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Eu consegui,nem acreditava, bom não foi o que mamãe mandou mas acho que serve

Minha consciência chegava a pesar mas eu não tinha alternativa, se eu não o fizesse mamãe continuaria me enchendo com esse assunto

Eu não sabia ao certo o que estava fazendo, não sabia se quer porquê mamãe queria tanto aquela vingança

Cheguei na empresa um pouco mais cedo para que ninguém me visse,parei e olhei o pequeno prédio,no fundo eu me perguntava o que eu estava fazendo ali

Como eu faria para derrubar aquela empresa,eles eram fortes e tinham tudo sobre controle

Usando um capuz adentrei o pequeno prédio e peguei o elevador particular do dono da empresa

Procurei em seu escritório algo que pudesse me ajudar,na verdade eu nem sabia o que estava procurando

- Quem é você? - ouvi uma voz atrás de mim,Tremi, meu coração quase saiu pela boca

Em nenhum momento eu olhei na cara dele,fiquei ali ajoelhado com os papeis na mão

- Eu perguntei quem é você? - voltou a repetir com a voz um pouco carregada

Me virei lentamente e o encarei

- Edward?- sua voz pareceu surpresa

- Bom dia Evan - sorri, eu estava sorrindo para disfarçar o nervosismo

- O que faz aqui tão cedo? - disse entrando completamente em sua sala

- Queria começar o trabalho mais cedo,mais tarde vou sair com uma mulher - sorri e pisquei para  ele

- Tudo bem - disse indo se sentar em sua cadeira,ele me pareceu um tanto desconfiado

- Estava procurando os extratos da última venda para fazer uma comparação antes de fazer uma venda - menti descaradamente

- Ahh,você pode pedi - los à valquíria, não precisava desorganizar tantos papeis - disse olhando a confusão em sua mesa

- Desculpa - pedi envergonhado,deixei a sala do Evan w fui pra minha

- Sr Beltrán? Que roupas são essas - valquíria também perguntou

- Estava com frio quando vim

Me sentei na minha cadeira e fiquei pensando no que mamãe faria comigo se soubesse daquilo

Meu celular vibrou no bolso do sobretudo longo que eu trazia,retirei o capuz da minha cabeça e peguei o celular

"Me encontre no campo de algodão as dez horas"

Era mamãe, o que será que ela queria?

Respondi com um simples "OK" e voltei a fazer meu trabalho

Eu estudei a vida inteira mas estar sentado naquele lugar,e mamãe estava prestes a tirar aquilo de mim

Eu deixaria?

Eu gostava do meu trabalho,eu até gostava de Evan e sua família, eles me parecem honestos, não entendo a vingança de mamãe

Deu a hora do almoço, fui para um restaurante ali perto e escolhi uma mesa,pedi meu prato e fiquei mexendo no celular

A porta se abriu me chamando atenção, era Evan e valquíria,eles conversavam e sorriam

Eu tinha vontade de ter amigos,sair me divertir,mas eu não podia,sempre fui um garoto solitário,tanto que eu me casei com minha melhor amiga para tentar amenizar minha solidão, foram os melhores anos da minha vida,a gente se amava incondicionalmente,mas como se deus gostasse de me punir,ele levou ela de mim

- Edward - ouvi uma voz me chamar

- O que? Ahh oi Evan - falei um pouco aéreo

- Tudo bem? - Evan perguntou parecendo preocupado

- Estava me lembrando de Emily  - falei cabisbaixo, Evan e Valquíria se sentaram

- Era sua mulher? - valquíria perguntou

- Não, seria a nossa filha,Dianne estava grávida quando faleceu - segurei o maximo que pude minhas lágrimas

Senti a mão de Evan cobrir a minha sobre a mesa

- Eu sinto muito - disse ele,dei um puxar de lábios parecido com um sorriso

Valquíria e Evan pediram seus pratos, e eu pedi para tirarem o meu com os deles

Conversamos mais um pouco até nossos pratos chegarem,depois do almoço seguimos de volta à empresa onde tivemos uma reunião de negócios

Antes das dez me despedi de Evan e de valquíria, que repentinamente estava se dando bem comigo

Quando cheguei no campo de algodão mamãe já estava lá

- Mãe, o que faz aqui?

- Não seja burro Edward,eu te chamei aqui

- Sim,mas pra quê.?

- Despeje todas essas garrafas de petróleo no algodão - disse

- Mãe, eu não posso fazer isso,isso destruiria a empresa

- Ohh,não se preocupe, aquele prédio será o próximo a pegar fogo - riu de forma diabólica

- Não, eu não vou fazer isso

- Eu até faria,mas estou presa nessa cadeira

Recuei alguns passos,eu não ia mais  compactuar com aquela loucura

- Anda logo,faz o que estou mandando - ela apontou a arma para mim,minha mãe me apontou uma arma

Tentei tirar a arma de suas mãos e ela atirou no meu pé, a dor física era dilacerante,mas a dor de saber que minha mãe atirou em mim era pior,essa era sufocante

- Faz o que eu mando ou será pior pra você - ameaçou ainda me apontando a arma,com a visão embaçada devido as lágrimas eu despejei todas as garrafas de petróleo sobre o algodão

Eu me sentia péssimo, naquele momento eu estava me odiando

Vi quando mamãe ateou fogo nas plantas e as chamas tomaram conta do lugar

Com lágrimas nos olhos adentrei o carro

- Onde você vai? Volta aqui, como eu vou voltar para casa? - ouvi mamãe gritar não liguei eu só queria sair dali

Apesar da dor em meu pé eu dirigi rápido para casa,fui em direção ao banheiro e tirei o sapato do pé baleado minha meia antes branca estava maron, encharcada de sangue

A bala estava alojada no meu pé, eu sabia dos perigos de ir a um hospital, eles com certeza iam querer saber o que aconteceu, e até chamar a polícia, com um pouco de dificuldade cheguei às gavetas da pia e procurei pelo kit de primeiros socorros 

Infelizmente não tinha pinça na maleta,fui até a cozinha, eu ia fazer do método mais doloroso mesmo

Peguei a faca mais fina que tinha ali e liguei o fogo me sentei sobre o balcão e esquentei a faca

Sem olhar sem respirar peguei a faca e Enfiei no buraco que a bala fez

O ferro quente em contacto com minha carne me fez gritar

Depois que consegui tirar a bala fui lavar a ferida com álcool e coloquei ligaduras que logo se mancharam de sangue

Me deitei na cama, eu estava fervendo em febre, estava trémulo, não sei se era do choque ou do frio que de repente passei a sentir

O CEO E O Príncipe Onde histórias criam vida. Descubra agora