Prólogo.

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Imortalidade sempre foi algo desejado pelos humanos desde muito tempo. Uma palavra simples mas com um significado enorme por trás de si, viver anos e anos sem envelhecer, ver o mundo mudar conforme os anos passam, poder finalmente fazer todas a coisas que um dia desejou e poder fazer todas elas sem o medo de morrer no outro dia por isso, quem sabe ler os milhares de livros no decorrer da vida ou ter várias experiências no currículo para contar histórias?

No entanto, diferentes do que pessoas assim pensam, para alguns imortalidade não é algo bom ou prazeroso de se ter. Afinal, quem gostaria de ver - caso aconteça - o mundo entrar em colapso sempre que alguém no poder fizer alguma coisa de errado? Ver incontáveis mortes por doenças que muitos nem sabem de sua cura no momento? Se apaixonar perdidamente por alguém e ela escapar de suas mãos por algum erro, ou se der sorte... ela morrer de velhice enquanto você permanece intacto do tempo? Não... Você não desejaria isso, não é mesmo?

Uma pessoa não desejou isso, e com toda certeza, ele não desejaria nem para os seus piores inimigos. Park Jimin teve a pior sorte de toda a sua existência, uma morte injusta eu diria foi a dele por um ato que poucos se permitiam fazer. Amar alguém.

900 anos atrás...


— Repita, General Park — Silabou o rei raivoso enquanto olhava para Jimin, ele havia decidido no dia de sua volta de uma guerra sangrenta entre o reino que servia, Silla contra Koguryo, que futuramente se unificariam. —, você não têm o direito de se apaixonar pela princesa, a minha princesa.

— Com todo meu respeito rei Dong, mas eu não perguntei se tenho direito ou não eu- — Foi interrompido pelos portões do salão do Palácio que haviam sido abertos bruscamente revelando Chungha, a princesa.

— Seja lá o que você esteja pensando irmão, por favor... Reconsidere — Ela disse chegando à alguns centímetros do rei e se ajoelhou. — Donghyul, eu imploro.

O rei riu, talvez ele nunca soube o que era ser desejado por alguém a ponto de querer perder sua vida para que outra fosse poupada. Em Silla havia uma lenda que dizia que certos objetos guardavam as almas de quem fosse apunhalado por elas e mortos, não preciso dizer que com a mesma espada que Jimin usava em suas batalhas contra seus inimigos, por que em guerras como aquelas era matar ou morrer, — e com toda a certeza ele escolheria matar —, seu peito foi atravessado com a mesma lâmina, era a pior sensação vivida por ele, morreu lentamente sentido cada célula do seu corpo sufocar.

Chungha caiu ajoelhada no chão ao sentir um flecha atravessar seu peito, enquanto ela também via Jimin da mesma maneira à distância dela. Enquanto isso seu irmão, o rei observava tudo como se aquilo fosse um espetáculo, um show de horrores.

— D-Donghyul — Tentou falar enquanto ainda sentia seu coração pulsar, mesmo que fracamente. - A-até os u-últimos dias de s-sua vida... — Ela chorava incessantemente. — V-você vai se... — Respirou o último ar que seu pulmão suportava para apenas dizer: — Se arrepender.

Seu corpo caiu inércio no chão, incapaz de manter a vida de Chungha. Jimin por outro lado ainda se mantia firme, pois ele não deixaria seu corpo falecer ali, em frente ao homem que jurou sua lealdade até os últimos dias de sua vida. Ele estava furioso, mas do que adiantava? Ele não tinha forças nem para mexer os dedos de suas mãos.

— Você é burro Jimin — Disse o rei assim que se levantou e lentamente andou até ele. — Sempre foi, mas também era ágil e forte, não vou negar. Era um de meus melhores soldados.

Assim que estava em frente à Jimin ele fez questão de se ajoelhar e tocar na águia que tinha no punhal da espada empurrando lentamente ela em direção ao peitoral de Jimin, esse que segurou um urro de dor. — Veja o que você me fez fazer, minha princesa está morta, POR. SUA. CULPA!

Imortallis ❦ - jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora