1° capítulo

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A vida é tão incerta, e consegue ser tão cruel as vezes

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A vida é tão incerta, e consegue ser tão cruel as vezes. Ela consegue acabar com todas as boas espectativas que você tem, e deixar você sozinho, com a familiar solidão, que consegue ser mais aconchegante que qualquer abraço ou qualquer cama.

Eu era uma garota normal, com um namorado perfeito, com uma vida perfeita apesar de viver secretamente escondida, já que me mantinha sem ajuda por não conhecer meus pais, era fácil antes de descobrir a síndrome, Jimin me ajudava com isso.
Eu sinto tanta a sua falta Park Jimin.

Era tão bom aquela época em que eu dançava tão livremente com ele no salão do colégio. Como ele reagiria ao me ver em uma cadeira de rodas? Com riscos altos de nunca mais andar?

Mas o importante é que ele vive bem agora, conseguiu entrar em um grupo, e agora ele é membro do maior grupo de kpop. Eu estou tão orgulhosa. As vezes me pego vendo vídeos dele, e uma lágrima de amargura passando levemente por minhas bochechas.

O jeito da qual ele se livrou de mim, foi a única decepção que ele me deu. Você não cabe mais na minha nova vida. Ele disse isso após debutar e eu aceitei, não podia prende-lo em mim,foi doloroso deixá-lo ir, mas amar também é isso. É abrir mão de você por alguém.

A verdade é que eu não vivia completamente sozinha, havia uma única amiga, uma senhora chamada Naehyon mas ela morreu a três anos, de câncer. Ela ia sempre lá em casa me dar comida fresca, as vezes até comprava roupas boas pra mim, e uma vez ou outra dormia comigo, eu sinto falta dela também.

A filha dela é quem me ajuda com a fisioterapia, eu não tenho dinheiro para bancar nenhum médico. Eu não posso ficar muito tempo sem fisioterapia, eu preciso dela é minha única chance de voltar a andar. Jing é a minha fisioterapeuta e filha da senhora Naehyon.

Mas agora não era momento de alto-piedade, eu estava prestes a conhecer BTS e rever Taehyung  meu melhor amigo no colegial... e Jimin o causador do maior vazio do meu peito. Ele vai me reconhecer? Vai sentir algo? Ele deve estar tão estúpidamente lindo, meu coração está eufórico de saber que ele está tão perto, mesmo sem vê-lo.

A saudade que eu sinto dele é maior que qualquer coisa, mas ainda me dói lembrar daquelas palavras saindo da sua boca. Eu não sei se conseguiria dizer qualquer coisa pra ele, meu coração já estava batendo tão rápido.

Era tão humilhante pedir ajuda. Eu era independente e de um dia para o outro dependo das pessoas ate para subir escadas. Pedi uma menina atrás de mim para que me ajudasse a subir, a garota foi gentil e me ajudou tirando uma cadeira e me colocando no lugar. Eu estava na quarta fila, tão perto do palco.

A verdade é que eu não saia desde que descobri a Síndrome. Não importava se era um local calmo ou movimento, a sensação de deslocamento era a mesma, e nunca mudou. Eu me sentia envergonhada por ser uma cadeirante. Eu nunca iria entender o porque de sermos diferente ser algo horrível que te faz sentir pior ainda.

You Have The Best Of MeOnde histórias criam vida. Descubra agora