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Thiago Kunst

     Eu tenho um bebê.
     Yo tengo un bebê.

    Eu ainda não posso acreditar que fiz esse pequeno bebê que tenho nos braços agora, ela é perfeita, nasceu há 5 horas e eu não consigo solta-lá desde o momento que os médicos me entregaram, eu estou simplesmente apaixonado.

-Ela precisa de um nome Jade. - O bebê deu um chorinho fraco. - Ela precisa de leite também. - Disse Thiago a mulher que ele teve um caso meses atrás e que fez um lindo bebê por acidente.

-Não é da minha conta, eu estou indo embora. - Disse calçando os sapatos com dificuldade porque sentia muita dor depois do parto.

-Jade, você não está pensando direito, volte para a cama, os médicos não te deram alta ainda.

-Thiago, escuta aqui, não ouse me procurar nunca mais na sua vida, eu não quero saber de você, não quero saber do bebê, os últimos nove meses foram os piores da minha vida. - Jade pegou sua bolsa e levantou da cama. - Passar bem. - Saiu do quarto.

    Thiago não chorou, até porque ele nunca sentiu nada por aquela mulher, mas o bebê chorou assim que ela saiu e o jovem foi correndo chamar os enfermeiros porque aquela bebê precisava de se alimentar.

   O jovem deixou a filhinha aos cuidados dos médicos e foi às compras, ele não tinha absolutamente nada para o bebê, deu dinheiro algumas vezes para Jade comprar as roupinhas e outros itens, mas ela gastava com roupas para ela mesma.

    Sem ter conhecimento de nada, Thiago comprou várias marcas de leite diferentes na farmácia, fraldas e roupas de vários tamanhos no shopping, comprou um carrinho cor de rosa, já que ele havia tido uma menina, e até comprou uma boneca. Ele tinha uma boa reserva de dinheiro que herdou dos pais, mas ele queria mesmo é que eles estivessem ali com ele naquele momento.

    Quando ele voltou para o hospital já era noite, então ele correu para pegar sua bebê nos braços novamente, em poucas horas ela virou tudo na vida dele. Thiago já havia decidido por um nome e naquela mesma noite registrou a pequena como "Bella" porque ela era a menina mais bela e pequenina que ele já havia visto.

*1 mês depois

    Hoje a minha filha faz um mês de vida e tudo está sendo perfeito, tirando o fato de que eu estou farto dos meus vizinhos, que sempre estão reclamando do choro da Bella(apesar dela ser calma e dificilmente chorar)ou do meu violão.

    Eu estou morando em um apartamento pequeno faz algum tempo, porque a ex mulher do meu pai tomou nossa casa e a fazenda aqui no Brasil logo depois que ele faleceu, mas o caso ainda está em aberto e eu e meu advogado estamos tentando recuperar os bens que por direito são meus.

    Esse não é o melhor lugar para se criar um bebê, mas estou pensando seriamente em me mudar para Buenos Aires, tenho uma casa lá e tenho certeza que a Bella amaria.

    Quer saber? É exatamente o que eu farei, vou criar minha pequena em Buenos Aires, é exatamente o que eu preciso agora, bons e novos ares.

    Comprei a minha passagem pela internet enquanto dava mamadeira para Bella, eu admito nas primeiras semanas eu ia ao médico todos os dias por medo de estar cuidando errado dela, não pensei que conseguiria cuidar de um bebê sozinho, mas eu nunca pensei em abandoná-la, isso nunca foi uma opção.

*1 semana depois

Pego as chaves e abro a casa com a Bella nos braços e algumas malas que o taxista me ajudou a levar até a porta.

-Bem-vinda a residência Kunst, Bella. - Disse enquanto caminhava pela casa que estava do mesmo jeito que meu pai a deixou.

A casa era grande, grande até demais para eles dois, ele pensou em alugar alguns quartos mais para frente, além disso ele ganharia um bom dinheiro com isso.

Os dias foram se passando e Thiago já havia pintado um dos quartos de cor de rosa para Bella, ele comprou um berço e tudo mais, porque até então a pequena estava dormindo no carrinho, já que em seu antigo apartamento não havia espaço para um berço, do contrário ali ela teria muito espaço para crescer, e correr e brincar, tudo o que ela quisesse.

Em uma certa noite, a pequena estava chorando muito, o que não era do costume dela, Thiago deu um banho, trocou a fralda, deu mamadeira, chupeta, até tocou violão para ela que continuava chorando, o que fez o homem chorar também, odiava ver a sua filha mal.

A campainha tocou e ele enxugou as lágrimas de imediato, e foi atender a porta enquanto ninava o bebê nos braços que por um milagre parou de chorar.

Quando ele abriu a porta viu uma mulher ruiva por quem ele sempre foi apaixonado e que nunca saiu de seus pensamentos, ele nunca pensou que veria Ana novamente em sua vida.

-Thiago? - Perguntou a moça.


...

Papá por Thiago KunstOnde histórias criam vida. Descubra agora