um completo estranho, e bom, pelas características físicas dele, aparentava ser japonês.

Um metro e oitenta de altura no máximo, pisando com força nós meus um e sessenta e cinco de altura. Respirei fundo, ao sentir seus dedos afrouxarem ao redor do meu braço.

Estávamos em um edifício ao norte de Seul. E pelo tamanho do distanciamento, me parecia que era um edifício abandonado, contudo, a fachada estava bem conservada.

O homem apenas me arrastava pelos corredores do edifício. Pude ter uma boa visão de absolutamente tudo ali, e bom, estava em boas condições. E por ser em uma área afastada, os utilizadores dali, mantinham esse edifício muito bem cuidado.

Cercados com flores, vasos espalhados pelos corredores, os tons pastéis das pinturas das paredes, móveis de segunda mão, mas ainda sim novos o suficiente para dar uma boa aparência ao lugar. Boa iluminação. Porém, a única coisa que não era boa ali, era o ar.

Meu coração estava acelerado, e eu mal podia conter minha ansiedade e meu medo. Fui arrancada de casa as pressas, simplesmente por um cara que eu mal conhecia, que dizia que eu tinha coisas a tratar com a chefe.

Chefe? Que chefe?

Ele parou assim que ficamos frente a frente com a porta. Ele deu dois toques sobre a mesma, e logo um sinal positivo em japonês para que entrasse foi ouvido. E assim ele fez, entrando e me arrastando sem nenhum tipo de delicadeza para dentro da sala.

Naquele momento eu só conseguia pensar em Jungkook. E de como eu estava ansiando de saudades suas e de sua proteção. Ele jamais teria deixado que me levassem, ele jamais deixaria que me tocassem da maneira que este homem me toca e me arrasta para dentro dessa sala.

Pude sentir minha garganta embargada e meus olhos se encherem de lágrimas rapidamente. A ausência dele me deixava aflita, angustiada e com medo. De todas as coisas boas que aconteceram em minha vida, Jungkook foi a melhor delas. E eu só precisava dele neste exato momento.

— Veja quem está presente. – parei a frente da mesa, e o japonês soltou meu braço. — Obrigada por seus serviços, Yuta. Está dispensado.

Então o nome do maldito é Yuta. Claramente japonês, como havia desconfiado.

Encarei os olhos da mulher a minha frente. Ela tem olhos bonitos, cabelos bonitos, corpo escultural e bom, é uma coreana fora dos padrões totais. Apesar de apreciar isto, não consigo conter minha raiva.

— Quem é você? E por que estou aqui? – ela sorriu, mostrando-me seus dentes bonitos. Aproximou-se ainda mais da mesa, apoiando as mãos sobre a mesma, encarando-me com atenção.

Ela parecia extasiada, ou até mesmo, admirada.

— Então foi por você que ele se interessou, não é mesmo? – ela questiona e minhas sombrancelhas se franzem. Ele? — Conquistou de maneira violenta o meu menino, não é mesmo, Nayeong-ssi?

Sorriu, batendo os dedos sobre a mesa. E ao mesmo tempo que sua expressão demonstrava admiração, tinha uma mesclagem de ódio. Eu me encolhi diante de sua observação e do quão tenso estava sendo aquilo tudo.

Pisquei algumas vezes, e respirei fundo.

Meu menino?

— Eu não consigo entender o que você diz. Deve ter tido um engano..– Ela nega, sorrindo aberto.