Prólogo

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Oi, acabei dando início á mais uma fanfic porque não consigo parar quieta se não perceberam kkkk, essa fanfic será mais uma curtinha, tenho outros projetos no papel que logo irei digitalizar também, espero que gostem, tem muito de mim nessa fanfic.
Obrigada por lerem. 💚💙











- Louis você tem certeza que vai publicar esse livro? Eu acho que você escreveu isso diretamente para ele. -  Liam dizia encarando o amigo na sacada fumando um cigarro encarando a neve que começou á cair naquela manhã.

 A casa do escritor dizia muito sobre si, tinha pilhas de CD's no canto da sala sem preocupação nenhuma de um dos três gatos da casa derrubassem-os, havia roupas sujas no sofá e uma latinha de energético do lado do notebook que se encontrava em cima da mesa de centro. Louis soltou a fumaça lentamente e encarou o amigo.

- Claro que eu tenho Liam, meu intuito é ele perceber.  - os olhos do homem tinham um tom fosco de azul, seu amigo estava começando a se preocupar com a sua saúde mental, seu olhos pareciam marejar, Louis se levanta e joga o cigarro pela metade no chão da varanda espreme o mesmo com um socador de carne inutilizado para o que realmente tinha que ser usado. 

O editor apenas assente ao final, o dono da casa chama-o até a cozinha esquentando água para um chá, Liam estava realmente desconfortável pela situação que a casa estava, o amigo havia perdido um pedaço, e precisava achá-lo para as coisas voltarem aos eixos.

Liam podia insistir para que o amigo o acompanhasse na academia ou ao cinema, mas estava cansado de ouvir não como resposta, era sempre a mesma coisa, Louis saia para ir ao mercado ou em algum lançamento de livro, era assim á cinco anos, e no quinto ano consecutivo o mesmo conseguiu apresentar um livro de mais de trezentas páginas agora com uma história extremamente pessoal, entre dois garotos, Louis sempre fora bom escritor de romances e ele sabia disso, nada mais justo do que seu quinto livro ser sobre seu romance de adolescência, fazia oito anos que ele não via o garoto que o inspirou a fazer o livro, o garoto de covinhas e olhos verdes que durante três anos beijou seus lábios e segurou suas mãos, além de coisas com mais intimidade. Louis não conseguiu superar, e quem o conhecia sabia disso. Tinha sido três anos conturbados, Louis não queria assumir o relacionamento e Harry o deixou, nome que Louis se negava a dizer. Louis sabia que havia falhado com o garoto, que agora já era homem, ele sabia que faria diferente se tivesse uma segunda chance, mas mal sabia por onde aquele garoto podia agora estar. 

- Aqui Liam. - Louis estende uma xícara para o amigo e se senta em frente ao mesmo tomando um gole de sua própria xícara. - Apenas prometa que vai publicar.

- Não consigo dizer não para você Louis. 



Dois meses depois 

Acordar cedo nunca fora um problema para Harry Styles o maior confeiteiro de Nova Iorque segundo a revista gastronômica francesa Bien manger * , para o homem de olhos verdes era rotina acordar antes das sete, fazia questão de separar suas doze horas de trabalhos diários em visitar suas quatro confeitarias na cidade, ter um contanto direto com os clientes era um diferencial que a revista fez questão de abordar na entrevista que fizera com Styles. Naquela segunda ele não podia estar mais satisfeito, tomava uma xícara de chá para lembrar suas origens inglesas que sempre fez questão de manter, lia a revista na bancada de cozinha de casa e sorria satisfeito pelas fotos que havia de si e de suas lojas. 

Quando tinha dezesseis anos nunca se imaginou assim, pensava que iria trabalhar para sempre na confeitaria perto de sua casa em Doncaster. Nunca esqueceria do apoio de um namorado da época, por mais que as memórias com esse garoto sejam cinzas em sua memória ele lembrava ainda, de segurar a mão do garoto de olhos azuis e de caminhar pela Walker's Nurseries e pelo Garden Centre, lembrava que se divertia com o garoto em qualquer ocasião, sempre que juntos a diversão era garantida, não precisavam de encontros luxuosos, eram apenas adolescentes querendo toques. Mas nunca esquecera do dia que saiu pela porta da casa dos Tomlinson deixando o garoto pela última vez, a dor de ter se assumido por alguém que nunca faria o mesmo por você as vezes pesava em seu peito. As memórias ainda estão aqui, Harry apenas negava-as, fingia ser lembranças de algum filme que vera, ainda não sonhava que realmente leria sua história. Não até seu telefone tocar no exato momento que adentrava seu carro, tirou o celular do bolso e sorriu ao ver a palavra Mamãe brilhar na tela. 

- Bom dia mamãe. - pelo jeito que Anne conhecia seu filho sabia que ele estava feliz de estar recebendo essa ligação logo pela manhã, ele jamais negaria a saudade que sentia de sua família e da Inglaterra.

- Oi bebê. - para todos ele era o dono da maior rede de confeitaria, mas para seus pais e irmã ele ainda era apenas o bebê, um bebê que havia alcançado muito de seus sonhos - Eu sei que você não gosta de ler - Harry solta um risinho -, mas eu não dormi direito depois de ler o livro do seu amigo.

- Que amigo mãe? - Harry diz em tom confuso e ajeita seu cabelo curto pelo espelho retrovisor do carro, seu coração parou por um segundo ao ouvir a resposta da mãe.

- Louis, Louis William. Vai me dizer que nunca ouvir falar dos livros dele? - o tom de voz de sua mãe agora parecia curioso pela resposta do filho, Harry nega com a cabeça e sussurra um não. - Bom, eu não pude deixar de comprar, ele sempre fora um garoto querido, mesmo com a briga de vocês e que você tenha ido embora ele ás vezes vinha em casa tomar chá. Bem, eu estava lendo o seu livro novo ontem, Meu primeiro amor, e filho.. não pude mentir para mim mesma, você é muito parecido com Harvey. 

- Quem? 

- O garoto do livro do Louis, Harry e Harvey são nomes próximos não são? Bem, te aconselho comprar um exemplar e ler, eu sei que você não gosta que eu e seu pai e nem mesmo Gemma toquemos no assunto relacionamento com Louis, mas não conseguiria evitar te contar isso.

Era muita informação de uma vez, Anne sempre fora falante, e como era algo que Harry sabia que deixava a mãe entusiasmada sabia que ela falaria pelos cotovelos se ele não comprasse o tal livro, lesse, e desse seu ponto de vista. O resto da ligação foi Anne dizendo sobre a saudades que sentia do filho e para que ele não demorasse parar visitá-los, Harry confirmou que logo tentaria tirar uns dias para viajar até Londres onde agora sua família residia, e ficaria ali com sua família.

Desligou o celular e jogou no banco do passageiro de um jeito não delicado, colocou o cinto e ligou o carro dirigindo rápido pelas ruas de uma Nova Iorque que nunca descansava, pararia na primeira livraria de rua que achasse para comprar o livro, não gostava de ler, mas a curiosidade como uma onda elétrica percorria todo seu corpo e ele só queria aquele livro em suas mãos para conhecer os personagens e tirar suas próprias conclusões, sua mãe não deu detalhe nenhum do tal Harvey, o que eles podiam ter de tão parecido? Olhos verdes? 

Achou uma livraria familiar no caminho de uma de suas lojas, deixou uma mensagem para Zayn o gerente da loja dizendo que não iria aparecer por lá hoje, tiraria a manhã toda para ler aquele livro, sabia que não iria terminar pois lia devagar demais, mas tinha que começar. Comprou o livro que na capa havia duas mãos juntos, uma mão cheia de anéis e com a tatuagem de aspas, a outra com uma frase. Ele conhecia as tatuagens, não podia ser verdade? Não podia estar estampado na capa do livro isso, era uma alucinação, Harry apertou os olhos e quando abriu ainda estavam lá, visualizou sua mão e viu a ancora que agora cobria aquela tatuagem, virou o livro para explorar a contra capa e viu uma foto do garoto que ele tanto se esforçava para esquecer, deu uma risadinha ao ver que agora em seu pulso havia uma corda, isso nunca seria coincidência, Louis era esperto demais. Não era difícil achar fotos de Harry pela internet, mas o homem de olhos verdes queria negar que Louis havia feito aquela tatuagem para completar a sua, tentou se convencer que ele apenas havia coberto uma tatuagem idiota de casal adolescente feita escondida dos pais.

Saiu da livraria após pagar o livro, dirigiu o caminho que havia feito de volta, voltando ao seu apartamento, decidiu que cancelaria seu dia de trabalho, ligou para os outros três gerentes de suas lojas e disse que se sentia mal e que não poderia visitá-los, mas que confiava neles.

Se sentou no sofá roxo de seu apartamento e com mãos trêmulas tirou o plástico que cobria o exemplar que comprara começando a leitura um tanto exitante do que conteria naquelas páginas.

Era cinco da manhã, dois dias depois que Harry havia dado início a leitura, quando o mesmo termina o livro -mais rápido do que qualquer outro livro que já fora obrigado a ler - sentado em sua cama e com bolsas escuras em baixo dos olhos havia parado para comer algumas comidas que pediu, mas não conseguia parar, cada detalhe da história ele conhecia, conhecia as tatuagens dos personagens e conhecia todas as personalidades de Harvey e Well, era a história dele, era realmente a história dele. Seus dedos correram novamente para as primeiras páginas, abrindo a dedicatória que ficava na terceira página do livro, leu num sussurro para que aquelas palavras de alguma forma fixassem em sua memória.

- "Assim como a corda foi feita para amarrar a ancora minha mão foi feita para segurar á sua. Para o meu primeiro amor."

*revista fictícia

writing about us - l.s (short fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora