Capítulo 24

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POV'S S/n

Como assim tem a ver com o meu pai, eu não vejo esse homem desde de a última briga com a minha mãe.

- Como assim meu pai?.-Falei totalmente confusa.

-Naquele dia que vc atendeu a porta, era ele.- Ela falou de cabeça baixa.

-O que aquele homem queria aqui?.- Falei nervosa.

-S/n meu amor, ele é seu pai e eu não posso privar ele de te ver, isso é escolha sua, ele disse que mudou e que quer se reaproximar de você, mas isso só se voce quiser.- Falou na maior calma do mundo pegando na minha mão.

-É óbvio que eu não quero me reaproximar dele, olha o que ele fez com a minha família, aquele homem não pode ser chamado de pai.- Falei me levantando e indo pro meu quarto, mas antes eu parei no meio da escada.- Mas eu quero entender algumas coisas, então me passa o número dele, mas não chame ele de meu pai, isso ele nunca foi, e nem vai chegar perto de ser.-Depois que terminei de falar uma lágrima involuntária caiu do meu rosto, mas logo tratei de seca-lá e entrei pro quarto.

POV'S Sabi

Depois que a s/n subiu eu sentei do lado da minha mãe e encostei minha cabeça em seu ombro em forma de apoio.

-Mãe você nao pode deixar esse monstro se reaproximar dela

-Nao tem o que fazer filha, ele é o pai dela, e ainda por cima ele disse que vai pegar a guarda dela, ele quer levar ela de volta pro Brasil.- Falou minha mãe me olhando com os olhos cheio d'água. O que fez o meu também se encher de lágrimas.

-M-mas a senhora não pode fazer nada? Ele não pode fazer isso, a vida dela é aqui, com você, comigo, ele não pode fazer isso.-Nesse momento eu comecei a chorar mesmo, a minha prima, minha quase irmã, não é possível, tem que ter solução.

-Se ele vai entrar na justiça, a gente também vai, não é possível que eles vão dar a guarda dela pra ele, a gente pode falar o que ele fez, as ameaças a mãe dela.- Falei levantando e andando de um lado pro outro.

-Sabina sossega, mesmo a gente falando das ameaças a gente não tem provas, sem provas não dá, vai descansar, eu vou pensar em um jeito, mas não agora tá.- Falou levantando e indo até o quarto.

POV'S S/n

Eu estava deitada na minha cama, olhando pro teto, minha cabeça parecia que tinha uma bomba relógio e estava prestes a explodir a qualquer momento, estava um completo caos, eu não sabia o que pensar, o que mais falta, é o meu ex me perseguindo, o meu "pai" voltando, o que mais falta. Fui tirada dos meus pensamentos quando uma mensagem termina de acabar com o meu ânimo.

*Whats on*
Número desconhecido

Me encontre as 14:00 no café que a gente sempre ia.

Não ouse fazer gracinha.

E seu eu fosse você ia, porque o que tenho pra te falar é importante.

*Whats off*

Quando esse pesadelo vai acabar meu pai, mas se for pra resolver,que se resolva logo peguei meu telefone e disse pra Joalin que tinha compromisso e que depois ela viria pra a pra gente conversar.

*Quebra de tempo*

Duas hora em ponto. Eu estava lá, nervosa, e com medo do que poderia vir, mas eu queria acabar com aquilo de uma vez por todas. Depois de alguns minutos de espera, a pessoa que mais temia que aparecesse apareceu, e mesmo que estive morrendo de medo, não iria demonstrar, não iria dar esse gostinho pra ele.

-Que bom que veio.-Falou vindo me cumprimentar com o beijo na bochecha mas antes dele chegar perto de mim eu falei.

-Não me venha com cerimônias, vai direto ao ponto.- Falei o mais seria possível, o mesmo na mesma hora sentou na cadeira a minha frente.

-Ta bom, vou ser direto, e espero que você entenda.- Falou com uma cara de dar arrepios, acho que se eu não tivesse tão determinada a acabar com aquilo logo, eu teria fugido correndo.- Eu tenho visto que você vem tendo encontros com um tal de Noah Urrea não é mesmo.-Falou olhando o cardápio da maneira mais sínica que existe, mas gelei na hora que ele falou do Noah. Em momento nenhum eu peguei no cardápio, aquela altura o meu estômago estava revirando de nojo daquele ridículo.

-Meu bem, deixa eu te explicar de uma coisa aqui.- Falei colocando os dois braços na mesa.- A gente terminou tem três anos, se eu tiver ou não saindo com alguém não é da sua conta, sério que até hoje sua fila não andou?! Sabia que superar faz bem.-Falei da maneira mais debochada possível.

-Escuta aqui, tá se achando espertinha né, até parece que perdeu o medo.- Falou olhando no fundo do meu olho.- Mas se você não escutar o que eu tenho pra dizer, eu vou ter que bater um papinho com o "Nono"- Falou e logo em seguida deu um sorrisinho vitorioso ao ver que eu suspirei pesado.

- Fala logo o que você quer.- Falei seca.

- Ah agora quer escutar né, pois bem, eu quero que você pare de se encontra com esse idiota.- Quando ele falou isso eu simplesmente dei uma risada debochada.

- Ah é, e o que você vai fazer comigo se eu não fizer isso, vai me bater é, vai em frente covarde.-Falei olhando no olho dele, tentando demonstrar todo o meu ódio.

-Nao amor, de você eu ainda preciso, o meu acerto de contas vai ser com seu namoradinho.

-Porque? Porque vc tá fazendo isso?.- Falei olhando pra ele que na mesma hora chegou mais perto, eu podia sentir o ódio dele só olhando nos olhos dele.

-Porque se eu não posso ter você aquele idiota tbm não, espero ter entendido.

- Eu sinto nojo de você.

- Ah uma pena que não me importo.- Falou rindo debochado.- Eu não poderia sair da cidade sem antes deixar meu recado, espero que tenha entendido.-Se levantou e quando virou as costas, olhou de canto pra mim.- Poderia ser mais fácil mas você não me deu opção, até s/n.

E ali eu fiquei paralisada, parecia que o mundo tinha congelado, acho que devo ter ficado muito tempo parada, pois quando vi o garçom estava na minha frente e eu nem tinha visto.

-A senhorita está bem?.- Falou me olhando. Apenas assenti e sai da cafeteria, enquanto as nuvens estavam prestes a descarregar, e não demorou muito até eu sentir gotas de chuva no meu braço, mas eu já não importava, eu não corri, não entrei de baixo de nada, eu só queria sumir, mas eu fui pra casa da única pessoa que acho que me salvaria daquela situação....

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 𝐿𝑖𝑔𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑚𝑢𝑠𝑖𝑐𝑎 - Noah UrreaOnde histórias criam vida. Descubra agora