Este é um conto especial para o Halloween e está dividido em três partes. A segunda parte será postada sexta-feira dia 25 e a parte final no dia 31 que é o dia do Halloween.
A história foi baseada na conhecida lenda urbana da brincadeira do copo. Espero que gostem.
Parte 1 – Na Escola
Artur é um adolescente que todos consideram atentado, mentiroso, desafiador, problemático e enxerido. Ele esta sempre se metendo em encrenca e levando outros junto. Ele gosta de invadir casas abandonadas, ir a lugares proibidos e fazer tudo que os adultos dizem que não pode ou é perigoso. Artur vai descobrir que certas coisas são melhores quando deixadas quietas.
Quatro adolescentes estavam sentados na biblioteca da escola onde estudavam quando Artur chegou. Todos ali tinham treze ou quatorze anos. Eram três e meia da tarde e apesar de estudarem de manhã, eles estavam ali para fazer um trabalho.
“Fala ai galera.” – disse ele, vendo todos se virarem em sua direção. “Vocês não sabem o que eu consegui.” – continuou tirando uma caixa da mochila. “Isso aqui é um tabuleiro de ouija. Com esse tabuleiro agente pode brincar da brincadeira do copo.
“Agora o Artur pirou de vez?” – Disse uma das garotas. “Nem louca eu vou mexer com isso. To fora, não quero nem escutar o resto.” – completou já se levantando da mesa e saindo.
Os demais esticaram seus pescoços em direção ao tabuleiro.
“Vamos para o auditório, eu vi os alunos da terceira série terminando o ensaio da apresentação do dia das mães e a porta ficou aberta. O zelador só volta para trancar no final da aula.” – disse José, um dos melhores amigos de Artur.
Sem mais nenhuma palavra eles pegaram suas mochilas e foram para o auditório.
O auditório era grande, podendo acomodar facilmente trezentas pessoas ou mais. Na parede da direita ficava um conjunto de janelas com mais ou menos dois metros de altura que iluminavam muito bem o ambiente. Cortinas grossas de veludo azuis estavam amarradas a cada poucos metros. A entrada do auditório por dentro da escola era ao lado do palco. Havia outra entrada pelos fundos do auditório que dava para fora da escola e era acessada por uma sala adjacente, mas era aberta para os pais somente quando havia alguma apresentação. Essa porta era de vidro com grade de ferro trabalhada em desenhos de flores. Eles foram para os fundos de modo que se algum professor ou o zelador entrasse no auditório eles poderiam ficar escondidos atrás dos assentos.
Artur colocou o tabuleiro no chão atrás da última fileira de assentos e todos sentaram ao redor. Eles estavam ansiosos para começar. Alguns sorrindo, outros com medo e sentindo o coração pular dentro do peito, mas com vergonha de dar para trás.
“Certo, agora todo mundo coloca a mão em cima desse objeto aqui.” – disse Artur mostrando um objeto circular com uma seta pintada. “Nós temos que invocar algum espírito. Se concentrem e vamos tentar chamar algum.”
“Deixa eu tentar.” – disse Bárbara, uma das mais loucas ta turma. “Pedimos que algum espírito ou entidade venha falar conosco. Juntem-se a nossa volta e responda a nossas perguntas.” – completou.
Eles se entre olharam esperando que algo acontecesse ou o objeto se movesse. Por vários segundos nada aconteceu, o suspense ficava mais intenso. Um deles estava prestes a dizer algo quando Bárbara gritou. O som de terror fez com que todos saltassem longe, olhando com horror para ela que já dava gargalhadas pela peça que ela tinha pregado nos colegas.
“Mas você é muito idiota mesmo Bárbara. Vai para o inferno.” – resmungou José.
“Eu não estou gostando nada disso.” – disse Caio, o mais franzino e medroso da turma.
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Lendas Urbanas
HorrorEste livro conta a história das lendas urbanas mais conhecidas e mais aterrorizantes.