Extra

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Após ter feito seus amigos sofrerem por terem feito aquela pegadinha, Bakugou se sentiu mais calmo e, ao lembrar de toda a situação, sentia um leve constrangimento. Droga de amigos que se metiam na sua vida!

Ele pegou o celular pronto para tirar a foto da manipuladora da gravidade, contudo, assim que desbloqueou a tela e olhou a foto de Uraraka fazendo gracinha com uma expressão encantadoramente bela e atraente, Katsuki se perguntou: Que mal seria deixar a foto dela aqui por uns dias? Ninguém iria ver mesmo, tomaria todo cuidado dessa vez.

Com isso, a foto ficou uma semana no wallpaper, claro, com Kaminari, Mina e Kirishima o relembrando todo santo dia do acontecido. Sua paciência já estava se esvaindo — como se tivesse muita, de qualquer forma.

Naquela madrugada de sexta, Katsuki acordou com a boca seca e decidiu ir até a cozinha beber um copo d'água e, quem sabe, fazer uma boquinha com alguma coisa gostosa que tinha no fundo da geladeira.

Se levantou da cama e andou sonolento pelo longo corredor do dormitório masculino até chegar ao destino, contudo, pensou que há essa hora não haveria ninguém, mas lá estava ela: Uraraka Ochako comendo uma fatia de torta que ela comprou com as poucas moedas que tinha e escondeu no canto mais discreto da geladeira, para que ninguém roubasse.

Ao vê-la sentada à mesa, com um pouco do glacê no cantinho da boca, e uma expressão surpresa quando ele entrou na cozinha, Katsuki sentiu vontade de dar meia volta. Não que não gostasse de Uraraka e sua companhia, adorava, na verdade, mas não queria encarar seus sentimentos, pois ainda estava em fase de negação.

— Bakugou-kun, boa madrugada. — Desejou sorrindo gentilmente. — Você quer um pouco de torta fria?

Katsuki adquiriu uma postura relaxada, como se a presença dela e o fato de estarem a sós, não fosse desconfortável para ele. Bakugou se sentia estranhamente nervoso, podia sentir suas mãos suando levemente.

— Não. — Negou fingindo uma carranca, afinal, não era muito fã de doces, e também queria sair dali o quanto antes.

A garota deu de ombros observando Katsuki abrir a geladeira e encher um copo com água. Ele virou o copo, parecia realmente morto de sede, e Uraraka não conseguia desviar os olhos dele.

— Por que está me encarando, cara de lua?

— Nada, não... — Respondeu envergonhada, voltando a atenção para a torta. Pegou a colher e levou outro pedaço a boca, o que só a fez se sujar mais sem perceber.

A verdade era que ela queria falar algo com ele, mas seu coração acelerado não colaborava para iniciar a conversa.

— Você... — Ouviu a voz de Katsuki mais próxima, então ergueu o olhar para fitar o rapaz. — Está suja, Uraraka.

O loiro levou a mão aos lábios para limpar a pequena quantidade de glacê. Após isso, pareceu se tocar do que havia feito, sentindo seu rosto esquentar gradativamente, igualmente como o dela.

— ... Foi mal. — Coçou a nuca tentando camuflar que estava envergonhado, pronto para se retirar do local.

Porém, Uraraka foi mais rápida ao segurar o pulso dele. Bakugou virou para encará-la com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Espera, Bakugou-kun. — Sorriu em meio ao nervosismo, deixando suas bochechas mais fofas. — Queria falar algo com você.

— Desembucha. — Respondeu simplista.

Uraraka soltou o braço quando percebeu que ainda estava segurando e fitando o rosto levemente corado dele. Céus, Bakugou não tinha noção do quanto ficava tão belo e charmoso daquele jeito, invés da costumeira expressão mal encarada.

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