Capítulo 2

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☆ Daisy

Sabe, eu não aguento mais. Ter que viver com o idiota do meu padrasto e aquela criatura, que diz ser sua filha, é horrível. Depois que os meus pais se separaram e a minha mãe foi morar com aquele infeliz, tudo desmoronou. Minha mãe, claramente, se casou com o Pedro só pelo dinheiro. Ela ganhou um homem bem visto, muito dinheiro e de brinde, uma pirralha de 11 anos. Nunca mais vi o meu pai depois que ele foi embora de casa. Éramos muito próximos, nas agora não deve nem se lembrar de mim.

Como meu padrasto é rico, minha mãe não trabalha. Tudo que eu quiser comprar tenho que pedir e explicar para o Pedro. Ele é muito chato e quase nunca me dá o que eu quero. O que me trás aqui, nessa cafeteria. Resolvi ter um emprego para assim, comprar meus livros, minhas maquiagens, minhas roupas e outras coisas. Eu não tenho a menor ideia de como fazer um café, mas não deve ser difícil. Assim que chegar em casa vou pesquisar na internet.

Tenho que admitir que foi mais fácil do que eu pensava, ela mal olhou o meu currículo. Amanhã eu vou ter que vir trabalhar, ela quer ver se eu " levo jeito". Vou pedir umas dicas para a Maria. Ela é a cozinheira aqui de casa. Suas comidas são deliciosas. Quando contei que ia tentar arrumar um emprego, ela foi quem mais me apoiou. Minha mãe diz que é besteira e o meu padrasto, bem... ainda não contei para ele.

Fiquei sentada um pouco naquela bancada e pedi um café. A cafeteria estava quase fechando, só tinha um homem barbudo e um casal, que me intrigou bastante. A mulher, com uns 20 e poucos anos, não parecia muito confortável com a situação. Ela tinha os olhos azuis e um cabelo castanho ondulado. O homem a sua frente tinha uma barba por fazer e cabelos negros encaracolados. Não consegui ver sua cara pois estava de costas para mim.

  Toda vez que ele tentava tocar na menina ela se encolhia. Ela claramente estava desconfortável com sua presença. Paguei pelo café e fui esperar do lado de fora pelo Uber. Ele chegaria em quinze minutos.

Estava parada na frente da cafeteria e vi aquele moço levar a menina para o beco ao lado. Percebi que ela estava sendo levada a força, pois ele estava apertando muito forte seu braço. Saí em disparada em busca do "casal" já me preparando para ligar para a polícia. O beco estava extremamente escuro, e, lá no fundo, estava ele.

Ela tentava gritar, mas ele tampava a sua boca. Comecei a ligar para a polícia, mas ninguém atendia. A única solução era enfrentá-lo.

A CafeteriaOnde histórias criam vida. Descubra agora