“Calem a boca, pássaros irritantes!” Jeno esgoelou-se, cobrindo seus ouvidos.
“Somos fadas, seu cabeça de vento!” Renjun declarou, mostrando sua língua para o maior.
“Iremos atormentá-lo até nos dar o cristal branco.” Jaemin voou até Lee, cutucando sua orelha.
O platinado adoraria colocar aqueles pequenos seres entre seus dedos e os arremessar para longe. Estava tentando realizar sua tarefa de física, mas Jaemin e Renjun estavam o atormentando incessantemente à horas.
“A última vez que dei açúcar para vocês o Renjun quase quebrou uma de suas asas e Jaemin por pouco não foi levado por um pássaro.” o uno indivíduo mundano do quarto cruzou os braços, virando-se para trás com o auxilio de sua cadeira giratória.
“Como eu adivinharia que aquele bichano azul me confundiria com um gafanhoto?” Na sentou-se na orelha de Jeno, resultando em cócegas por parte do maior, já que suas delicadas asas batiam perto de sua nuca.
“Você estava conversando com a porra do pássaro!” julgou, revirando os olhos.
Renjun riu brevemente ao relembrar do episódio. Huang voava perdidamente por toda a sala de estar, dando várias voltas, até ficar tonto e cair dentro de um faqueiro; Entretanto, Jeno fora rápido, impedindo a queda dramática e perigosa do garoto. Já Jaemin iniciara uma conversa com todos os objetos da casa, até encontrar uma pequena carriça franjada na janela do banheiro. O maior, depois de resgatar Renjun, correu até o toalete ao começar à ouvir gritos atroadores. Jaemin estava agarrado à uma saboneteira enquanto o animal o puxava pelos pés.
“Açúcar não faz bem, ainda mais em grande dose para coisas tão pequeninas igual vocês.” Jeno deu um tapa em seu próprio ombro, assustando Na, que rapidamente saiu de sua orelha.
As fadas se direcionaram à cabeça de Lee, começando à puxar seu cabelo. “Considere isso como punição!” Huang clamou.
“Acham mesmo que está doendo?” o platinado debochou, voltando à escrever em seu fichário.
Jaemin fora impiedosamente até o nariz do rapaz, mordendo o mesmo fortemente.
“Puta que pariu, okay, okay. Vocês venceram!” bradou, dedicando-se para acertar um peteleco no de mexas cor de rosa. “Mas irei no mercado comprar um pacote de açúcar mascavo para vocês.”
“Existem outros tipos?” ambos falaram em uníssono, com feições confusas presentes em seus rostos.
“É claro! Tem açúcar branco, mascavo e demerara. O menos doce e mais saudável é o mascavo, não é tão prejudicial quanto o branco.” Jaemin e Renjun sentaram-se na escrivaninha de nogueira, cruzando as pernas, com os olhos brilhando.
“Fico cada vez mais admirado com as coisas que perdemos enquanto estávamos naquele livro...” Renjun levantou-se, pegando com dificuldade uma caixa de grafites.
Os pais de Jeno eram donos de uma biblioteca local, já em ruinas. Fora ordenado que o garoto fosse até o local para descartar os livros já rasgados ou que a muitos anos não são emprestados, pois os mesmos desejavam fazer uma reforma no lugar. Durante a procura, Lee achara um livro em péssimo estado, aparentava ser do século quinze, com páginas sujas e escrito em uma língua bizarra cheia de símbolos. Quando estava prestes à fechar o exemplar ouvira sons de tossidos e um minúsculo ser dobrou a página onde Jeno estava, enquanto o outro a virava, assim possibilitando que o maior os avistasse.
Esse primeiro encontro definitivamente não foi agradável, inclusive Lee quase os matou várias vezes, tentando acerta-los com o livro enquanto as fadas voavam desesperadas tentando salvar-se.
Renjun e Jaemin eram adolescentes plebeus e ingleses, que tiveram o azar de serem aprisionados e usados como cobaias de uma bruxa, que os fazia ingerir coisas estranhas para observar o resultado. Porém, durante a caça às bruxas do ano de 1488, a mulher fora descoberta. Sabendo que seria morta, e com medo de perder suas preciosas cávias, a dama os transformou em fadas, colocando-os dentro de seu livro repleto de anotações de poções e outros afins, escondendo o livro em seguida. Desde então, estiveram presos dentro da obra até Lee os libertar acidentalmente.
As vestimentas, costumes, tecnologia, alimentação, tudo era uma novidade para ambos. Sentiam-se péssimos por terem passados séculos sem poder presenciar a evolução dos anos. Depois de conhecerem Jeno, o garoto sempre faz o possível para ajudá-los e ensiná-los sobre a modernidade, apresentando-os cada detalhe com entusiasmo. Honestamente, não sabem como lidariam com toda a situação se Lee não tivesse prontificando-se para tal ato. O amavam e eram eternamente gratos, mas isso definitivamente não os impediria de irritarem o maior a cada oportunidade disponível.
•Explicação para caso alguém não saiba ou não tenha entendido:1. A história se passa na Inglaterra, no ano de 20XX
2. Renjun e Jaemin não sabiam que existiam outros tipos e açúcar e o chamam de "cristal branco" pois eles cresceram plebeus, e na época apenas a nobreza tinha acesso ao açúcar para seus cozinheiros produzirem doces (como o chocolate, por exemplo, que era considerado um alimento de elite). Quando os burgueses vendiam o açúcar ele era comercializado por valores absurdos, dificultando os plebeus de o adquirirem.
Aviso: Essa fic não vai ter lemon/hot
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Annoying Avem ꒲֣𝐍𝐨𝐫𝐞𝐧𝐦𝐢𝐧 ݈݇-
Fanfiction"Calem a boca, pássaros irritantes!" Jeno esgoelou-se, cobrindo seus ouvidos. "Somos fadas, seu cabeça de vento!" Renjun declarou, mostrando sua língua para o maior. "Iremos atormentá-lo até nos dar o cristal branco." Jaemin voou até Lee, cutucando...