Prólogo.

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O capitulo foi revisado e corrigido, mas, de qualquer forma, me perdoe qualquer erro. 

Espero que goste. :)

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Tradição. Honra. Disciplina. Excelência.

O mesmo mantra repetido diariamente. As regras estúpidas, as roupas bem passadas, os cabelos cheios de gel, os sapatos impecáveis, as aulas mecanizadas. Tudo contribuía ao nome de inferno que o lugar foi carinhosamente apelidado por seus alunos.

Nada poderia encantar mais um adolescente de dezessete anos do que estar em um prédio velho no centro de Londres para estudar matemática, certo? Terminar o ensino médio, ir para a faculdade, formar-se nas mesmas coisas mecanizadas de sempre e, no fim, virar um velho alcoólatra e lamentar-se por não ter aproveitado devidamente a juventude. Nada disso é uma novidade.

Pelos menos isso era o que Harry achava quando seus pais o disseram que ele iria para a mesma escola pela qual seu irmão mais velho havia se formado. Os pais fazem as regras e nós apenas as seguimos sem questionar, e se fizermos irá ser em vão. Apenas os loucos questionam suas autoridades.

Ouvir toda aquela ladainha robótica que todos sentados ali já haviam ouvido milhares de vezes e fingir prestar atenção nas palavras ditas pelos velhos homens e ficar calado, aquele era seu futuro afinal. E ali em meio a tantos outros estava Harry, o pequeno e ingênuo garoto que tinha sua face vermelha apenas em falar, o que permanecia calado e ouvindo os velhos homens para o resto de sua vida. Foi naquele exato momento que percebeu o quão sua vida era fadada a insignificância se comparada aos demais no salão. Talvez ele estivesse errado, mas não arriscaria pagar para ver. Ele nunca arriscava.

- Como muitos sabem, nosso querido Sr. Evans, do Departamento de Inglês, aposentou-se. –O diretor Cowell começa sua fala- Mais tardar podem melhor conhecer o Sr James Corden, seu substituto. O Sr Corden foi diplomado nessa escola, e que nos últimos anos vinha ensinando na mais conceituada escola dos Estados Unidos. – Todos aplaudem ao fim da fala o homem.

O Sr. Corden tinha um sorriso gentil, diferente dos outros homens presentes no salão, não parecia alguém ríspido e amargurado. Era loiro, baixo, tinha olhos azuis claros e conversava com os outros homens ouvindo atentamente. Ele era diferente, não dava medo, apenas um homem que transparece gentileza, suavidade e curiosidade.

Quando a reunião chegou ao fim todos os pais e alunos se levantaram. Despedidas, choros, abraços, beijos. Harry, sinceramente, não fazia a mínima questão daquilo tudo. O que teria para dizer? Até logo, pai e mãe, espero não vê-los no próximo feriado. Seria no mínimo deselegante de sua parte.

Sem muito que fazer, e muito menos pessoas com quem falar, começou sua caminhada pelo campus, onde esperava encontrar seu dormitório o mais rápido possível e fugir de todo aquele melodrama fraternal que era, em sua opinião, desnecessário.

Andava silenciosamente pelos corredores quando sente uma mão a segurar em seu braço, virou para ver quem em sã consciência estaria querendo trocar palavras consigo. Esperava ver algum professor querendo saber como os seus pais estavam e perguntas monótonas, mas nunca adivinharia que teria duas esferas extremamente azuis o encarando atentamente e um sorriso genuíno a sua espera.

- Oi! Sou Louis William Tomlinson, seu colega de quarto.

Abre a boca na intenção de responder-lhe algo, mas nenhuma palavra saiu. Como poderia manter a concentração com aquele olhar sobre si? Os grandes olhos azuis, as rugas ao lado dos olhos junto ao sorriso amigável, o cabelo castanho em uma franja, o corpo pequeno com curvar bem definidas, mesmo que estivesse embaixo do suéter, e as mãos minúsculas segurando um de seus braços.

O Captain! My Captain! [Larry Stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora